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Inovador em Londrina, Serviço de Acolhimento em República completa três anos

Iniciativa realizada pela Prefeitura, por meio da Secretaria de Assistência Social, é voltada a homens e mulheres que estão concluindo o processo de superação da situação de rua

O serviço de Acolhimento em República de Supervisão Leve, iniciativa executada pela Prefeitura de Londrina, por meio da Secretaria Municipal de Assistência Social (SMAS), completa três anos de funcionamento neste mês. Inovador no município, o programa foi lançado em janeiro de 2019, com o objetivo de atender homens e mulheres que estão no processo final de superação da situação de rua, completando a Trilha da Cidadania e conquistando uma vida independente.

Composto por quatro unidades de moradia, que podem atender um total de até 32 pessoas, o serviço oferece vagas para ambos os gêneros, em diferentes bairros de Londrina. As casas estão situadas em locais com boa acessibilidade a escolas, supermercados, postos de saúde e pontos de ônibus. Além disso, não possuem identificação institucional, para que, aos poucos, os acolhidos possam se reintegrar à sociedade.

Os espaços são destinados prioritariamente a jovens, maiores de 18 anos, advindos de Acolhimentos de Criança e Adolescente. Porém, a iniciativa também possui vagas para adultos, com até 59 anos de idade, que estão em situação de abandono ou que almejam a superação da situação de rua.

Foto: SMAS/Divulgação

Para auxiliar os moradores em sua jornada de desinstitucionalização, construção de sonhos e alcance das metas, as unidades contam com o serviço de Supervisão Leve, realizado por uma equipe de psicólogos e assistentes sociais, que atuam como mentores. Os profissionais são contratados pela entidade MMA – Ministério de Missões e Adoração que, através de termo de parceria com a SMAS, desenvolve o serviço.

As moradias são compartilhadas, o que significa que cada pessoa que ingressa nas repúblicas tem que cumprir alguns objetivos, como participar da manutenção dos espaços, limpeza, jardinagem, preparação de alimentos, lavagem de roupas e outras tarefas. Dessa forma, são estimulados o protagonismo, desenvolvimento individual e reconstrução da cidadania e planos de vida.

O programa prioriza, ainda, a escolarização, participação em cursos de qualificação, (re)colocação no mercado de trabalho e geração de renda/empreendedorismo. As ações também visam desenvolver habilidades de planejamento financeiro, resolução de conflitos e outras competências, para que os moradores possam, no futuro próximo, residir de forma independente.

A secretária municipal de Assistência Social, Jacqueline Micali, frisou que a iniciativa tem apresentado ótimos resultados, sendo que aproximadamente metade das pessoas atendidas nesses três anos conseguiram alcançar uma vida independente. “Esse serviço faz parte de todo um percurso dentro da Assistência Social, que se inicia na abordagem e prossegue no Centro Pop, Casa de Passagem, acolhimentos, República Moderada e República Leve. Ou seja, é um serviço que realmente faltava para completar a Trilha da Cidadania, e um investimento que vale a pena”, disse.

Conquista da autonomia – Os moradores que se desenvolvem a ponto de conseguir arcar com seus custos são estimulados a seguir uma vida independente, sendo que pensionatos, quitinetes e casas de fundo estão entre as primeiras opções de moradia. Alguns indivíduos, após este período de crescimento, conseguem voltar a residir com seus familiares.

Foto: SMAS/Divulgação

Até o momento, cerca de 40 pessoas passaram pelo serviço de Acolhimento em República de Supervisão Leve, sendo que 19 conseguiram completar sua reinserção social, o que corresponde a 48% de todos os atendidos. Dentre os casos de sucesso, 12 estão seguindo vida independente, quatro retornaram para as suas famílias e três ingressaram em comunidades terapêuticas, a fim de tratamento.

Após a conclusão do processo de república, com a mudança do acolhido para seu próprio espaço de moradia, a equipe técnica continua com os atendimentos, através do serviço de Pós-Acolhimento, a fim de consolidar este novo momento e minimizar possíveis problemas. Essa parte do trabalho técnico é crucial para garantir o não-retorno do indivíduo à situação de abandono, de institucionalização ou de rua.

Para a imprensa: outras informações podem ser obtidas com a secretária municipal de Assistência Social, Jacqueline Micali, pelo telefone (43) 3378-0024.

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