Entidades discutem amanhã atendimento de saúde às mulheres detentas
Condições dos distritos policiais estão na pauta de preocupações de várias entidades, principalmente quanto à saúde das detentas
A secretaria municipal da Mulher e representantes do Conselho Nacional de Justiça, a Secretaria de Estado da Justiça, Cidadania e Direitos Humanos e secretaria estadual de Saúde se reúnem amanhã (15), às 8h30, para discutir ações de atendimento às mulheres detentas nos distritos policiais de Londrina. A reunião será realizada na 17ª Regional de Saúde, localizada na rua Piauí, 75.
Participam da reunião, o representante da Secretária de Estado da Justiça, cidadania e Direitos Humanos, Carlos Alberto Peixoto, e os técnicos da secretaria estadual de Saúde, Juliano Gevaerd e Malvina Gonçalves Ferreira. Estarão presentes na reunião, ainda, representantes da secretaria municipal de Saúde, da 17ª regional de Saúde, do Conselho dos Direitos da Mulher, do Conselho Penitenciário, da Pastoral Carcerária e integrantes da sociedade civil organizada.
Hoje (14), o grupo esteve no 3° distrito, no período da manhã, e no 4° distrito, no período da tarde, com o objetivo de conversar com as detentas e de levantar suas principais necessidades, bem como das condições dos distritos. “Hoje, os representantes desses órgãos vieram conhecer a realidade dos distritos, apresentar o projeto às detentas e ouvir o que elas têm a dizer”, explicou a secretária municipal da Mulher, Sueli Galhardi.
A secretária disse que amanhã será discutido um termo de cooperação, com a proposta de envolver vários órgãos no atendimento às detentas. “O termo de cooperação coloca em discussão a saúde da mulher encarcerada, com o propósito de executar várias ações. Amanhã será debatido o papel de cada um dentro desse projeto”, destacou.
O termo de cooperação é um trabalho do Estado, iniciado na cidade de Foz do Iguaçu, e que garante, às detentas, acesso a exames ginecológicos, de prevenção de cânceres de mama e de colo do útero, DSTs/HIV/AIDS, tuberculose, hanseníase, hepatite B e C, bem como orientação sobre Planejamento Familiar às encarceradas do Estado do Paraná. “Depois da região metropolitana, Londrina é a primeira cidade a receber esse projeto, pois aqui já são desenvolvidas ações com as detentas”, explicou Sueli.
A secretária municipal da Mulher explicou, ainda, que o objetivo da ação é garantir o atendimento de saúde e prevenção às mulheres encarceradas. “Elas não terão nenhum privilégio, o projeto só assegura que elas tenham seus direitos garantidos. Essas mulheres não podem ser abandonadas. O atendimento à saúde já ocorria, mas de maneira pontual, e agora será sistemático”, enfatizou.