O órgão começa a notificar proprietários para que façam as reformas necessárias nos túmulos; quem não responder à notificação poderá perder o direito de posse
A Administração de Cemitérios e Serviços Funerários de Londrina (Acesf) divulgou ontem (25), no Jornal Oficial nº 1.292, a portaria que designou a Comissão Especial que vai apurar, em todos os cemitérios da cidade, os túmulos que estão em estado de abandono ou em ruína, para revogar o direito de posse. O grupo já finalizou o levantamento no cemitério Padre Anchieta, no centro da cidade, e o próximo será o cemitério Jardim da Saudade, na região norte. A superintendente da Acesf, Luciana Viçoso de Oliveira, explicou que a comissão está realizando o levantamento e após a conclusão, em cada cemitério, a autarquia vai encaminhar uma notificação para a casa do proprietário do túmulo, que terá dez dias para procurar o órgão e pagar as taxas de reforma, que variam de acordo com o que será feito no túmulo. “As primeiras notificações devem começar a serem enviadas já nos próximos dias”, informou. Segundo a superintendente, as pessoas notificadas devem ficar atentas porque, a partir da data do pagamento das taxas, terão 30 dias para que sejam feitas as reformas. “Após esse prazo, a Acesf fará um novo levantamento para verificar quais pessoas não procuraram a administração e quais locais não foram reformados, para então divulgar em edital, por três vezes, em jornal de grande maior circulação e, se mesmo assim o proprietário não cumprir a notificação a autarquia vai revogar o direito de posse aos jazigos, podendo vendê-los para outras pessoas”, explicou Luciana de Oliveira. Ela esclareceu também que os restos mortais retirados, serão mandados para um ossuário. Luciana Viçoso destacou que essa ação é necessária, pois, além de cobrar a responsabilidade que é de conhecimento do proprietário do túmulo, quando da aquisição, vai colaborar para melhorar a paisagem dos cemitérios municipais da cidade, que devem ser locais de meditação. “Nossa administração está trabalhando para proporcionar um ambiente que diminua o sofrimento das pessoas que perderam seus entes queridos”, salientou.
(Londrina, 26 de maio de 2010)
