Saúde divulga ações de combate à Dengue
Agentes de endemias realizaram levantamento de 213.722 imóveis da cidade; na reunião também foi divulgado o novo Liraa
A Prefeitura de Londrina, por meio da Secretaria Municipal de Saúde, divulgou na tarde de hoje (26), as ações que estão sendo realizadas no combate ao mosquito transmissor da dengue. A reunião do Comitê Municipal de Controle e Combate à Dengue aconteceu na Villa da Saúde, avenida Jorge Casoni, 2.353, região central da cidade.
Durante a reunião, foram apresentados os dados sobre a infestação do mosquito e, desde o início deste ano, 75 casos foram confirmados. Em 2011, foram registrados 7.412 casos da doença. As Unidades Básicas de Saúde (UBS) receberam 2.314 casos com suspeitas da doença, mas apenas 3,24% se confirmaram.
Os técnicos apresentaram também o índice de pendência de imóveis. O número está diminuindo anualmente. Em setembro, 18,41% dos imóveis visitados estavam fechados. Em 2008, esse índice era de 26,09%. “O número de pendências está caindo, porque estamos trabalhando todos os sábados somente nos locais, que durante a semana se encontram fechados. Esperamos diminuir o índice para 15%”, disse o coordenador de Endemias, Elson Belisário.
Outro dado considerado relevante pelo comitê são as estatísticas de Reconhecimento Geográfico (RG) da cidade. Em Londrina, há 310 pontos estratégicos, que são locais com grande quantidade de criadouros da larva do mosquito da dengue como, por exemplo, borracharias, cemitérios e autódromos. Ao todo foram registrados 213.722 imóveis, em 8.294 quarteirões. Destes, 167.717 imóveis são residências, ou seja, 78%. Outros 20.838 são pontos comerciais, o equivalente a 10%. Na cidade existem 17.312 terrenos baldios e 7.855 locais foram classificados como “outros” como templos religiosos e escolas.
“É importante termos estes dados estatísticos da cidade, porque eles nos ajudarão a planejar as ações conforme as especificidades dos bairros. Pois, dividimos todos os resultados por região. Assim, podemos unir os índices do LIRAa com as informações do perfil da região para planejar ações direcionadas para cada local”, explicou Belisário.
LIRAa
Segundo Belisário, os dados do Levantamento Rápido do Índice de Infestação do Aedes aegypti (LIRAa) apresentaram um pequeno aumento no índice médio de infestação, que ficou em 1%, contra o de 0,6% do último levantamento. “Isso era esperado devido à época do ano. O clima está mais quente, o que ajuda na proliferação do mosquito, mas isso não nos impede de considerar um estado de alerta”, informou o coordenador.
A região leste apresentou o índice mais alto, com 1,6% seguida da oeste com 1,35%, norte 0,95%, centro 0,59% e sul com 0,54%. Belisário explicou que o preocupante é que o que mais colaborou para o índice médio ter atingido o 1%, não foi o lixo e sim os vasos, pratos e bebedouros da cidade, que representam 37,8% dos locais onde foram encontrados focos do mosquito.
O trabalho dos educadores de endemias nos bairros também foi mostrado. Eles realizaram 76 palestras, 80 reuniões, 61 apresentações do projeto de primeiro contato, seis feiras de saúde, 17 trabalhos de divulgação, 13 visitas a associações e líderes comunitários e, ao todo, 9.604 pessoas foram atendidas pelos servidores.
Foto: Luiz Jacobs