Terapia Comunitária atendeu mais de 5 mil pessoas - Blog Londrina
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Terapia Comunitária atendeu mais de 5 mil pessoas

Terapia Comunitária atendeu mais de 5 mil pessoas

O programa atende em 27 locais da cidade e já realizou 446 rodas no 1º semestre;  objetivo é promoção de saúde entre os pacientes

A Secretaria Municipal de Saúde apresentou os dados do programa Terapia Comunitária Integrativa (TCI), realizado dentro da Diretoria de Ações em Saúde, na Gerência de Saúde Mental. Neste primeiro semestre, o TCI atendeu  5.144 pessoas, dentro de 27 locais e unidades envolvidas com 35 grupos, realizando 446 rodas.

O programa é um instrumento de promoção de saúde, de prevenção de doenças e otimização dos serviços prestados pela Secretaria de Saúde. Segundo a coordenadora do programa, Maria da Graça Pedrazzi Martini, as rodas realizadas pelos terapeutas atuam, para que haja acolhimento e humanização dos pacientes atendidos. “A Terapia não exclui o tratamento. O que nós dizemos é que quem fala com a boca, não fala com os órgãos, diminuindo a incidência de doenças psicossomáticas”, afirmou.

A TCI acolhe, escuta, cuida e também direciona, com mais agilidade, as demandas, permitindo que sigam, para os níveis secundários de atendimento, apenas as questões não resolvidas no nível de Atenção Básica.

“A Terapia Comunitária Integrativa vem contribuindo para humanizar os serviços do SUS, investe na promoção de saúde e acelera a recuperação dos nossos usuários. É uma excelente estratégia de participação e inserção social”, declarou a coordenadora.

A comunidade em geral é acolhida nas rodas. “Quem quiser participar pode. Há algumas pessoas que participam por indicação dos médicos, mas a maioria é formada por pessoas da comunidade, que estão passando por alguma dificuldade, algum problema”, disse Maria da Graça.

Terapia Comunitária atendeu mais de 5 mil pessoasEssas pessoas são atendidas pelos terapeutas comunitários que são médicos, enfermeiros, auxiliares de enfermagem, profissionais dos Núcleos de Apoio à Saúde da Família (NASF), do Centro de Atendimento Psicossocial (CAPS III), da maternidade e do Pronto Atendimento Municipal (PAM). “São funcionários formados em terapia comunitária. Não precisa ser necessariamente graduado, mas precisa passar por uma capacitação e nós fazemos esse trabalho, constantemente”, comentou a coordenadora. No total, são 60 profissionais, sendo 50 formados pela Secretaria de Saúde e outros 10 formados pelo Ministério da Saúde.

Quando esses profissionais chegam nas rodas, são executadas duas etapas. A primeira, coordenada pelo coterapeuta, é a parte de acolhimento da comunidade. “Esse terapeuta fala sobre as regras, depois faz a comemoração de aniversários e de datas, brinca com as pessoas, preparando um clima aconchegante”, explicou Maria da Graça.

Posteriormente, acontece a parte da partilha das dificuldades, com o outro terapeuta do grupo. “Os participantes contam sobre o seu problema e a comunidade escolhe um para ser debatido no dia. Essa pessoa conta tudo o que está passando e os outros participantes, que já passaram pela mesma situação, compartilham o que fizeram. É uma maneira da pessoa não se sentir sozinha, de saber que há solução para o seu problema”, declarou a coordenadora.

Segundo Maria da Graça, a secretária de Saúde, Ana Olympia Dornellas apoia o programa. “Ela conhece, acompanha o nosso desenvolvimento. É uma grande incentivadora do nosso trabalho e acredita na prática da terapia comunitária.” 

Seis funcionários da TCI vão apresentar a experiência das rodas no IV Congresso Brasileiro de Terapia Comunitária Integrativa. O Congresso será realizado na cidade de Santos, entre os dias 31 de agosto e 3 de setembro. “Nós somos pioneiros neste programa. É uma trajetória muito rica pela qual passamos e  vamos falar durante o Congresso”, apontou a coordenadora.

Resultados das rodas

Os resultados das rodas de TCI em Londrina são: diminuição do uso de medicação controlada e outras medicações; controle de pressão arterial; fortalecimento de laços familiares e comunitários; maior aproximação dos usuários e funcionários das Unidades Básicas de Saúde (UBS); diminuição da demanda de doenças psicossomáticas (estresse, depressão, aumento da autoestima, diminuição dos estados de ansiedade e solidão, entre outros); diminuição e até abstinência do consumo de álcool e drogas; aumento do acolhimento, por parte de familiares, a pacientes crônicos e psiquiátricos; maior inserção de usuários às atividades físicas e de lazer promovidas pelas UBS; retorno à espiritualidade, diminuindo os problemas de saúde.

Locais de atuação
   
O programa Terapia Comunitária atua em 27 locais da cidade de Londrina. Nesses lugares as equipes, formadas de dois a três profissionais, realizam as rodas nas praças, escolas, centros comunitários, salões paroquiais. “Temos rodas de 15 a 150 pessoas e algumas UBS não têm capacidade para a realização. Por isso, fazemos nesses espaços”, disse a coordenadora. Segundo Maria da Graça, algumas rodas têm acontecido dentro das casas dos pacientes que, por problemas de saúde, não podem participar das reuniões realizadas em outros locais.

A coordenadora ainda explicou que o total de 35 grupos é porque, em algumas regiões, há o suporte para que aconteça mais de uma roda. As reuniões cumprem uma rotina semanal, sendo realizadas sempre no mesmo horário e no mesmo local. 

Atualmente, o trabalho é ofertado no CAPS III, CAPS ad, Chefe Newton/Parati

Parigot,Cafezal, União da Vitória,El Dourado, Guanabara, Ideal, Vila Ricardo,Lindóia, Novo Amparo, Marabá, Ernani, Alvorada, Bandeirantes, Leonor

Panissa/Maracanã. Vila Nova, Centro, Cismepar, Carnascialli, Maternidade, Vila Brasil, Três Bocas, Guairacá e Paiquerê.

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