Pessoas em vulnerabilidade social são reinseridas ao trabalho
Iniciativa da Prefeitura proporciona volta ao trabalho, acompanhamento psicológico e auxílio na recuperação
A Secretaria de Assistência Social, em parceria com o Sistema Nacional do Emprego (Sine), da Secretaria Municipal do Trabalho, Emprego e Renda, vem reinserindo pessoas em vulnerabilidade social, antigos moradores de rua, que agora estão alojados em abrigos ou em cômodos próprios, ao mercado de trabalho. A atividade começou em meados de 2013 e já reinseriu pessoas às atividades e outras 36 estão aptas e disponíveis para trabalhar. São resultados satisfatórios, considerando tratar-se de indivíduos que chegaram às ruas e romperam laços familiares, com a comunidade e instituições e por se tratar de um processo lento. Destas, algumas ainda moram em abrigos e outras foram reintegradas em suas famílias. A ideia é que o projeto seja permanente.
O primeiro atendimento é feito pela assistência social, a qual auxilia na recuperação de documentos pessoais e também presta atendimento psicológico. Depois, a assistência encaminha as pessoas aptas ao trabalho para o Sine, que faz o direcionamento para as vagas. Mariluci Queiroz dos Santos, assistente social e coordenadora do Centro Referência para a População em Situação de Risco (POP), unidade de serviço da Secretaria Municipal de Assistência Social, explicou que o grupo encaminhado já está há um bom tempo recebendo acompanhamento por psicólogos e assistentes sociais e não estão mais morando nas ruas. “Só depois de termos a certeza de que ele está apto ao trabalho e de termos feito todo um trabalho de reinserção destes indivíduos à sociedade é que eles são encaminhados para o Sine”, explicou. Segundo Mariluci, o objetivo da atividade é garantir o acesso ao trabalho, condição essencial para que superem a condição de vulnerabilidade, além de resgatar a autoestima destas pessoas.
A responsável pela atividade no Sine, Paula Carolina de Souza, explicou que o grupo é recebido com estrutura de atendimentos diferenciados, por se tratar de um público que necessita de maior atenção e acompanhamento e para que consigam maior sucesso no mercado. Após o atendimento, são analisadas quais vagas são compatíveis para cada candidato para depois entrar em contato com o setor de recursos humanos das empresas. “Após a entrevista, caso ele consiga a vaga, nós o encaminhamos novamente para a assistência, para que continue com o acompanhamento psicológico”, informou. Paula disse também que, caso o candidato não consiga o emprego, o Sine fica com o cadastro e assim que aparece outra vaga compatível, entram em contato com a assistência ou com o próprio candidato.
Paula informou que a receptividade das empresas tem sido satisfatória. “As empresas tem dado boa abertura, estão sendo parceiras. Às vezes não contratam por falta de requisitos, qualificação ou documentação e não pela condição social dela”, esclareceu. Paula disse ainda que entre as áreas que mais se encaixam com o perfil destes candidatos estão à construção civil e as áreas operacionais, como auxiliar de limpeza e de serviços gerais.
O Centro POP atende de 290 a 310 pessoas por mês, entre indivíduos que estão nas ruas, em abrigos, e outros que necessitam de auxílio, como por exemplo, pessoas que vieram morar em Londrina em busca de trabalho, mas que não conseguiram uma colocação e se encontram sem renda. Os abrigos de Londrina têm 148 vagas, diariamente ocupadas, não só por moradores de rua, mas por pessoas que passam por dificuldades. Elas são acompanhadas pelo Centro POP e pela Rede de Acolhimento Institucional Adultos.




