Londrina tem trabalhos aprovados em congresso internacional
Estudos desenvolvidos pela Secretaria Municipal de Saúde na área de Geografia da Saúde e um programa de fitoterapia integrarão a agenda do evento
Três trabalhos idealizados e desenvolvidos em Londrina serão levados até pessoas de várias partes do Brasil e pesquisadores estrangeiros. Estudos realizados por profissionais da Secretaria Municipal de Saúde foram selecionados e serão apresentados no V Congresso Internacional de Geografia da Saúde. Com o tema “Geografia da Saúde: Ambientes e Sujeitos Sociais no Mundo Globalizado”, o encontro ocorrerá entre 24 e 28 de novembro em Manaus.
O objetivo do congresso é fazer com que a Geografia da Saúde ganhe notoriedade como área de conhecimento. Geógrafa da Secretaria de Saúde há 15 anos, Maria Angelina Zequim Neves explica que, no Brasil, não é comum a existência de profissionais da área atuando em secretarias e órgãos de saúde. Em Londrina, a Secretaria de Saúde utiliza ferramentas de geoprocessamento desde 1994. Segundo ela, a importância da geografia neste contexto vem do fato de que toda espécie de agravo à saúde, sejam processos de natalidade, mortalidade ou morbidade ocorrem em um determinado espaço e, normalmente, o meio ambiente acaba interferindo nestes acontecimentos. “Ao conseguir analisar essa interferência é possível, em algumas situações, minimizar impactos e melhorar condições de saúde. Mas, infelizmente, não são todas as prefeituras que entendem a importância dessa associação.”
Um dos trabalhos aprovados, que analisa a distribuição geográfica da violência doméstica e sexual em Londrina, já foi apresentado fora do país durante o I Congresso de Geografia da Saúde dos Países de Língua Portuguesa, realizado em abril deste ano na Universidade de Coimbra. Também compõem a programação do congresso um estudo que mostra a influência da utilização de ferramentas de geoprocessamento na tomada de decisões pelos gestores públicos de saúde em Londrina, além de um projeto que abordará o Programa Municipal de Fitoterapia, tratamento oficializado na cidade em 2003 que visa disponibilizar conhecimentos e produtos fitoterápicos para uso na rede básica de saúde.
De acordo com a geógrafa, autora de dois dos trabalhos selecionados, levar a experiência local a congressos nacionais e internacionais é muito interessante para proporcionar a troca de experiências e conhecimentos com profissionais de diversas regiões. “São eventos que possibilitam novos nortes e horizontes para os estudos, servindo de estímulo, pois os trabalhos acabam se tornando referência para o público. Recebemos em Londrina pessoas de várias cidades, e até de outros estados, para ver como funcionam as práticas do geoprocessamento em saúde e a maneira como estas são implantadas”, conclui.
Trabalhos selecionados
-“Distribuição Geográfica da Violência Doméstica, Sexual e outras Violências em Londrina – PR”
– “Geoprocessamento em Saúde: Ferramenta de Auxílio à Tomada de Decisões Pelo Serviço de Saúde no Município de Londrina – PR”
Autor: Maria Angelina Zequim Neves
Co-autores: Maria Luiza H. Iwakura Kasai;Rosilene Machado; Claudia Prando e Márcia Siqueira de Carvalho
– “Programa Municipal de Fitoterapia de Londrina – PR”
Autor: Sônia Hutul Silva
Co-autor: Rui Cepil Diniz