Evento, que ocorrerá de 22 a 24, promove debate sobre leis que implantam o ensino da História e Cultura Afrobrasileira e Indígena no ensino fundamental e médio
De 22 a 24 de abril, Londrina recebe o VII Encontro do Fórum Permanente de Educação e Diversidade Etnicorracial do Paraná, que será realizado no Ginásio do Centro de Educação Física (CEF) da Universidade Estadual de Londrina (UEL) e conta com o apoio da Secretaria Municipal de Educação. De acordo com o material de divulgação, vão ocorrer debates e palestras sobre a “Territorialidade e afirmação cultural dos povos indígenas”, “A visão do índio sobre os conteúdos escolares” e “Religiosidade, preconceito e intolerância”, entre outros assuntos.
Esses debates devem oportunizar novas informações e o aprofundamento dos temas que irão apontar na diretriz curricular como deverá ser implantada a disciplina de História e Cultura Afrobrasileira e Indígena, imposta pelas leis 10.639/03 e 11.645/08, para os ensinos fundamentais e médios.
De acordo com a gerente de Formação Continuada, Eva Okawati, 100 professores da Rede Municipal de Ensino vão participar do encontro que contará com oficinas sobre arte africana e afrobrasileira em sala de aula, formas de repensar a África e a matemática, jogos de matriz africana, jogos matemáticos, antropologia das religiões afrobrasileiras, literatura afrobrasileira, heróis negros e poética da mulher negra.
A gerente explicou que a Educação entende que estas discussões são extremamente importantes para a capacitação dos professores que trabalham com as disciplinas de educação etnicorracial. “Todos os debates vão ajudar na construção de novos projetos e diretrizes para a grade curricular que já existe, o que torna as matérias mais completas e diferenciadas”, salientou Okawati.
Segundo o diretor de Gêneros e Diversidade Etnicorracial do Sindicato dos Trabalhadores da Educação do Paraná (APP) Núcleo Sindical Londrina, Edmundo da Silva Novaes, vão participar do fórum 1.200 pessoas de todo o estado. Silva falou que a expectativa é principalmente, com a difusão das leis que tornam obrigatório o ensino da História e Cultura Afrobrasileira e Indígena nas escolas, que ainda não é efetiva em quase todo o Brasil. “Com o fórum, espera-se que os profissionais e comunidade participante divulguem a importância da lei para todos que estão à sua volta”, evidenciou o diretor.
Encontro
Durante os três dias, serão ministradas 34 oficinas, com palestrantes de diferentes cidades paranaenses, e de outros estados, quatro palestras e 11 mesas redondas, com debates e discussões sobre os assuntos abordados. Na abertura, às 19h, haverá apresentações culturais, com danças, exposições fotográficas e o concerto “Negro Spirituals”, com o pianista Raul Passos.
Na sexta-feira (23), o dia terá palestras e mesas redondas, e às 20h, haverá jantar Afro com desfile de roupas de origem etnicorracial. Ainda no mesmo horário será apresentado o filme “Terra Vermelha”, no auditório do Sindicato dos Trabalhadores da Educação do Paraná (APP). No sábado, o dia será de mesas redondas e debates, com o encerramento do evento às 17h.
(Londrina, 19 de abril de 2010)
