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Secretaria de Saúde confirma primeira morte por dengue


Secretaria de Saúde confirma primeira morte por dengue

Vítima, falecida em 30 de janeiro, tinha 64 anos e teve a forma mais grave da dengue que é a hemorrágica

A Secretaria Municipal de Saúde confirmou, hoje (16), a primeira morte por dengue em Londrina, no ano de 2011. Uma mulher de 64 anos de idade, moradora da região leste, faleceu no dia 30 de janeiro, após apresentar um quadro de dengue hemorrágica, a forma mais grave da doença.

Segundo informações da secretaria, a paciente começou a apresentar os sintomas da doença, no dia 14 de janeiro. Procurou o Pronto Atendimento Municipal (PAM), no dia 20, onde recebeu hidratação. No dia seguinte, novamente esteve no local. Foi transferida para Hospital da Zona Norte e em seguida para Hospital Evangélico, onde permaneceu na Unidade de Terapia Intensiva – UTI até o falecimento. A paciente apresentava outras doenças, o que agravou o seu quadro.

Durante a coletiva desta tarde, a diretora de epidemiologia da Secretaria Municipal de Saúde, Sandra Caldeira, falou sobre o tratamento da paciente. “Ela procurou atendimento bem no início dos sintomas e, já em seguida, foi encaminhada para o hospital.”

A diretora afirmou que o sistema de saúde seguiu corretamente o fluxo de atendimento à paciente. “Naquele momento, segundo os sintomas que apresentava, os médicos hidrataram a paciente e a liberaram. O fluxo de atendimento é o retorno diário do paciente para avaliação.” A paciente apresentava outras patologias que podem ter agravado a situação. “Ela era hipertensa e cardiopata”, declarou.

Este é um dos três casos que estavam em investigação. A segunda suspeita de morte ocorrida por dengue no dia 01 de fevereiro, um homem de 53 anos, que residia na região norte, não se confirmou e o exame apresentou negativo para a doença.

A secretaria aguarda ainda o laudo do exame anátomo patológico de um terceiro paciente, uma mulher, de 40 anos de idade, que veio a óbito no dia 04 de fevereiro. Ela chegou a ser internada no Hospital da Zona Sul, mas solicitou alta e assinou um termo de responsabilidade. A paciente acabou falecendo em sua residência.

Sandra Caldeira explicou que o terceiro exame deve demorar para ficar pronto. “O terceiro caso nós ainda estamos aguardando os resultados anátomo patológico que foram enviados para laboratórios fora do município.” Por isso, não há previsão de quando o terceiro resultado ficará pronto.

Um novo caso de dengue hemorrágica no Hospital Universitário está sendo avaliado. “A previsão é que os casos aumentem. Essa época do ano é crítica mesmo. Janeiro, fevereiro e março devem aumentar o número de casos, como devem aumentar os casos graves também”, apontou a diretora.

Quanto a dengue hemorrágica, Sandra explicou que quem adquire dengue pela segunda vez tem mais probabilidade de contrair o tipo mais grave da doença. “Mas não é só pra quem teve uma vez, talvez já na primeira contaminação pode desenvolver também.”

Ações no bairro

Em qualquer situação de notificação de suspeita de morte por dengue, a Secretaria Municipal de Saúde desencadeia, imediatamente, ações de bloqueio no perímetro de 300 metros do domicílio do paciente, estendido posteriormente a todo bairro. O bloqueio é uma ação de visita dos agentes em cada moradia do perímetro e aplicação do fumacê costal.

No caso da moradora da região leste, ainda houve mutirão de limpeza, ações de bloqueio, aplicação do carro fumacê e do fumacê costal, na região duas vezes, além da visita de pontos estratégicos como borracharias, ferros velhos e pontos de reciclagem.

O coordenador de endemias da Secretaria Municipal de Saúde, Elson Belisário, afirmou que as ações na região onde a paciente faleceu estão intensificadas. “Nós estamos com a força tarefa desde o início de janeiro. Todos os procedimentos que o Ministério preconiza nós estamos realizando.”

A primeira morte confirmada não mudará as ações no combate a dengue. “As ações naquela região estão todas sendo realizadas. Nós faremos uma avaliação, porque algumas atividades da força tarefa estão se encerrando naquela região. Mas a região está praticamente toda contemplada de ações”, avaliou Belisário.

Os resultados das ações de combate à dengue já estão sendo sentidas. “Há duas semanas, nós observamos que existe uma quantidade menor de fêmeas que são as transmissoras naquela região”, declarou o coordenador.

Belisário falou sobre os agentes de endemias. “O governo estadual se comprometeu, o prefeito Barbosa Neto determinou a contratação de novos agentes e hoje nós estamos com 212 agentes trabalhando a campo, junto com a força tarefa. O número ideal seria 230, não estamos com o número muito defasado e nós estamos desde o começo do ano com esse número de funcionários.”

Desde o início do ano, Londrina já confirmou 426 casos de dengue, quatro casos de dengue hemorrágica e 15 casos de dengue com complicação. Existem 2.650 notificações de casos de dengue.

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