Sema participa de eventos de logística reversa em Curitiba

A Secretaria Municipal do Ambiente (Sema) participou de dois eventos referentes à área de logística reversa realizados em Curitiba na última semana. No dia 7 de dezembro, a geógrafa Mariza Pissinati representou a pasta no 5° Seminário Paranaense de Logística Reversa, promovido na sede da Federação das Indústrias do Estado do Paraná (FIEP).

Esta foi a primeira edição presencial do evento desde o advento da pandemia de Covid-19, e abordou a problemática das empresas em relação ao processo de logística reversa – prática que nem todas as instituições tomam como obrigatória, e que outras reconhecem, mas não executam no cotidiano. O seminário teve a presença de palestrantes de renome na área, como o advogado e especialista em direito ambiental, Fabrício Soler, e Rafael Andreguetto, que atua como diretor de Políticas Ambientais da Secretaria de Desenvolvimento Sustentável e do Turismo do Paraná.

“Participo desse evento desde sua primeira edição, em 2017, e vejo que as discussões sobre logística reversa estão avançando cada vez mais”, contou Pissinati.

Em 8 de dezembro, a geógrafa da Sema compareceu à 16ª reunião ordinária do Grupo R-20. Coordenado pela Secretaria de Estado do Desenvolvimento Sustentável e do Turismo, o órgão consultivo é formado por representantes dos 399 municípios paranaenses e promove a troca de informações, auxiliando na busca de soluções para a coleta seletiva, reciclagem de materiais, logística reversa e outras ações. Seu objetivo é a implementação da Lei Federal nº 12.305/2010 (Política Nacional de Resíduos Sólidos) e das Leis Estaduais de Resíduos Sólidos, bem como a implantação do Plano Estadual de Resíduos Sólidos.

Realizada na Associação dos Servidores Públicos do Paraná, em Curitiba, a atividade tratou de questões envolvendo a destinação de resíduos e a logística reversa Paraná, e contou com a participação de mais de 60 pessoas.

De acordo com Pissinati, a reunião serviu para aproximar as autoridades participantes e propor ideias que deverão ser executadas por cada município ou de forma coletiva. “Os dois eventos superaram as minhas expectativas, por promover o avanço, no Paraná, de algumas questões dentro da área de destinação, que no Brasil ainda estão indo devagar. Podemos aplicar várias dessas ideias e inovações em Londrina. Participar desses eventos foi de grande importância, pois conseguimos ter contato com informações que não chegariam até nós normalmente, e percebi como cada profissional ali tem uma contribuição diferente a fazer. Também consegui contato com autoridades da área, o que contribuirá muito para melhorar os processos em Londrina”, contou.  

Política Nacional de Resíduos Sólidos – A Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), estabelecida pela Lei Federal n^o 12.305/2010, define logística reversa como um instrumento de desenvolvimento econômico e social caracterizado por um conjunto de ações, procedimentos e meios destinados a viabilizar a coleta e a restituição dos resíduos sólidos ao setor empresarial. Dessa forma, é promovido o reaproveitamento em determinado ciclo ou em outros ciclos produtivos, ou outra destinação final ambientalmente adequada.

Por meio deste instrumento, fabricantes, importadores, comerciantes e distribuidores de embalagens e de produtos comercializados em embalagens se comprometem a trabalhar de forma conjunta para garantir a destinação final ambientalmente adequada dos materiais que colocam no mercado.

“A gestão de resíduos é um serviço que a população quase não vê; as pessoas só veem o resíduo saindo da porta delas, mas não sabem quantas engrenagens há por trás, por isso a importância de tratarmos disso de forma mais pessoal, falando de diversos municípios. As pessoas que tiverem interesse em se informar sobre o descarte de resíduos podem entrar em contato com a Sema pelo telefone 3372-4750 ou através da página de destinação de resíduos, pelo site da Prefeitura Municipal de Londrina”, salientou Pissinati.

Nos dois eventos realizados em Curitiba, foi discutida a destinação de resíduos como pneus, baterias de chumbo ácido, pilhas e baterias portáteis, eletroeletrônicos, medicamentos de uso humano e veterinário e resíduos perfurocortantes, embalagens em geral, resíduos de produtos saneantes desinfestantes. Todos esses são resíduos que devem participar da cadeia de logística reversa, para não prejudicarem o meio ambiente e a saúde pública caso seja feito o descarte incorreto.

Texto: Giulia Carradore, sob supervisão dos jornalistas do Núcleo de Comunicação da Prefeitura de Londrina.