Cidade

Prefeito se reúne com moradores de Guaravera

No encontro, foram esclarecidas dúvidas e definidas ações sobre pesquisa geológica que está sendo realizada no distrito

 

O prefeito Alexandre Kireeff recebeu, nesta sexta-feira (22), moradores do distrito de Guaravera e representantes da Global Serviços Geofísicos, empresa terceirizada da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustível (ANP). No encontro, foi discutida a pesquisa geológica que a empresa está desenvolvendo naquela região, motivo de preocupação dos moradores. Eles temem que os trabalhos prejudiquem os imóveis do distrito e o meio ambiente, já fragilizados depois das chuvas ocorridas em janeiro.

Ao final da reunião, ficou definida a suspensão de todos as atividades, bem como o aumento na área de segurança dos estudos geológicos. Para Kireeff, a pesquisa é importante, a preocupação dos moradores é válida e a reunião foi importante para esclarecer as dúvidas. “Na reunião, foram colocadas todas as preocupações e a empresa se comprometeu a respeitar os problemas da comunidade. A região já sofreu muito com as chuvas de janeiro, muitos imóveis foram danificados. Então, chegar a um acordo foi a melhor opção”, apontou.   

A decisão será repassada aos demais moradores do distrito nesta sexta-feira (22) à tarde, em uma reunião na praça central. Participaram também a secretária municipal do Ambiente, Liane Lima, e os vereadores Péricles Deliberador e Lenir de Assis.

Também ficou acertado que uma comissão de 10 moradores vai acompanhar todos os trabalhos. Se houver indícios de que a pesquisa esteja causando danos, eles deverão entrar em contato com a empresa para que cessem as vibrações. O aposentado José Ribeiro Nascimento, da Associação dos Amigos de Guaravera (Amaguar), é um dos membros da comissão. “Vamos monitorar tudo. Eles usam equipamentos muito pesados que emitem uma vibração muito forte. Nosso medo é que isso cause danos às casas, ao solo e, principalmente, à nossa saúde”, explicou.

De acordo com o assistente-chefe de equipe da Global Rodrigo Brunetta, normalmente a empresa não suspende os trabalhos sem qualquer sinal de dano. “No entanto, entendemos a situação porque aquela região já está fragilizada em função dos impactos das chuvas de janeiro e respeitaremos isso”, explica. Ainda segundo Brunetta, a empresa apenas deslocará os pontos de exploração, aumentando a margens de segurança e diminuindo a intensidade dos trabalhos.

Os equipamentos vibram em intensidades que variam de 3 a 65 hertz e a vibração alcança até 1,5 mil metros de profundidade. “Fazemos todas as pesquisas às margens das rodovias ou em estradas rurais. Temos as autorizações do Ibama e do DER. E comunicamos às prefeituras, delegacias e Corpo de Bombeiros de cada município”, explicou.

Brunetta garantiu que a pesquisa não está relacionada ao fracking – método não convencional altamente poluente para exploração de petróleo e gás de xisto (shalegas). “Nesse momento, é apenas pesquisa”, garantiu. A empresa permanece na região norte do Paraná até setembro.

 

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