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Sema e CMTU divulgam vídeo para mostrar o que acontece com o lixo de Londrina

Objetivo do material produzido é alertar a população sobre os tipos de resíduos que não devem ser destinados à coleta pública; vídeo está disponível para todos e pode ser usado por professores

A Secretaria Municipal do Ambiente (Sema) e a Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização de Londrina (CMTU) produziram um vídeo educativo que orienta a população sobre a destinação do lixo na cidade. Com o título “O Caminho do Lixo em Londrina”, o vídeo foi postado no canal do YouTube da Sema na última sexta-feira (19), e pode ser acessado neste link (https://www.youtube.com/watch?v=wuyBd3n2PMU). O material foi divulgado também nas redes sociais da Secretaria.

De acordo com a geógrafa e servidora da Gerência de Educação Ambiental da Sema, Mariza Pissinati, o objetivo do vídeo é mostrar à população a importância de destinar à Coleta Pública Municipal somente o lixo classificado como rejeito. “Estamos tentando montar estratégias para que a população entenda a importância de preservar a vida útil do aterro. Quanto mais lixo chega por dia, menor será o tempo útil das células existentes no aterro”, explicou.

Foto: Reprodução

A Central de Tratamento de Resíduos (CTR) de Londrina, que fica no distrito de Maravilha, com área total de 30 alqueires, tem cinco valas, ou células, que já estão cheias, e está utilizando a sexta desde agosto de 2021. Cerca de 412 toneladas de lixo, proveniente somente do município, são levadas ao local de segunda-feira a sábado, por 19 caminhões, que são fornecidos por uma empresa terceirizada.

No fim de cada dia, a célula em atividade é coberta por terra. A vala foi programada para durar quatro anos e meio, a partir da inauguração. Porém, segundo Pissinati, seria necessário calcular quanto dela já foi utilizado e se vai alcançar esse tempo, pois o volume recolhido diariamente é bastante alto. Ao ser finalizada, ela será aterrada e uma nova vala será cavada, sempre com impermeabilização para evitar a contaminação do solo e da água.

“Um dos principais problemas é que destinar quaisquer outros resíduos que não sejam rejeito para o aterro diminui o tempo útil das células. Há um sistema operacional complexo e de alto custo, que poucos conhecem. E justamente por isso, muitos resíduos que deveriam ser recolocados em novo ciclo produtivo, para gerar novos produtos, infelizmente são encaminhados para a CTR”, ressaltou.

Foto: Reprodução

É considerado rejeito o lixo que não tem como ser reaproveitado de nenhuma forma, como papel higiênico e fraldas usadas, materiais sujos de óleo de fritura, dentre outros. O lixo orgânico não é rejeito, pois pode ser aproveitado por meio de compostagem, que pode ser feita por empresas especializadas ou pela própria população. Pissinati alertou, porém, que de acordo com o cálculo feito pelo Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos em 2021, quase metade dos resíduos que chegam à CTR é orgânico.

“Muitas pessoas não sabem, mas o lixo orgânico deve ser destinado à compostagem, não ao aterro. Estamos promovendo oficinas sobre compostagem doméstica, para sensibilizar a população sobre a importância do procedimento”, apontou. Ao se decompor, os resíduos orgânicos emitem gases poluentes na atmosfera, além do chorume que produzem. A CTR armazena o chorume e depois o destina a empresas que fazem tratamento especializado do líquido, que, após tratado, vai para os rios.

Outros resíduos que não devem ser descartados junto ao lixo comum são lâmpadas, pilhas e eletroeletrônicos, que devem todos ser encaminhados para pontos de coleta de logística reversa. “Existem substâncias emitidas por esses tipos de resíduos que não tem como ser retiradas em sua totalidade da água, mesmo com o tratamento. E isso acaba indo para a água que bebemos. Além disso, quanto mais difícil esse tratamento, mais caro fica”, informou a servidora. Ela alertou que pílulas e demais restos de medicamentos, quando descartados na coleta comum, são exemplos de substâncias que, muitas vezes, não é possível retirar completamente, e acabam voltando para a água que será consumida.

Foto: Reprodução

“Quando é possível detectar lixo reciclável, orgânico ou eletrônico, a equipe consegue retirá-los e direcionar para as destinações corretas. Mas nem sempre é possível fazer essa separação, principalmente por conta do volume de lixo que chega todos os dias”, contou. Em janeiro, a Sema produziu uma série de vídeos que explicam para onde é destinado o lixo reciclável, que podem ser assistidos também no canal (https://www.youtube.com/channel/UCttgtKFD0BRTYXk18d9YTpw/videos ). A coleta de recicláveis é feita por cooperativas de reciclagem, contratadas pela Prefeitura.

Pissinati sugeriu que, além de divulgar o vídeo para toda a população, professores e palestrantes utilizem o material em sala de aula, como uma ferramenta para explicar aos alunos o que é feito com o lixo de Londrina e conscientizar sobre os tipos de resíduos. “Com o vídeo, esperamos sensibilizar os munícipes para que encaminhem seus resíduos recicláveis para a coleta seletiva, que façam compostagem de seus resíduos orgânicos e que levem seus resíduos especiais (medicamentos, eletrônicos e outros) para pontos de coleta”, concluiu.

Texto: Débora Mantovani, sob supervisão dos jornalistas do Núcleo de Comunicação da Prefeitura de Londrina

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