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Prefeitura licita R$ 32,8 milhões para recape asfáltico em todas as regiões da cidade

Propostas serão avaliadas em 19 de janeiro, para escolha do menor preço; cidade possui mais de 400 vias que demandam o serviço

Com o objetivo de recapear centenas de ruas e avenidas da cidade, a Prefeitura de Londrina fará um pregão eletrônico para selecionar empresas que executem recape asfáltico com Concreto Betuminoso e Usinado a Quente (CBUQ) e com microrrevestimento. Para esta licitação, a Prefeitura disponibiliza a quantia de R$ 32.823.017,50 para atender 1.014.729,40 m² de área, totalizando 125,12 km de vias urbanas.

Um dos itens contemplados por esta licitação envolve o fornecimento, transporte e aplicação de CBUQ para execução de reperfilagem e recape asfáltico. Esse serviço foi subdividido em dois lotes, e cada lote compreende uma área da cidade. O Lote 1, que abrange o perímetro centro-norte de Londrina, tem valor máximo de R$ 14.643.885,00. E para o Lote 2, referente ao perímetro centro-sul, o Município irá disponibilizar até R$ 5.715.132,50.

Foto: Emerson Dias/Arquivo NCom

Outro item do edital de licitação é o fornecimento e aplicação do microrrevestimento asfáltico aplicado a frio com emulsão modificada, também chamado de micropavimento. Este também foi subdividido em dois lotes, atendendo a zona urbana de Londrina. No Lote 3, do perímetro urbano centro-norte, o valor máximo ofertado é de R$ 7.478.400,00; já o Lote 4, que contempla centro-sul da cidade, o valor a ser licitado chega a R$ 4.985.600,00.

Dessa forma, o edital disponibiliza quatro lotes às empresas do setor de pavimentação, e estas poderão ofertar seu preço em quantos lotes desejarem. E as Atas de Registro de Preços terão 12 meses de prazo para execução.

Pelos critérios e regras estipulados no Edital n° 003/2023, para participar desta licitação é preciso ter credenciamento regular no Sistema de Cadastramento Unificado de Fornecedores (SICAF), habilitação jurídica, mais regularidade fiscal e trabalhista.

Também serão exigidos documentos e atestados de capacidade técnica, a fim de comprovar que desempenha atividade pertinente e compatível com os serviços a serem adquiridos pela licitação. Toda documentação para habilitação e proposta comercial contendo o valor global para cada um dos lotes deve ser encaminhada via sistema eletrônico, pela plataforma do Governo Federal Comprasnet, até às 15h do dia 19 de janeiro, quando inicia a sessão pública do pregão eletrônico.

Foto: Vivian Honorato/Arquivo NCom

Segundo o secretário municipal de Planejamento, Orçamento e Tecnologia, Marcelo Canhada, os recursos a serem investidos nestas obras de conservação viária fazem parte de um pacote de 100 milhões de reais financiados pela Prefeitura junto à Caixa Econômica Federal (CEF), por meio do Programa de Financiamento à Infraestrutura e ao Saneamento (FINISA).

Canhada acrescentou que a Prefeitura elaborou um levantamento que identificou, em 13 bairros de todas as regiões da cidade, mais de 400 vias que precisam urgente de nova camada asfáltica. “Esse estudo apontou os locais em que o pavimento está mais deteriorado. E esse deverá ser um dos critérios a serem aplicados para receber os serviços dessa licitação, como também as ruas e avenidas de trajeto do transporte coletivo e com maior tráfego”, contou.

E o secretário de Planejamento adiantou que nova licitação deverá ser divulgada em breve, voltada à Operação Tapa Buracos, com valor previsto de R$13 milhões. “Isso tudo faz parte de um grande projeto de recuperação da malha viária de Londrina, que começou no primeiro mandato do prefeito Marcelo Belinati e estamos dando sequência. Londrina tem uma malha viária muito extensa, que ficou por muitos anos sem a devida manutenção. E fazendo o recape em tempo oportuno, diminuímos o custo da manutenção corretiva, que é bem mais alto”, ressaltou.

Os bairros elencados no levantamento produzido pela Secretaria Municipal de Obras e Pavimentação (SMOP) são: Jardim Chamonix, Vila Ricardo, Jardim Antares, Jardim Paris, Jardim Maria Celina, Vila Casoni, Parigot de Souza, Jardim dos Estados, Alto da Boa Vista, Parque Ouro Verde, Jardim Imagawa, Jardim Piza e Jardim Presidente.

Foto: Emerson Dias/NCom

Estes ainda não haviam sido atendidos pelos programas de recape executados nos últimos anos, explicou o secretário municipal de Obras e Pavimentação, João Verçosa. De 2017 a 2020, a Prefeitura de Londrina recapeou 462,54 quilômetros de asfalto, em todas as regiões da cidade. “Em contratos anteriores, já fizemos recape em centenas vias da cidade, priorizando atender os que estavam em piores condições. E no levantamento atual estão os pontos que serão atendidos por esse novo contrato, como prioridade. Assim que a Gestão Pública finalizar a licitação, vamos nos reunir com a empresa vencedora de cada lote para fazer a programação e estabelecer quais serão as frentes de trabalho”, adiantou.

Em relação às diferenças entre os dois serviços, o engenheiro civil da Diretoria de Pavimentação da SMOP, Fernando Valone, explicou que o CBUQ é o recape tradicional, com uma camada de três centímetros, em média, aplicado sobre o asfalto antigo. “Ele tem uma vida útil maior, por ter essa camada mais grossa, mas o seu custo também é mais alto. Já o micropavimento utiliza asfalto modificado com polímero. Com esse material é feita uma camada rejuvenescedora e impermeabilizante de 8 mm, que auxilia o pavimento a durar mais e corrige as imperfeições do rolamento. É um recape mais econômico e que não altera muito a espessura da camada asfáltica. A aplicação de um ou outro dependerá do estado atual da via e do volume de tráfego que ela recebe”, detalhou.

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