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Londrina atinge menor índice de mortalidade infantil dos últimos 25 anos

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Dados preliminares apontam que em 2015 o índice alcançado foi 8.6 a cada mil nascidos vivos

 

Londrina conquistou em 2015 o menor Coeficiente de Mortalidade Infantil (CMI) em sua história, obtendo um índice considerado baixo pela Organização Mundial de Saúde. O índice atingiu a marca 8.6 em 2015, de acordo com dados preliminares, e está em queda constante desde 2013. A informação foi divulgada nesta segunda-feira (23), em coletiva de imprensa, pelo secretário municipal de Saúde, Gilberto Martin. A marca é inferior ao índice para o estado do Paraná (10.8), e menor também que índice registrado na abrangência da 17ª Regional de Saúde (9.5), ambos referentes ao mesmo período.

O CMI, também conhecido como taxa de mortalidade infantil, refere-se ao número de óbitos de crianças com menos de um ano por mil nascidos vivos. Ele é utilizado como indicador básico de desenvolvimento humano, e sua redução é obtida mediante uma série de ações e melhorias nas condições sócio-econômicas, com atenção prioritária à saúde da gestante e da criança.Segundo Martin, nos últimos 25 anos todas as regiões brasileiras têm obtido uma queda considerável no CMI. No entanto, ações diferenciadas realizadas pela rede pública municipal contribuíram diretamente para que a cidade tenha conquistado esse índice histórico.

mortalidade.infantil.ILUSTRATIVA.V2“Um dos primeiros passos é que a rede pública em Londrina realiza a detecção precoce da gestante, através do teste rápido de gravidez. Ela é inserida automaticamente no acompanhamento pré-natal, e ali é formado um vínculo com essa gestante, que passa a ser atendida de forma intercalada por médico e enfermeiro, na Unidade Básica de Saúde (UBS) mais próxima de sua residência”, afirmou o secretário.

Durante a assistência pré-natal, diversos exames laboratoriais e de imagem são realizados com mais frequência na rede municipal do que o preconizado pelo Ministério da Saúde, como ultrassonografia, exame de urina, testes para HIV, hepatite, streptococcus, entre outros. Isso garante o tratamento oportuno de diversas doenças, como sífilis, hepatite B e C, infecções urinárias e toxoplasmose.

Outra medida realizada foi a implantação do cartão-gestante, que é utilizado como prontuário de bolso em todas as instituições de saúde, tanto da rede pública como da rede privada. No documento, estão contidas informações como exames realizados, histórico da gravidez e situação vacinal. Também é realizado acompanhamento odontológico durante o pré-natal, para prevenir casos de infecções gengivais. As doenças odontológicas podem aumentar o risco de parto prematuro ou complicar o estado geral de saúde da gestante.

Martin considera que o trabalho em conjunto das várias áreas de atuação na rede municipal de saúde é essencial para que o índice de Mortalidade Infantil continue em decréscimo. “A integração técnica entre as áreas que fiscalizam e monitoram com as áreas que realizam atendimentos e executam os procedimentos, permite que várias conquistas e melhorias sejam obtidas pela rede pública municipal de saúde”, ressaltou.

Busca Ativa – Após o parto, o atendimento para parturientes e recém-nascidos continua. Segundo a assessora técnica da Diretoria de Atenção Primária à Saúde (DAPS), Daniela Souza de Carvalho Gomes, é realizado acompanhamento ao binômio, logo após o nascimento do bebê. “Elas são atendidas em sua residência pela equipe do programa Saúde da Família até o sétimo dia de vida do recém-nascido, com acompanhamento em puericultura até o segundo ano de vida. Durante as visitas, as mães recebem orientação e instruções sobre os cuidados necessários como amamentação, higiene, e outros”, explicou.

Comitê – Todas as ocorrências de óbito fetal, infantil e materno são investigadas pelo Comitê de Investigação de Mortalidade Materna e Infantil. Composto por membros da Secretaria Municipal de Saúde, representantes de operadoras de planos de saúde, hospitais públicos e privados, docentes das universidades e de médicos neonatologistas, o comitê também discute e identifica situações potenciais de risco em reuniões feitas a cada 15 dias.

Rede de atendimento – Atualmente, a rede pública municipal é composta por 54 UBS, onde estão inseridas 93 equipes de Saúde da Família. Em 2015, o número de nascidos vivos foi de 7.266 no Município. Aproximadamente 66% destes nascimentos ocorreram na rede pública de saúde, e os demais na rede privada.

 

Fotos: Vivian Honorato e Ilustrativa

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