Conscientização sobre hanseníase prossegue nas escolas municipais
Quase 750 alunos participaram das últimas atividades educativas; abordagens são feitas pelo NASF em parceria com o Cismepar
Quase 750 alunos participaram das últimas atividades educativas; abordagens são feitas pelo NASF em parceria com o Cismepar
Com o objetivo de sensibilizar alunos da rede municipal de ensino, professores, pais e mães, e a comunidade escolar em geral, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) prossegue com as ações educativas a respeito da hanseníase. Neste ano, em Londrina, as atividades foram iniciadas em março de 2018, como parte da Campanha Nacional de Hanseníase e Verminoses, do Ministério da Saúde, e serão realizadas até junho. Aproximadamente 1.600 alunos de cinco escolas municipais, uma de cada região da cidade, receberão os trabalhos.
Na última segunda-feira (23), os atendimentos chegaram à escola Irene Aparecida da Silva, do Conjunto Jamile Dequech, região sul, com o envolvimento de 196 alunos. A outra unidade visitada foi a Professor Moacyr Teixeira, no Conjunto Maria Cecília, região norte, onde 547 estudantes puderam participar. As outras unidades escolares que estão recebendo as ações são a João XXIII, na região oeste, com 257 alunos; Francisco Pereira Jr., região leste, com 364 alunos; e Vila Brasil, na área central, com 173 alunos.
O foco é trazer esclarecimentos à comunidade sobre a doença, mostrando os principais sinais, formas de identificação e tratamento, e os serviços disponíveis atualmente pelo Sistema Único de Saúde (SUS). A campanha em Londrina é coordenada pela Diretoria de Atenção Primária à Saúde (DAPS) e as abordagens educativas são realizadas pelas equipes do Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF), em parceria com profissionais do Ambulatório de Hanseníase do Cismepar.
A coordenadora de Saúde do Adulto da DAPS, Juliana Marques, frisou que o fator mais positivo das intervenções educativas, feitas junto às escolas do município, é a multiplicação de conhecimentos e informações desenvolvida por meio dos alunos que participam dos encontros. “As crianças têm esse poder de levar para casa tudo aquilo que absorvem como aprendizado em sala de aula. Isso é muito importante, pois eles ajudam a propagar as informações e fortalecem a divulgação sobre a hanseníase. Nas unidades de saúde, isso acaba gerando aumento na procura pelos serviços, e muitas vezes temos casos de pacientes que dizem ter ido buscar uma consulta ou tratamento após o alerta feito pelos filhos dentro de casa”, afirmou.
Ainda segundo Juliana, a maior parte das pessoas com hanseníase acaba procurando por tratamento médico na rede pública com a doença já em estágio avançado. “É sempre válido reforçar que a rede municipal oferece atendimento e tratamento gratuito para hanseníase. As UBSs são a porta de entrada, onde há a primeira avaliação e, quando necessário, o encaminhamento para os serviços especializados. Neste caso, os pontos de referência em Londrina são a Policlínica Municipal e, para os menores de 15 anos, o Cismepar”, informou.
Nesta mesma campanha, a Secretaria Municipal de Saúde também está promovendo nas escolas o tratamento de verminose. Após autorização por escrito dos pais, as equipes de saúde disponibilizam aos alunos doses de medicação contra verminose. O Município está participando de sua terceira campanha nacional consecutiva, tendo aderido pela primeira vez em 2014.
Sensibilização – Durante as atividades da campanha, os profissionais responsáveis entregam fichas de autoimagem que devem ser preenchidas em casa pelos alunos com o apoio dos pais. O formulário, conhecido por ‘método do espelho’, tem como finalidade a identificação de sinais e sintomas sugestivos de hanseníase. Em caso da existência de manchas suspeitas, o aluno é encaminhado pelas escolas à Unidade de Saúde mais próxima para exames clínicos especializados, onde poderá obter um diagnóstico médico mais preciso para o início de tratamento, quando necessário.
O que é hanseníase – Trata-se de uma doença crônica e infecciosa, causada por uma bactéria chamada Mycobacterium leprae ou bacilo de Hansen. Existe cura para a doença, mas, se não for tratada, pode deixar sequelas nas pessoas acometidas. A doença acomete principalmente pele e nervos periféricos podendo levar a sérias incapacidades físicas.
É transmitida principalmente pelas vias áreas superiores, por meio de contato próximo e prolongado de uma pessoa suscetível com uma pessoa doente e sem tratamento. Podem ser acometidas pessoas de ambos os sexos e qualquer idade em áreas endêmicas. Entretanto, é necessário um longo período de exposição e apenas uma pequena parcela da população infectada adoece.
São sintomas comuns manchas esbranquiçadas, avermelhadas ou amarronzadas, em qualquer parte do corpo, com perda ou alteração de sensibilidade térmica (ao calor e frio), tátil (ao tato) e à dor, que podem estar principalmente nas extremidades das mãos e dos pés, na face, nas orelhas, no tronco, nas nádegas e nas pernas.
Fotos: Divulgação




