Mostra fotográfica online revela fundos de vale e cursos d’água de Londrina
O projeto "Águas Que Correm Pela Cidade" conta com cinquenta e três fotografias, que buscam a valorização e incentivo à preservação das áreas de mata ciliar
A mostra de fotografias “Águas Que Correm Pela Cidade” estreou na segunda-feira (28), em formato virtual, no site www.aguasdelondrina.art.br. Composto por cinquenta e três imagens, o projeto busca revelar a beleza e o valor ambiental das matas ciliares, ressaltando a necessidade de preservação dos fundos de vale e cursos d’água do município. A iniciativa conta com o patrocínio da Prefeitura de Londrina, por meio do Programa Municipal de Incentivo à Cultura (Promic).
As áreas fotografadas incluem a Cachoeira do Tatu (zona sul), Córrego da Água Fresca (centro), Ribeirão Esperança e Córrego do Cebolão (zona oeste), Ribeirão Quati (zona leste), e os córregos Água Clara e Ponte Seca (zona sul), entre outros locais. Esses registros representam parte dos oitenta cursos d’água que passam pelas áreas urbanas de Londrina, e integram um conjunto de sete bacias hidrográficas.
O projeto é coordenado pelo jornalista e fotógrafo Fagner Bruno de Souza, que pesquisa o tema desde 2017. De acordo com ele, Londrina se diferencia dos municípios de porte similar e até mesmo de cidades maiores por ter preservado os seus fundos de vales.
“Os fundos de vale são uma característica singular de Londrina. Muitos deles ainda resistem graças a uma legislação de 1950, que incentivou a sua valorização, proteção e revitalização. Com o decorrer dos anos, outras medidas consolidaram a preservação de áreas verdes, que podem ser encontradas em quase todas as regiões. Esse cuidado está presente até hoje, e já faz parte da cultura dos moradores da cidade”, afirmou.
Souza também salientou que, conforme o município cresce e se desenvolve, é preciso que encontre maneiras de coexistir com a natureza de forma saudável e sustentável. “A existência dos fundos de vale é de extrema importância, pois essas áreas auxiliam na regulação da temperatura, promovendo climas mais amenos. Há lugares onde a diferença de temperatura chega a três graus, quando comparados com as áreas mais afastadas das matas. Além disso, esses espaços garantem melhor escoamento das águas das chuvas, evitando os alagamentos e auxiliando na manutenção da biodiversidade”, destacou.
Ainda segundo o fotógrafo, os fundos de vale são locais propícios para ações voltadas à educação ambiental de crianças, e esse também é um dos propósitos do projeto “Águas Que Correm Pela Cidade”, que ficará disponível como registro histórico e ambiental.
Para a imprensa: Outras informações podem ser obtidas com o coordenador do projeto “Águas Que Correm Pela Cidade”, Fagner Bruno de Souza, pelo telefone (43) 99995-1347.
Texto: Marcelo Cordero, sob supervisão do Núcleo de Comunicação da Prefeitura de Londrina, com informações da assessoria de imprensa do Projeto Águas Que Correm Pela Cidade.
