SEMA identifica polo emissor de mau cheiro na região sul da cidade
Forte odor, que gera reclamações por parte dos moradores, é emitido por uma granja de ovos da área rural; a situação foi encaminhada ao Instituto Ambiental do Paraná
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Depois de realizar vistorias na região sul de Londrina, direcionadas a averiguar a origem do mau cheiro que se alastra com frequência para alguns bairros, gerando reclamações dos moradores, a Secretaria Municipal do Ambiente (SEMA) identificou a fonte emissora. O levantamento apontou que o odor forte e desagradável é proveniente das atividades de compostagem feitas por uma granja produtora de ovos que funciona na área rural, na abrangência do Patrimônio Selva. A situação foi encaminhada, nesta sexta-feira (17), ao Instituto Ambiental do Paraná (IAP), que é o órgão competente para tomar as providências necessárias neste caso e dará sequência ao acompanhamento.
Pelas características do odor produzido, os fiscais da SEMA descartaram outros dois polos que ficam nessa mesma localidade e poderiam ser os geradores, uma estação de tratamento de esgoto e uma fábrica de subprodutos de origem animal. O odor sai da zona rural e chega até a região sul, principalmente identificado na área do Conjunto Cafezal.
De acordo com o secretário municipal do Ambiente, José Roberto Behrend, a equipe técnica conversou com os responsáveis pela granja e fez recomendações, indicando adequações que possam servir para amenizar a emissão do cheiro e melhorar o controle de matéria orgânica que é feito na etapa de compostagem, e pela qual ocorre o processamento e a destinação do esterco das aves criadas no local. “Incorporar mais palha e serragem na matéria orgânica, por exemplo, pode ser uma alternativa. Caso as medidas sugeridas não surtam efeito, outra possibilidade seria a mudança do pátio de compostagem para um outro local. A granja ainda poderá sofrer autuação se não promover as adequações”, informou.
Behrend frisou que, apesar do cheiro causar incômodo aos moradores, as atividades desenvolvidas na granja estão regulares e não geram problemas de poluição na cidade. Ele disse que o odor é fruto de um processo biológico natural e costuma ficar mais forte quando ocorre inversão térmica e ventos mais intensos.”Tivemos uma mudança climática grande na última semana, com a redução das temperaturas, e isso é um fator que também interfere no processo natural de compostagem, aumentando a incidência do cheiro forte, que chega até a zona sul e é percebido principalmente de manhã e à tarde”, acrescentou.
Para a imprensa: outras informações podem ser obtidas com o secretário municipal do Ambiente, José Roberto Behrend, pelo telefone 3372-4758 ou 3372-4750.