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Estudo do Ippul revela que retorno de quiosques ao calçadão tem boa aceitação

CalcadaoLJP

Praticidade, lazer e segurança são os benefícios mais lembrados pelos entrevistados 

O Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano (Ippul) divulgou o resultado da pesquisa sobre o retorno dos quiosques ao Calçadão. Do universo de 822 entrevistados, 68% são favoráveis. Os quiosques de alimentação (café, sucos e lanches), banca de revistas e floricultura concentram 95% dos pedidos dos usuários que participaram do estudo.

Com base no resultado da pesquisa a proposta do Ippul é implementar no Calçadão, entre as ruas Hugo Cabral e Pernambuco, uma banca de revistas e uma floricultura. Já nas cercanias da rua João Cândido uma banca de revistas, uma floricultura e um quiosque de café e sorvetes. Por fim, no trecho do calçadão entre a avenida Rio de Janeiro e a rua Souza Naves, uma banca de revistas e dois quiosques de alimentação, sendo um de café e sorvetes e outro de sucos e frutas.

Para o diretor de Projeto do Ippul, Humberto Leal, o resultado da pesquisa não surpreende. “O retorno dos quiosques está ligado a uma conexão entre o imaginário da população e a memória coletiva dos lugares que fizeram parte de uma paisagem que não existe mais”, observou.

Leal disse que os usuários – por possuírem referências vivas dos locais que costumavam percorrer – assumem papel relevante inclusive para a concepção do projeto. No entanto, como ressalva, o diretor destacou que mesmo o grupo de usuários favoráveis ao retorno dos pequenos comércios aponta a importância do planejamento em relação aos pontos de instalação, quantidade e estrutura dos quiosques.

Pontos positivos e negativos
Dentre os pontos positivos que o possível retorno dos quiosques trará a praticidade e o lazer foram CalcadaoLJ2Plembrados por 70% dos entrevistados. Também a segurança merece destaque, lembrada por 20%. De acordo com Leal a densidade populacional proporcionada por espaços de encontro e socialização está relacionada ao aumento da sensação de segurança dos centros urbanos.

A parcela de entrevistados contrária ao retorno dos quiosques citou como problemáticos o barulho excessivo, a desordem, a poluição visual e a obstrução da circulação. Para Leal o sucesso do empreendimento está vinculado ao fluxo de pessoas. “O calçadão de Londrina pode ser considerado um polo consolidado, constituindo-se em local adequado para a reinserção dos quiosques. Além disso, quando instalados em lugares inesperados, esses pequenos comércios podem integrar estratégia para revitalizar áreas urbanas”, observou Leal.

Planejamento
A pesquisa foi dividida em três etapas: estudo do tema, pesquisa de campo e a já citada apresentação da proposta. Inicialmente, a equipe do Ippul se debruçou sobre ensinamentos de referências mundiais da área de planejamento urbano como Kevin Lynch e Jane Jacobs. Leal disse que as lições dos mestres vão ao encontro da realidade da área central de Londrina. “O fluxo de pessoas é fundamental para o sucesso desse modelo de comércio. Ruas e calçadas interessantes contribuem para uma cidade com mais vitalidade. É o que projetamos para o centro da cidade”, disse o diretor.

Na segunda etapa, durante três dias, a equipe do Ippul realizou a pesquisa de campo. Para aumentar a diversidade do público e fidedignidade dos resultados, Leal contou que o trabalho foi executado em três horários diferentes (manhã, hora do almoço e fim da tarde) e em quatro pontos distintos da área central (três no calçadão e um no bosque). Do total de entrevistados apenas 21% são moradores da área central, ao passo que 70% estavam de passagem ou trabalham no centro.

Fotos: Luiz Jacobs

 

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