O preço da passagem passa a ser R$ 2,45; o valor final da tarifa ficou dois pontos percentuais inferior à inflação acumulada nos últimos 24 meses
O prefeito Alexandre Kireeff anunciou em coletiva de imprensa na tarde desta quarta-feira (20) o novo valor da passagem do transporte coletivo urbano, que passa para R$ 2,45. O valor final da tarifa ficou dois pontos percentuais inferior à inflação acumulada nos últimos 24 meses medida pela Fundação Getúlio Vargas, que foi de 13,53%. O anuncio foi feito no gabinete do prefeito com a presença de secretários e do presidente de Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização – CMTU Carlos Alberto Geirinhas. O novo valor passa a vigorar domingo.
De acordo com o prefeito Alexandre Kireeff a decisão foi tomada depois de uma análise criteriosa feita pela administração relacionada ao subsídio concedido ao serviço através da lei municipal de Lei nº 11.123, de 23 de fevereiro de 2012, e sobre a composição da planilha do transporte coletivo.
“Pedimos à Procuradoria Geral do Município um estudo final sobre a aplicabilidade da lei do subsídio no caso de reajuste e sobre a possibilidade de conceder o subsídio obedecendo ao contingenciamento de 30%. A resposta aos dois itens foi favorável e conseguimos chegar ao valor de R$ 2,45.” O estudo da planilha apontou uma tarifa técnica (sem o subsídio) de R$ 2,55.
Alexandre Kireeff informou ainda que o município e a CMTU encaminharam à Promotoria de Justiça Especializada na Defesa dos Direitos do Consumidor, para fazer uma análise do aumento da tarifa de acordo com os critérios do direito do consumidor. ”No relatório final da Promotoria constatou-se um item no custo tarifário relacionado ao lucro das operadoras de ônibus, de 7,5%. No entender da Promotoria esse item, que vinha sendo praticado desde 2009, deveria ser excluído. E, orientados também pela Procuradoria do Município, assim o fizemos”, informou.
O contingenciamento do subsídio em 30% irá gerar uma economia anual de R$ 2,07 milhões. Esses recursos serão utilizados para colaborar com o descontingenciamento do repasse de verbas para as creches, para assistência aos idosos e fundo antidrogas.
Ainda de acordo com Kireeff se houver subsídio por parte do governo estadual a tarifa poderá ser revista. “Qualquer fator que cause um impacto relevante, seja subsidio estadual ou outro, faremos uma análise criteriosa. com certeza esse valor será revisto.”
Critérios técnicos
O presidente da CMTU, Carlos Alberto Geirinhas, ressaltou que todo o trabalho da CMTU foi baseado em preceitos técnicos. “Nosso olhar sobre os trabalhos foi do ponto de vista do usuário, no sentido de buscar o menor preço possível para a população”, disse.
Geirinhas destacou que todos os itens da planilha foram checados pelos fiscais da companhia. “Fizemos Inclusive acompanhamento diário e checagem da catraca. Em alguns itens como o tempo de vida útil dos pneus, conseguimos aumentar de 80 mil quilômetros para 120 mil quilômetros. Foi feita checagem de notas fiscais e verificamos também a aquisição dos novos veículos, todos com plataforma de acesso para uso de pessoas com deficiência, que passa a corresponder a 70% da frota com esse equipamento”, destacou.
A tarifa em Londrina ficará abaixo da praticada em várias cidades maiores ou do mesmo porte como Curitiba (R$ 2,60 – com subsídio do Estado), Maringá (R$ 2,75/R$ 2,95 dinheiro), Ponta Grossa (R$ 2,60), Joinville (R$ 2,75), Caxias do Sul (R$ 2,85) e Campinas (R$ 3,30).
O decreto com a alteração da tarifa deverá ser assinado ainda hoje (20) e publicado no Jornal Oficial do Município de amanhã (21).
Fotos: N.com
