Comissão debate ações para animais abandonados
Prefeitura busca parcerias com entidades para o controle populacional de cães e gatos
A fim de debater parcerias, ações e estratégicas de implantação de políticas públicas para animais abandonados, a Prefeitura de Londrina em conjunto com diversas entidades da cidade se reúnem na próxima segunda-feira (13), às 17h, na sede do Hospital Veterinário da Universidade Estadual de Londrina (UEL), em uma reunião fechada.
O encontro faz parte dos trabalhos que estão sendo realizados pela subcomissão de Convênios e Parcerias. Ela tem por objetivo a busca por convênios com clínicas, hospitais veterinários e universidades para o controle populacional de cães e gatos abandonados. Estarão presentes os representantes da UEL, Associação Comercial e Industrial de Londrina (ACIL), Conselho Regional de Medicina Veterinária, Unopar, Unifil e da Organização Não-Governamental SOS Vida Animal.
Além desta subcomissão, a comissão para discutir políticas públicas para animais abandonados conta com mais três grupos. Um deles analisará o Código de Posturas do Município, outro elaborará dados estatísticos sobre os animais abandonados e o terceiro, que é composto apenas pela Prefeitura, é responsável pela organização dos trabalhos.
De acordo com o médico veterinário da Vigilância Sanitária, Alessandro Caseri, a comissão foi subdividida para dar especificidade aos trabalhos. O grupo relativo aos dados estatísticos elaborou um questionário sobre a população felina e canina de Londrina que será aplicado em seis bairros de Londrina a partir de agosto. “Serão aplicados 400 questionários, em cada bairro. A aplicação será feita através de projetos de extensão realizados pelos alunos de universidades parceiras. Com estes dados poderemos planejar as ações futuras como a implantação de Unidades de Saúde Animal (USA)”, explicou.
As Unidades de Saúde Animal serão responsáveis pelo controle populacional de animais. A intenção é verificar através do levantamento quais as regiões que mais necessitam da implantação das USAs e direcionar as ações. Elas são diferentes dos Centros de Controle e Zoonoses (CCZ) porque trabalharão especificamente com cães e gatos, já os CCZs incluem trabalhos com pombos, morcegos, cavalos e outros animais como roedores.
Segundo Caseri, iniciativas como estas são importantes, porque representam uma demanda emergencial existente na cidade. Além disso, a Secretaria de Saúde recebe diariamente reclamações de abandono de animais e maus-tratos, mas não tem um local apropriado para colocá-los. “Estes animais podem transmitir doenças para as pessoas e é dever do estado protegê-los. Por isso é necessário debater e implantar ações nesta área. Este não é um problema somente de Londrina, diversas cidades estão passando por isso”, disse o médico veterinário.
As quatro subcomissões devem se reunir ainda este mês para apresentar as atividades realizadas individualmente. São parceiros da comissão para discutir políticas públicas para animais abandonados o Ministério Público, Secretarias de Saúde, Educação, Ambiente, Agricultura, Conselho Municipal de Meio Ambiente (Consemma), Associação Comercial e Industrial de Londrina (ACIL), Sociedade Rural, Unopar, Unifil, UEL, Conselho Regional de Medicina Veterinária, Câmara de Vereadores e as Organizações Não-Governamentais relacionadas ao tema.
Foto:Ilustrativa