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Prefeito Marcelo Belinati reforça que este é o pior momento da pandemia

Foi apresentada na live, a reestruturação das unidades de saúde, ampliando para nove o número de UBSs que passam atender, exclusivamente, síndromes respiratória

O prefeito Marcelo Belinati reforçou, para toda a população, que o município de Londrina, o estado do Paraná e todo o Brasil estão passando pelo pior momento da pandemia da Covid-19, na live semanal realizada no último domingo (6). Durante a transmissão, veiculadas nas rede sociais do Município, o prefeito esteve acompanhado pelo secretário municipal de Saúde, Felippe Machado.

O prefeito fez um apelo, para que as pessoas se cuidem, não façam festas ou reuniões familiares, e só saiam para o essencial. “Estamos passando pelo pior momento da pandemia. É muito triste o que estamos vivendo, pois enquanto os profissionais da saúde choram de desespero, pelo que eles estão vivenciando, tem uma parcela da população que está fazendo festas, aglomerações, como se nada estivesse acontecendo”, apontou.

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Marcelo pediu para que todos colaborem, falando com os amigos e familiares que não acreditam na doença, para que se protejam, usem máscaras, lavem as mãos e utilizem o álcool em gel 70%. “É importante que a população saiba que os hospitais estão lotados, não têm mais vagas, tanto no sistema público quanto no privado. Nós acabamos a noite de sábado (5), com 55 pacientes na UPA esperando vagas em hospitais e outros cerca de 150 pacientes na região de Londrina. Paralelamente, a Guarda Municipal teve intervir em uma festa com 200 pessoas, todas sem máscaras”, disse.

O prefeito lembrou que foi feita uma ampliação de 350 leitos, dentro dos hospitais, em Londrina, desde o início da pandemia. “Londrina fez uma das maiores ampliações de leitos do Brasil e mesmo assim não temos mais vagas. Pessoas de toda a região estão nos ligando, pedindo para arrumarmos vagas, mas não temos. Também não tem mais profissionais de saúde para contratarmos”, afirmou.

Segundo o prefeito, devido a essa situação, a Prefeitura de Londrina estará encaminhando, hoje (7), um ofício para a presidente da Associação Médica de Londrina, Beatriz Tamura, para que a associação auxilie o municio a conseguir mais médicos, com experiência na área de síndromes respiratórias, a fim de equipar as UBS e UPAs com o maior número de profissionais. “É um apelo que vamos fazer para os milhares de médicos que temos em Londrina nos ajudarem, pois estamos colocando, na UPA, de 7 a 10 médicos de plantão, e eles não estão dando conta da demanda”, disse.

Além disso, o prefeito informou que a Prefeitura vai abrir, junto com o governo do Estado, mais 40 leitos, sendo 30 no Hospital da Zona Norte e 10 no da Zona Sul. “Os profissionais das UBSs da Vila Brasil e do Mister Thomas vão nos auxiliar nestes hospitais”, contou.

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Reestruturação – Durante a live, Marcelo e o secretário de saúde anunciaram uma reestruturação das unidades de saúde, ampliando para nove o número de UBSs que passam atender, exclusivamente, síndromes respiratórias, a partir de hoje (7). São elas: Milton Gavettti, Chefe Newton e Maria Cecília (região norte); Ernani Moura Lima e Vila Ricardo (região leste); Vila Casoni e Guanabara (centro); Bandeirantes (oeste); e San Izidro (sul). A UPA do Sabará, na região oeste, continua sendo referência para estes casos.

“Peço desculpas para a população destes bairros, que não poderá ir nestas UBS para fazer consultas e procedimentos de rotina, mas neste momento tivemos que tomar esta atitude para salvar a vida das pessoas. Pedimos para as pessoas procurarem primeiro estas UBS, em caso de suspeita de Covid, se for possível, para desafogar a UPA”, enfatizou o prefeito.

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O secretário Felippe Machado informou que a capacidade de atendimento será de aproximadamente 1.300 consultas por dia, nestas nove UBSs. “Todas estas unidades realizam testes, fazem acompanhamento médico e de enfermagem, têm remédios e realizam o monitoramento do casos. Por isso, pedimos para as pessoas buscarem, de forma inicial, estas unidades”, salientou.

