Agentes fazem exames laboratoriais, a partir desta quinta-feira (23), para comparativo dos resultados; iniciativa é realizada em parceria pela Prefeitura e Unifil
O projeto Qualidade de Vida para Guardas Municipais está finalizando a turma piloto de agentes da Guarda Municipal (GM) de Londrina. Por meio de convênio de cooperação técnica firmado entre a Prefeitura e o Centro Universitário Filadélfia (Unifil), os agentes passam por acompanhamento que avalia suas condições físicas, mentais e cognitivas. O objetivo é implantar políticas permanentes que promovam a saúde e o bem-estar destes profissionais.
Os agentes da GM que integram a turma piloto do projeto farão, a partir desta quinta-feira (23), a coleta de exames laboratoriais no Laboratório Municipal (Centrolab). Os agentes que iniciam como a primeira turma oficial do projeto, também farão coleta para análise laboratorial.
De acordo com a diretora de Serviços Complementares de Saúde da Secretaria Municipal de Saúde, Claudia Denise Garcia, todos os resultados devem ser finalizados em, no máximo, uma semana. “Fizemos uma distribuição em grupos para que eles possam coletar esse material em cada dia. Após o resultado ser concluído, iremos encaminhar à Secretaria Municipal de Defesa Social (SMDS) e também para a Unifil”, contou.
Os exames laboratoriais são colhidos no início e ao final de cada turma, para efeitos de comparação. A coordenadora do projeto e do curso de Educação Física da Unifil, professora Rosana Sohaila Moreira, explicou que o rol de exames aponta a condição de cada agente em relação ao colesterol, glicose, entre outros itens. “Eles participam também de uma bateria de exames físicos para avaliação de força, capacidade respiratória, equilíbrio, entre outros testes físicos e motores. Outra bateria envolve testes psicológicos com questionários, e recordatório alimentar e nutricional, para entender a alimentação desse agente”, afirmou.
Concluída a etapa de avaliações, o projeto inicia a parte de intervenção. Cada agente deve realizar atividades físicas três vezes por semana, com duração de 1h30 cada sessão. “O treino é dividido em atividades coordenativas e de agilidade, seguido de treinamento de força, e por fim um trabalho para melhora da condição cardiorrespiratória. E às sextas-feiras, ocorrem as oficinas. Quinzenalmente, eles participam de encontros com a psicóloga, além de acompanhamento e oficinas com nutricionista. Houve também uma palestra com profissional de fisioterapia”, detalhou Rosana.
Com o encerramento da turma piloto, a professora citou que os agentes passam por novas avaliações. “Vamos verificar se conseguimos melhorar as capacidades coordenativas, físicas e motoras de cada um. Enquanto o grupo piloto vai refazer os exames físicos, o novo grupo também passa por esse processo, mas para termos o diagnóstico prévio dessas condições”, contou.
O projeto conta com a participação de cinco professores da instituição, e quatro alunos bolsistas, envolvendo profissionais das áreas de Educação Física, Nutrição, Psicologia, Fisioterapia e Biomedicina. “Esse projeto é um benefício para esses agentes. Cada grupo participa em três meses, que é o tempo necessário para despertar o corpo para a prática das atividades físicas”, explicou a professora.
Para o gerente de Convênios da SMDS, GM Pavan, o grupo piloto é a primeira fase do projeto, fundamental para estabelecer as bases do programa. “Já é possível observar o ganho de força, a disposição e agilidade que esses guardas municipais desenvolveram. Consequentemente, isso melhora a qualidade de vida deles, e também os serviços prestados pela GM à nossa população”, frisou.
A expectativa é que todos os 357 agentes da Guarda Municipal participem do projeto. “Essas atividades são desenvolvidas dentro do horário de trabalho, para motivar a participação dos nossos profissionais”, citou Pavan.
