Cidade
Oficina de línguas é também encontro de gerações
Promovido pela associação de idosos Nakayoshi Kurabu e incentivado pela Secretaria Municipal do Idoso, projeto estimula troca de conhecimentos linguísticos e culturais entre idosos e crianças japonesas
A associação para idosos Nakayoshi Kurabu, sediada em Londrina, promove desde fevereiro de 2009 encontros intergeracionais para ensino da linguagem japonesa e portuguesa. O trabalho consiste em reunir idosos e crianças da comunidade nipônica de Londrina. Os idosos ensinam aos mais novos a língua japonesa, enquanto a criançada repassa os conhecimentos que recém adquiriram na escola sobre gramática e ortografia portuguesa.
Todo o processo é gerenciado por voluntários do campo de Letras e pela organizadora dos encontros e presidente da associação, Fukiko Okano, que confirmou a continuidade das oficinas para 2010. “Nós vamos continuar com o projeto no ano que vem e já estamos elaborando outras atividades para acrescentar no próximo ano”, afirmou Okano. E enganam-se os que concluírem que o projeto é voltado somente para japoneses e descendentes,qualquer pessoa que tiver interesse em ensinar ou aprender um dos dois idiomas pode comparecer.
A Secretaria Municipal do Idoso incentiva o projeto, com auxílio na divulgação e estímulo para sua permanência. Também cede o local para que as oficinas sejam desenvolvidas. Os encontros acontecem no Centro de Convivência do Idoso, localizado na Rua Serra Pedra Pelada, nº 111, no jardim Bandeirantes, zona oeste da cidade, sempre nos três primeiros domingos de cada mês, a partir das 13h30.
Para a secretária municipal do Idoso, Liz Clara Ribeiro de Campos, o trabalho realizado pela associação Nakayoshi Kurabu é de extrema importância. “O enfoque do projeto, mais do que o ensino de duas línguas, é a interação entre as gerações, que é o principal objetivo da gestão da Secretaria do Idoso”.
A secretária também ressaltou o intercâmbio cultural existente nas atividades. “É uma troca de vivências muito interessante. Os mais velhos passam toda a sua sabedoria e experiência. Já as crianças, além de absorverem esse conhecimento e aprenderem a respeitar muito mais os idosos, também ensinam a eles as vivências dessa nova geração”, concluiu.
(Londrina, 22 de dezembro de 2009)




