Professoras da rede municipal concluem programas de capacitação no exterior
Jozélia Tanaca e Helena Mozzato estiveram nos Estados Unidos participando do Programa de Desenvolvimento de Professores de Inglês; já Bruna Yamashita foi a Portugal para curso na área de alfabetização

Entre janeiro e fevereiro deste ano, duas professoras da rede municipal, Jozélia Tanaca e Helena Mozzato, participaram do Programa de Desenvolvimento de Professores de Inglês (PDPI), cujas atividades foram realizadas em universidades dos Estados Unidos.
Coordenado pela Comissão Fulbright Brasil, em parceria com a Capes e o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), o programa contou com a participação de mais de 300 professores de todo o Brasil. Os profissionais passaram por um processo seletivo para ser aceitos na atividade, e receberam bolsas de estudo da iniciativa, sendo que não houve custos para o Município.

A professora Jozélia Tanaca, que atua no apoio pedagógico de Língua Portuguesa e Língua Inglesa da Secretaria Municipal de Educação, realizou suas atividades na Universidade Estadual do Kansas, localizada na cidade de Manhattan. Ela contou que, durante o programa, teve a oportunidade de vivenciar uma imersão completa na língua inglesa, não só no contexto educacional, mas também nas atividades do dia a dia.
“Tivemos aulas de história e cultura americana, ministradas pelos professores da universidade, em que assistimos a filmes e participamos de discussões sobre eles em inglês. Além disso, o curso também incluiu módulos de comunicação oral, metodologias de ensino de inglês como segunda língua, e o acesso a um grande número de fontes de pesquisa como livros, sites e materiais digitais, entre outros”, afirmou.
Tanaca salientou, também, que o programa promoveu visitas a escolas de ensino Fundamental e Médio dos Estados Unidos, assim como atividades culturais em museus e outros espaços. “Foi não só uma oportunidade de aprimoramento linguístico, mas também uma excelente base para que possamos replicar estratégias, desenvolver metodologias e compartilhar o que aprendemos com os colegas. Como resultado do programa, vou entregar um relatório para a Universidade Estadual do Kansas, outro para o Ministério da Educação e também vou publicar um artigo na Revista Fórum. Além disso, farei uma apresentação para os professores da Secretaria Municipal de Educação, para que eles tenham subsídios para criar novas ações”, concluiu.

Tendo participado do programa na Universidade do Texas em Austin, a docente Helena Mozzato, que ensina inglês na Escola Municipal Carlos Kraemer, destacou a qualidade do curso.
“Foi excelente, e além de aprender muito e melhorar a conversação em língua inglesa, tive aulas de metodologias de ensino, tecnologias aplicadas à educação e cultura americana. Também participamos de visitas muito enriquecedoras a museus, bibliotecas e escolas públicas, e ao Centro Espacial da Nasa. É muito importante e necessário que todos os professores continuem a se qualificar e aprender novas metodologias de ensino, porque o mundo e a educação estão em constante inovação e transformação devido ao uso das novas tecnologias e linguagens”, frisou Mozzato.
Capacitação voltada à alfabetização – A docente Bruna Yamashita, que leciona para alunos do 2º ano da Escola Municipal Maria Carmelita Vilela Magalhães, esteve entre os 100 profissionais de todo o Brasil que participaram do Programa de Desenvolvimento Profissional de Professores Alfabetizadores, entre novembro e dezembro.
Realizada pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), em parceria com a Secretaria de Alfabetização do Ministério da Educação (MEC), a iniciativa proporcionou aos participantes a oportunidade de ir a Portugal, onde fizeram um curso sobre Ciência Cognitiva da Leitura.
Tendo seis semanas de duração, a capacitação foi promovida pela Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade do Porto (FPCEUP) e pelo Instituto Politécnico do Porto (IPP).

“De manhã, nós íamos ao Instituto Politécnico, onde tínhamos aulas com os professores especialistas que elaboraram a parte prática de cursos que são oferecidos no Brasil pelo Ministério da Educação. Esses docentes fizeram o acompanhamento das propostas de intervenção pedagógica que desenvolvemos através do programa e nos deram sugestões e orientações. À tarde, as atividades eram na Universidade do Porto, com palestras ministradas pelos professores que desenvolveram a parte teórica dos cursos do MEC, assim como especialistas nas áreas de leitura e educação. E, de noite, das 18h às 19h30, passávamos por uma tutoria com estudantes de doutorado, que nos ajudaram a desenvolver planos de formação continuada. Além disso, visitamos escolas públicas portuguesas e conhecemos estratégias de ensino”, contou Yamashita.
De acordo com a professora, um dos aspectos mais positivos da experiência foi a possibilidade de conhecer e trocar experiências com professores de diferentes regiões do Brasil que participaram do programa. “Foi uma oportunidade de ressignificar muitas coisas, ter contato com novos métodos e refletir sobre a minha jornada de professora alfabetizadora. O trabalho de alfabetizar é um caminho em que precisamos constantemente desconstruir conceitos, e nos adaptarmos a crianças com diferentes necessidades”, salientou.
A docente contou ainda que, com base nos conhecimentos adquiridos no curso, desenvolveu uma formação em três módulos, que está sendo oferecida aos professores das escolas municipais Mercedes Martins Madureira, Dalva Fahl Boaventura e Luiz Marques Castelo.
A diretora Pedagógica da Secretaria Municipal de Educação (SME), Mariângela Bianchini, afirmou que todos os cursos de que os docentes participam são muito importantes e de grande crescimento profissional, e contribuem para aperfeiçoar as práticas de trabalho.
“A Secretaria de Educação é uma grande incentivadora da participação em cursos de formação continuada, tanto que a própria SME oferta uma gama de cursos a todos os professores. Todos nós precisamos estar em busca de transformação na prática diária de trabalho; o mundo muda, as pessoas mudam e a educação muda. Por isso, precisamos estar atentos, atuantes e antenados”, concluiu.