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Médica da Prefeitura de Londrina participa da revisão de material nacional sobre cuidados paliativos

A servidora municipal Beatriz Zampar, que é especialista em Cuidados Paliativos e médica da Família e Comunidade, se reuniu com equipe técnica do Ministério da Saúde

A Prefeitura de Londrina está participando, junto ao Ministério da Saúde, da revisão de material nacional sobre cuidados paliativos. A servidora Beatriz Zampar, médica da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), foi convidada para colaborar com o Grupo de Trabalho de Cuidados Paliativos, e nesta semana esteve na sede do Ministério, em Brasília, para compor a equipe técnica e participar das reuniões.

O convite partiu diretamente da diretora do Departamento de Gestão da Educação do Ministério da Saúde, Célia Regina Rodrigues Gil, que também é de Londrina. Como enfermeira e professora, Gil possui extensa carreira na área de saúde pública, tendo atuado na própria SMS e na Universidade Estadual de Londrina (UEL), entre outros órgãos.

Voltado a pessoas de todas as idades, os cuidados paliativos ofertam, via assistência multiprofissional, cuidado e proteção aos pacientes e famílias que estão diante de alguma doença que ameace a continuidade da vida. Seu objetivo é prevenir e tratar sofrimentos, sejam eles físicos, emocionais, sociais ou espirituais. E sua prioridade é garantir a autonomia da pessoa, bem como a proporcionalidade terapêutica, conforto e qualidade de vida.

Além de supervisora e preceptora da Residência em Medicina da Família e Comunidade, ofertada pela Secretaria Municipal de Saúde, Zampar é especialista em Cuidados Paliativos e mestre em Saúde Coletiva pela UEL. Ela explicou que o trabalho para revisão do material didático terá continuidade, com duas frentes de atuação, sendo uma com informações para a população em geral e outra voltada aos profissionais de saúde. “O material que vamos construir tem como foco a comunidade. E isso é uma inovação, já que geralmente os materiais são mais técnicos e para profissionais de saúde”, citou.

A médica complementou que a integração entre os serviços e organização da educação permanente em saúde que o município tem feito são excelentes contribuições para o SUS como um todo. “Durante as reuniões, foi falado sobre o pioneirismo de Londrina, tanto na Atenção Primária e Estratégia de Saúde da Família, quanto no Serviço de Atenção Domiciliar, que serviu de inspiração para o Programa Melhor em Casa. E agora, temos Londrina novamente no pioneirismo dos cuidados paliativos, com uma lei municipal já aprovada e em execução, com ações entre serviços buscando ofertar cuidado paliativo de qualidade para toda população. Temos boas perspectivas para o SUS em relação aos cuidados paliativos. Caminhamos para uma política nacional, e as conferências municipais estaduais e nacional têm apresentado um papel essencial neste processo”, ressaltou.

Foto: Emerson Dias/ Arquivo NCom

O secretário municipal de Saúde, Felippe Machado, destacou que é com muito orgulho que Londrina, através da servidora municipal, vai participar e colaborar na discussão nacional sobre os cuidados paliativos. “E nossa cidade não foi escolhida à toa. Londrina é referência em relação aos cuidados paliativos e possui protagonismo nessa temática com iniciativas inovadoras. Dentre elas, a lei municipal n°13.567, sancionada pelo prefeito Marcelo Belinati recentemente e que institui o Programa Municipal de Cuidados Paliativos em todas os níveis de atenção à saúde no Município”, declarou.

Segundo Machado, o convite do Ministério da Saúde vem como reconhecimento a esse trabalho pioneiro, prestado com qualidade pelos servidores municipais. “Ficamos muito honrados pelo convite para que a doutora Beatriz Zampar pudesse compor esse grupo técnico, que discutiu em Brasília as novas diretrizes. Além disso, a gente se orgulha muito dos relatos da doutora Beatriz, de que as falas no Ministério da Saúde são unânimes em relação à qualidade da assistência em saúde que Londrina oferta para a população, em relação ao pioneirismo que nós tivemos em implantações de serviços e agora, recentemente, a reestruturação deles. É um momento de muita alegria e de reconhecimento para toda nossa equipe e aos nossos profissionais”, complementou.

A diretora do Departamento de Gestão da Educação do Ministério da Saúde, Célia Regina Rodrigues Gil, explicou que o material debatido pelos representantes de diversas áreas e cidades tem o objetivo de sensibilizar a comunidade sobre os cuidados paliativos, em um processo articulado com a Atenção Primária. “As famílias de muitos pacientes com internação prolongada, em cuidados paliativos, acabam recebendo esses pacientes em seus domicílios. E muitas vezes sem um preparo, sem entender direito o que significa ter um paciente em cuidados paliativos. A doutora Beatriz Zampar, por ter essa vivência na ponta em Unidades Básicas de Saúde, essa visão de Atenção Primária e a vivência nos territórios, domicílios, e também por ser uma especialista em cuidados paliativos, nós acreditamos que ela pode contribuir conosco no sentido de fazer essa articulação entre os cuidados paliativos e a atenção primária. Foi essa a intenção de ouvir a opinião e contar com a experiência dela para fazermos ajustes no material didático que estamos produzindo”, justificou.

Gil destacou que o material elaborado pelo Ministério da Saúde está sendo debatido também com equipes técnicas de outros órgãos e esferas do governo, como o Instituto Nacional do Câncer (INCA), Secretaria de Atenção Especializada à Saúde (SAES), e outros. “A partir do olhar de cada um desses lugares, a gente quer construir um material que fique adequado à população. O caráter dessa publicação é voltado à população, e por isso a gente precisa de alguém que também tenha uma experiência boa na conversa e na escuta ativa ao usuário, para que a gente possa enfim colocar à disposição da população um material que responda as informações, as inquietações e o sofrimento das famílias. A gente sabe que esse é um momento bastante doloroso para as famílias, e o cuidado paliativo é uma necessidade que vem crescendo, tendo em vista que a população está envelhecendo e está adoecendo. E achamos bastante importante as contribuições que ela trouxe, ficamos muito felizes por ela poder contribuir para fortalecermos essas práticas no âmbito da Atenção Primária”, pontuou.

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