Cidadão

Escolas municipais participam da Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica

Provas acontecerão nesta quinta e sexta-feira e buscam estimular o conhecimento pelas ciências, astronomia e astronáutica

Para estimular o interesse dos jovens pela Astronomia, Astronáutica e as Ciências, as escolas municipais de Londrina estão participando da 24ª Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica 2021 (OBA). As provas dela acontecerão em todo o território nacional, nesta quinta-feira (27) e na sexta-feira (28). Devido à pandemia de Covid-19, as atividades puderam ser realizadas de de forma presencial (na sede das escolas) e virtual para aqueles que preferiram.

Divulgação

As provas serão aplicadas presencialmente nas escolas ou de forma virtual, na sede da unidade escolar ou na casa do aluno matriculado na OBA. Elas vão conter sete perguntas de astronomia e três de astronáutica. As questões são baseadas nos conteúdos ministrados pelos professores e contidos nos livros didáticos como, por exemplo, sobre a formação do planeta Terra, a exploração do sistema solar, o reconhecimento do céu, a Missão Centenário do astronauta brasileiro Marcos Pontes e a importância dos aviões, foguetes, satélites e sondas espaciais para a ciência e o mundo.

O resultado e a premiação das olimpíadas deve ser publicado no final do ano, sendo que todos os alunos receberão certificado de participação. Mas, aqueles que obtiverem as melhores notas nas provas receberão medalhas de ouro, prata e bronze durante uma solenidade organizada pelos professores e os diretores escolares. De acordo com dados oficiais da Secretaria Municipal de Educação, em Londrina, desde 2013 até o momento, mais de 450 alunos já foram premiados na OBA e na Mostra Brasileira de Foguetes (MOBFOG).

Divulgação: Escola Municipal Andréa Nuzzi

Segundo a coordenadora da Escola Municipal Maestro Andréa Nuzzi, Louana Secy Rodrigues de Castro, participar em 2020 da OBA abriu portas para um novo conhecimento e estimulou a vontade de outros estudantes participarem também. “No ano passado foi a primeira vez que participamos com duas turmas de alunos dos 5º anos. Passamos materiais de estudo durante 15 dias e tivemos seis medalhas, entre ouro, prata e bronze. Esse ano, decidimos abrir para os alunos dos 3º, 4º e 5º anos e começamos o planejamento e as atividades em abril. Fizemos parceria com a Universidade Federal de Santa Maria, onde os alunos tiveram três lives com os acadêmicos da UFSM e puderam visitar o planetário virtual da universidade. Nossa expectativa é termos bons resultados, mesmo que os alunos não tragam medalhas”, disse Castro.

A coordenadora explicou que o conteúdo é repassado de forma lúdica para os alunos, através de jogos, Quiz, perguntas e respostas, brincadeiras, lives, simulados e conversas on-line com os professores. Assim, junto com o conteúdo didático pedagógico convencional, as crianças receberam durante os dois meses mais materiais informativos sobre os astros, estrelas, big bang, galáxias, buracos negros e elementos químicos. “Para nós, profissionais da educação, participar das Olimpíadas de Astronomia e Astronáutica é importante, porque também aprendemos, trocamos experiências sobre o assunto e trazemos novidades para a escola. Para os alunos abrem-se as portas para os novos conhecimentos. Tem aluno nosso do 3º ano participando da OBA 2021 e animado para participar da MOBFOG também, onde se constrói um foguete”, contou a coordenadora .

A professora de Apoio Pedagógico de Ciências da Secretaria Municipal de Educação (SME), Cristina Borba, explicou que a SME deixa à escolha de cada unidade escolar a inscrição na OBA, por isso, não há um número exato de quantas escolas municipais estão participando esse ano. Porém, a ideia é incentivar as unidades escolares, com seus professores, supervisores e diretores, a fazerem parte dessa iniciativa do governo. “A Secretaria Municipal de Educação sempre incentiva a participação dos alunos e professores. Mais do que medalhas e certificados de participação, a OBA proporciona aos participantes novas descobertas, ideias e conhecimentos sobre as ciências e as tecnologias e permite a difusão da informação e do conhecimento”, pontuou a professora.

Sobre isso, a professora da Escola Municipal Suely Ideriha e representante da OBA 2021, Sílvia de Oliveira, explicou que a escola participa desde 2013 das olimpíadas e que isso incentiva as crianças a buscarem novos conhecimentos, seja por meio de jogos interativos, vídeos, brincadeiras ou outros conteúdos. Neste ano, 48 alunos de duas turmas do 3º ano estão participando, sendo uma turma do matutino e outra do vespertino. “Quando lancei o desafio, os alunos gostaram da ideia. Eu procuro lives, brincadeiras, jogos interativos e simulados para passar a eles e gosto bastante de poder participar, porque eles estão na fase final de alfabetização e conseguem participar com mais autonomia. Quando começamos a participar, em 2013, ganhamos uma medalha de prata, no ano seguinte foram sete medalhas e só foi aumentando. Mas, o que me deixa mais feliz, enquanto professora, é  lançar o desafio e ver os resultados, saber que eu ensinei eles a fazerem pesquisas sozinhos e estimulei a curiosidade por novos conhecimentos”, esclareceu a professora Sílvia de Oliveira.

A Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica é realizada anualmente. Podem participar alunos do 1º ano do ensino fundamental até o último ano do ensino médio de escolas publicas e privadas, urbanas e rurais de todo o Brasil. A OBA conta com recursos do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e da Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP), órgãos vinculados ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), além de patrocínio da Universidade Paulista (UNIP). A intenção dessa olimpíada é promover a difusão do conhecimento científico básico de forma lúdica e prazerosa, estimulando a cooperação entre os estudantes, professores e profissionais da educação.

 

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Ana Paula Hedler

Gestora de Comunicação, formada em Jornalismo pela Universidade Estadual de Ponta Grossa, especialista em Comunicação com o Mercado pela Universidade Estadual de Londrina e Mestre em Ciência Política pela Universidade Federal do Paraná.

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