Primeira batalha da guerra contra a dengue
Números mostram os bons resultados do primeiro dia do mutirão contra o mosquito transmissor da doença
São quase 8 horas da manhã e a rotina da Avenida São João é interrompida com a chegada de pessoas, veículos equipados e caminhões. Um grupo de voluntários, ainda pequeno, vai chegando para se juntar aos agentes de Saúde, da Guarda Municipal e soldados do Tiro de Guerra. Ao todo são mais de 100 pessoas, em sentido de mutirão. O palco deste movimento, na manhã mais fria do ano, é a Unidade Básica de Saúde (UBS) do Jardim Armindo Guazzi – “QG” da operação especial contra o mosquito transmissor da dengue. Mutirões iguais foram montados em mais 28 UBSs nos bairros com maior incidência de casos. Mas a permanência na Unidade do Armindo Guazzi dura pouco; em seguida às palavras de boas-vindas do secretário de Saúde, Mohamad El Kadri, os grupos iniciam a visita a centenas de quintais. Muitas famílias não hesitam em colaborar: saem do conforto para receber os agentes no portão. Nem sempre é assim, nem sempre é possível convencer com sucesso – compara um agente de Saúde – enquanto um morador fecha a porta e se recolhe. Não resistindo à curiosidade, ele reaparece na janela. É quando recebe novo convite a colaborar. Persuadido, aceita.
Na visão das autoridades da Saúde, a comunidade está mais propensa a colaborar. O decreto – assinado pelo prefeito Kireeff na semana passada – deu força ao trabalho e a população está mais consciente. O resultado do primeiro dia de combate foi bem avaliado: foram visitadas residências e terrenos baldios de 34 bairros, totalizando 21.011 imóveis; envolvidos 498 servidores e 194 voluntários; recolhidos 16 caminhões de materiais desprezados, considerados potenciais criadouros do mosquito. Placar final do primeiro dia: 1×0 para a Saúde. Para ganhar de goleada, ao final da disputa, na sexta-feira (30), basta manter a garra do pessoal e o apoio da população.
Comitê
A Prefeitura de Londrina instituiu o Comitê Gestor Intersetorial de Combate a Dengue no Município de Londrina. Os objetivos do colegiado são: opinar sobre as ações e intervenções a serem realizadas no município visando o controle da doença; organizar as atividades necessárias a este controle com todos os componentes envolvidos; e articular ações conjuntas de combate ao mosquito com os municípios da Região Metropolitana de Londrina e a Secretaria Estadual de Saúde.
Os seguintes órgãos e entidades integram o Comitê: Gabinete do Prefeito; Gabinete do Secretário Municipal de Saúde; Secretarias Municipais de Obras, Ambiente, Educação e Assistência Social; Guarda Municipal; Núcleo de Comunicação; CMTU; Conselhos Municipal e Regionais de Saúde; Associação de Moradores; 17ª Regional de Saúde; Hospital Evangélico de Londrina; Irmandade Santa Casa de Londrina; Hospital Universitário Regional do Paraná; Hospital Dr. Eulanino Inácio de Andrade; Hospital Dr. Anísio Figueiredo; Ministério Público Estadual; Núcleo Regional de Educação; Pastoral da Saúde; Conselho de Pastores das Igrejas Evangélicas; SINDSERV; UEL; UNOPAR e UNIFIL
O Decreto nº 699, que institui o Comitê, foi publicado na edição de hoje (26) do Jornal Oficial do Município.
Fotos: Luiz Jacobs