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Comitê decide ações contra caso de racismo

Comitê decide ações contra caso de racismo

Grupo de Direitos Humanos, Movimento Negro e Gestão de Igualdade Racial decidiram ações a serem tomadas 

A gestora de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, Maria de Fátima Beraldo, representantes do Conselho de Direitos Humanos (CDH), a representante do Movimento Negro de Londrina, Maria Nilza da Silva, e o professor de História que foi vítima de racismo, Valdecido Pereira da Silva, se reuniram, na tarde de hoje (6), na Prefeitura Municipal, para estabelecer as ações que serão tomadas, na próxima segunda-feira, a respeito do caso de racismo ocorrido na semana passada.

Durante a reunião, ficou decidido que o comitê vai acompanhar a vítima, durante a audiência pública, que será realizada no dia 10 de fevereiro, e entrará em contato com a Defensoria Pública do Paraná, para elaborar a defesa de Valdecido. O caso de racismo será encaminhado também à Defensoria Pública da União e  ao Ministério Público.

Segundo a gestora de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, espera-se que a lei seja cumprida. “Nós esperamos que a justiça seja feita, que o Valdecido seja ouvido e que a questão do racismo seja discutida, para que os representantes da Justiça e a sociedade tomem conhecimento do caso”, disse Maria de Fátima Beraldo.

Valdecido explicou que o apoio da gestão municipal está sendo importante para o direcionamento do caso. “A ajuda da Gestão de Promoção da Igualdade Racial me fortaleceu mais. Sou uma pessoa esclarecida, graduado em História e sei que não poderia ter sido preso assim. Tenho certeza que me tiraram do supermercado, porque queriam abafar o caso”, alegou a vítima de racismo.

A presidente do Conselho Municipal de Política para a Promoção da Igualdade Racial e militante da causa racial há 30 anos, Vilma Santos de Oliveira, afirmou que a situação demonstra certo avanço, porque agora as pessoas estão denunciando racismo. “Antigamente, não havia lei para o crime de racismo e, por isso, ninguém  falava a respeito. A denúncia significa um avanço, porque as pessoas estão tomando conhecimento a respeito de seus direitos”, afirmou.

Sobre o conflito 

Comitê decide ações contra caso de racismo Na quarta-feira, dia 28 de dezembro, o professor de História do Centro de Educação Básica para Jovens e Adultos (CEEBJA) e mestrando pela Universidade Estadual de Londrina (UEL), Valdecido Pereira da Silva, foi acusado pelo policial civil, Paulo Valério Kwiatkowski, de tentar roubar a senha bancária do policial. O incidente aconteceu em um supermercado na rua Brasil.

Valdecido afirmou que o policial agrediu verbalmente o professor, desqualificando-o com palavras chulas que remetem ao crime de racismo. No momento da discussão, Valdecido agrediu fisicamente o policial e foi levado preso até o 1º Distrito Policial, onde o policial registrou Termo Circunstanciado de Infração Penal.

Fotos: Vivian Honorato

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