Ocupação de leitos – No momento há 1.202 pacientes aguardando internação em leitos de Covid-19, seja de UTI ou de enfermaria, em todo o Paraná, sendo 247 na Macro Noroeste, região de Maringá; 264 na Macro Oeste, região de Cascavel; 145 na Macro Norte, região de Londrina; e 546 na Macro Leste, região de Curitiba.

Média Móvel – Os dados também apontam que houve um aumento na média móvel de casos. Foi registrada uma média móvel de 327 novos casos por dia, com relação aos últimos sete dias. “Se comparado a 14 dias anteriores, tínhamos 246 casos, isso mostra que realmente houve uma elevação no número de casos positivos. A cada 10 exames feitos, quatro estão positivando”, explicou Machado.

Índice de transmissão – O índice de transmissão, indicador que mede a velocidade da pandemia, também subiu, de 1,11, na semana anterior, para 1,14, também demonstrando que a pandemia está em aceleração. Significa que cada 100 pessoas com Covid-19 vão transmitir o vírus para outras 114 pessoas. Quando este índice está abaixo de 1, demonstra uma desaceleração da pandemia e, acima de 1, que está em aceleração.

Casos positivos – Sobre os casos positivos por mês, janeiro ainda é o mês que registrou maior número de casos positivos, com 8.688, maio finalizou com 6.502, e junho registra 2.169 até o momento.  “É importante frisar que os casos de hoje estão muito mais graves do que no começo da pandemia. Os pacientes ficam mais tempo internados e a doença está atingindo mais severamente a população jovem, que muitas vezes vem a óbito, mesmo não tendo problemas de saúde”, disse o prefeito.

Óbitos – Também foi apresentado, na transmissão ao vivo, o quadro de casos e de óbitos por faixa etária, de todo acumulado da pandemia, em Londrina. Entre pessoas com 0 a 9 anos foram 1.614 casos confirmados (2,70% dos casos) e nenhum óbito; de 10 a 19 anos, 4.170 casos (6,97% dos casos) e nenhum óbito; de 20 a 39 anos, 24.888 casos (41,60% dos casos) e 64 óbitos (4,24% dos óbitos); de 40 a 59 anos, 20.053 casos confirmados (33,52% dos casos) e 297 óbitos (19,66% das mortes); mais de 60 anos, foram 9.095 casos (15,20% dos casos) e 1.150 mortes (76,11% dos óbitos).

O boletim do último domingo apontou 204 novos casos confirmados de coronavírus no dia, com um acumulado de 59.820 casos, desde o início da pandemia. Também houve 214 novos casos curados, de um acumulado de 57.556. Ontem (23), não foi registrado óbito. O acumulado de óbitos, desde o início da pandemia, é de 1.511. 

 Ocupação de leitos – Durante a live foi exibida, ainda, a taxa de ocupação de leitos do município. A ocupação de leitos de enfermaria, entre os do SUS e do sistema privado, é de 58%, e da UTI geral é de 92%. Dos 339 leitos de UTI disponíveis em Londrina para adultos, 312 encontram-se ocupados. Já a ocupação da UTI pediátrica é de 65%, ou seja, dos 71 leitos disponíveis, 46 estão ocupados neste momento.

Com relação os leitos do SUS, exclusivos para covid-19, dos 196 leitos disponíveis de enfermaria, 94% estão ocupados, e a taxa de ocupação dos leitos de UTI é de 100%, ou seja, todos os 146 leitos disponibilizados estão ocupados. Sobre as UTIs pediátricas dos SUS, dos 14 leitos disponíveis, um está ocupado neste momento.

Testagem – Até agora, foram feitos 184.472 testes, do tipo RT-PCR, que é considerado o padrão ouro para o diagnóstico da Covid-19. Do total de testes realizados, 59.820 foram confirmados, 124.525 descartados e 127 estão aguardando o resultado. 

Vacinação – Com relação ao número de pessoas vacinadas em Londrina, até sábado (7), o município registrou 147.264 londrinenses vacinados com a primeira dose, dos quais 85.727 também receberam a segunda dose.

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Dayane Albuquerque

Gestora de Comunicação - Jornalista da Prefeitura Municipal de Londrina, especialista em Comunicação Organizacional

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