Capacitação formará multiplicadores que transmitirão informações e exercerão atividades do programa “Crack, é possível vencer”
A Prefeitura de Londrina e a Polícia Militar do Paraná realizam amanhã (23), às 19h, o encerramento das atividades do curso de Tópicos Especiais de Policiamento e Ações Comunitárias (Tepac). A solenidade oficial será na sede da Ordem dos Advogados do Brasil, localizada na rua Professor João Cândido, 344.
As aulas iniciaram no dia 23 de julho deste ano, na Universidade Estadual de Londrina (UEL), e tiveram como objetivo a capacitação de 40 guardas municipais e 39 policiais militares para as questões relacionadas ao programa “Crack, é possível vencer”.
O capitão da PM e coordenador das atividades, Jefferson Luiz de Souza, esclareceu que, durante as aulas, os participantes tiveram o curso nacional de polícia comunitária, noções de saúde pública direcionadas à área de psicologia, assistência social e psicotrópicos, questões de policiamento, defesa pessoal, uso de arma elétrica, técnica de menor potencial ofensivo, direcionamento legal de combate e prevenção às drogas e o encaminhamento de dependentes químicos.
“Os alunos visitaram entidades como os Centros de Atenção Psicossocial (Caps III e Caps AD), as Unidades Básicas de Saúde e a Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) e conheceram assuntos multidisciplinares, o que os ajudarão a buscar melhorias no combate ao crack e a perceber que é um problema que tem solução, mas precisa de uma abordagem diferenciada. Além disso, o curso alerta para a necessidade de se pensar na parte criminal e na recuperação das pessoas que desejam receber ajuda”, disse Souza.
Os alunos formados serão multiplicadores das informações e receberão um certificado e um bottom que os qualificam para dar aulas sobre o assunto. O objetivo principal do programa do governo federal é fortalecer os serviços de segurança pública, saúde e assistência social voltados para o tratamento dos usuários de crack e realizar o enfrentamento do tráfico de drogas.
O secretário de Defesa Social, Rubens Guimarães, explicou que o curso é uma forma diferente de encarar o problema do crack nos municípios. “Porque são apresentadas as questões relacionadas ao crack que nem sempre são casos de polícia e sim de assistência social e de saúde pública. Até por isso existe a participação de outras secretarias municipais. Isso é importante para que os guardas e policiais percebam que o usuário de drogas é também uma vítima e não o vejam somente como um criminoso. É evidente que existe a situação de crime até por esse motivo que a GM e a PM estão envolvidas, mas é necessário que seja feita a prevenção também”, esclareceu Guimarães.
Em Londrina, a secretaria de Defesa Social já mapeou os locais onde serão trabalhadas e implantadas as ações do programa “Crack, é possível vencer”. Agora, a Prefeitura aguarda os equipamentos que serão enviados pelo Ministério da Justiça para colocar as atividades em prática.
O governo federal deve enviar a Londrina duas bases móveis de vídeo-monitoramento totalmente equipadas e que contam com 20 câmeras cada uma, quatro viaturas, quatro motocicletas, 100 armas de condutividade elétrica e 300 sprays de pimenta.
Estão envolvidas nas atividades do programa federal em Londrina, as Secretarias Municipais de Defesa Social, Saúde, Assistência Social e Educação.
