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Londrina e região brigam pela ferrovia Norte-Sul

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Dirigentes de empresas, cooperativas, lideranças políticas se reuniram no gabinete de Alexande kireeff. Querem manter o traçado original da Ferrovia Norte-Sul

No projeto inicial incluso no Programa de Investimento em Logística (PIL II), do governo federal, estava prevista a ligação de Panorama/SP até Apucarana/PR e, a partir daí, seguindo pela região centro-norte do Paraná (Vale do Ivaí), até Guarapuava e depois Paranaguá o que contemplaria todo o estado. Mas o “traçado  modificado” não incorpora a região de Londrina. Atualmente, está previsto que a ferrovia Norte-Sul viria do estado de São Paulo passando por Mato Grosso do Sul e entrando no Paraná por Guaíra e Cascavel.  

Um documento expondo os prejuízos provocados pelo traçado alterado será entregue a ministros, deputados federais e senadores solicitando que o traçado original, que corta todo o Paraná, incluindo as regiões do norte pioneiro, noroeste, centro-norte e toda a Amepar seja mantido.reunião.ferrovia.N2

A implantação da ferrovia faz parte do Plano Nacional de Logística, que prioriza iniciativas que mantenham o mercado interno do agronegócio aquecido, não só a produção para exportação. A nova ferrovia, de acordo com o planejamento, terá bitola (largura entre eixos) de 1,60m, permitindo maior capacidade de carga e velocidade de até 70 km/h aos comboios ferroviários, o que agilizará o processo de transporte, uma vez que as bitolas do modelo atual permitem uma velocidade de apenas 25 km/h.

Segundo Alexandre Kireeff,  “existe um entendimento bem claro entre os representantes do norte do estado de que essa ferrovia não pode deixar de passar pela nossa região. Quanto mais caro for o frete, menos empresas estarão dispostas a investir e se instalar por aqui. É uma questão logística que resulta no crescimento econômico de toda a região”, disse.

O prefeito de Apucarana, Beto Preto, reforçou a solicitação. “É fundamental que o traçado original seja mantido. Se a obra não contemplar o norte do Paraná, ficaremos isolados das novas tecnologias ferroviárias. Nosso transporte de cargas ficará muito prejudicado e, ao longo dos anos, acabaremos perdendo empresas que já estão instaladas aqui, pois ficaremos para trás. É preciso uma mobilização política e também do setor produtivo do norte do estado para que não sejamos prejudicados.”

Preto ainda ressaltou a importância econômica que a obra trará para o estado. “É uma grande diferença competitiva. O incremento que teremos com a melhoria do sistema ferroviário será enorme. Nós temos grandes cargas para transportar e o barateamento e a melhora do frete ferroviário é uma necessidade. O custo do frete ferroviário hoje é quase igual ao rodoviário. Se não houver esse investimento logístico, nossos fretes vão acabar indo para os portos Santa Catarina ao invés de Paranaguá por conta do custo e o Paraná sairá perdendo.”

Dia 16 de dezembro será realizado um fórum na Sociedade Rural do Paraná,  em Londrina, ocasião em que o documento que solicita a manutenção do traçado original será apresentado aos representantes dos governos federal e estadual, sociedade civil organizada e do agronegócio da região.

Estiveram presentes na reunião os prefeitos de Sertanópolis, Tide Balzanelo; de Rolândia, Johnny Lehmann;  a prefeita em exercício de Cambé, Cida Pascoetto; além do prefeito de Apucarana, Beto Preto, e de Londrina, Alexandre Kireeff.

Fotos: N.com

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