Ambulância do Samu vai atender pessoas que circulam dentro do Terminal, assim como emergências da região central de Londrina
A Secretaria Municipal de Saúde iniciou, hoje (1) pela manhã, o projeto de descentralização do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). O piso inferior do Terminal Urbano Central foi escolhido para começar a ação em Londrina. Segundo dados da Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização (CMTU), o local registra uma movimentação diária de 120 mil pessoas.
No entanto, as ocorrências continuam sendo monitoradas pela Unidade Central, localizada na rua Dib Libos, 80, ao lado do prédio da Secretaria de Saúde. A ambulância é equipada por um socorrista, que acumula a função de motorista, além dos aparelhos médicos. O serviço estará disponível das 6h às 22h, horário de maior pico do Terminal.
De acordo com o gerente do Samu, Elândio Cleber Câmara, a ambulância vai atender tanto as pessoas que circulam no próprio Terminal, quanto às emergências da região central da cidade. “A ambulância não é exclusiva do Terminal. Aqui não é um sistema de ambulatório fixo. É um atendimento direto à população, com responsabilidade do motorista socorrista que ficará dentro da ambulância, assim como ocorre na rua”, explicou.
Elândio Câmara adiantou que a ideia de ampliar a atuação do Samu não foi motivada, simplesmente, pela morte de uma senhora no Terminal. Ele afirmou que a situação apenas agilizou a ideia de descentralizar. “Há tempos, já havia um estudo para a descentralização do serviço. Por conta do fato ocorrido dias atrás, a ação foi adiantada e, por fim, concluída”, disse.
O gerente do Samu também deu detalhes sobre o atendimento e, principalmente, o uso do desfibrilador. “Nós estamos desenvolvendo, junto à CMTU, um treinamento exclusivo para manusear melhor o desfibrilador, aparelho do qual o Terminal já dispõe, há certo tempo. Esse treinamento já foi executado; no entanto, houve a necessidade de se fazer uma nova capacitação dos funcionários”, afirmou.
Durante a coletiva, uma senhora passou mal e precisou ser atendia pela Unidade Móvel. Reginaldo Natalício, 36 anos, contou o que aconteceu com a paciente. “Eu não a conheço. Ela apenas reclamou de dor dentro do ônibus. Quando chegamos ao Terminal, vi a ambulância e a levei rapidamente”, disse um usuário que destacou a importância da unidade móvel dentro do Terminal. “Eu fico mais tranquilo, porque dá segurança à população”. A senhora foi encaminhada ao Pronto Atendimento Municipal (PAM), onde recebeu atendimento médico.
O Samu dispõe hoje de quatro ambulâncias básicas e duas avançadas, estas equipadas com um médico, respirador, desfibrilador e outros equipamentos, funcionando, praticamente, como uma UTI móvel. Além disso, dois outros veículos são de caráter intermediário, que operam basicamente como serviço de transporte. Futuramente, o projeto de descentralização beneficiará moradores das regiões norte e sul.
Fotos: Luiz Jacobs.
