Guarda Municipal e Secretaria de Educação reforçam segurança nas escolas de Londrina
Todas as escolas da rede municipal de ensino e privadas passam a contar com Botão do Pânico; agentes da GM também passaram a vigiar a entrada e saída dos estudantes durante o dia
Para aumentar a seguranças nas escolas de Londrina, as Secretarias Municipais de Educação (SME) e de Defesa Social (SMDS) iniciaram uma série de ações coordenadas na manhã desta segunda-feira (10). Durante o dia, todas as unidades municipais da rede contarão com guardas municipais para fazer a vigilância e com a liberação para o uso do Botão do Pânico. Além disso, o serviço de ronda e de videomonitoramento da Central da Guarda Municipal estão sendo intensificados.
Segundo a secretária municipal de Educação, Maria Tereza Paschoal de Moraes, todas as escolas municipais e Centros Municipais de Educação Infantil (CMEI) estão com agentes da GM fazendo a segurança das crianças nos horários de entrada e saída das aulas, tanto no período matutino quanto no vespertino. Em cada unidade deve haver, no mínimo, um agente da GM. Essa medida será avaliada ao final do dia, pelo secretário municipal de Defesa Social, Pedro Ramos.
Além disso, desde a última quinta-feira (6), os diretores das unidades escolares foram convocados para instalar, em seus aparelhos de celular, o aplicativo da Guarda Municipal chamado Botão do Pânico. Assim, todas as escolas de Londrina passam, agora, a contar com pelo menos quatro aparelhos celulares com o aplicativo do Botão do Pânico liberado. A liberação para o uso do aplicativo é feita por CPF e, por isso, somente pessoas habilitadas têm o acesso à ferramenta. Com o aplicativo, os diretores, professores ou coordenadores pedagógicos poderão acionar imediatamente a Guarda Municipal em caso de urgência e emergência provenientes de um ataque ou atos de violência, por exemplo. Quando acionado o botão, viaturas da GM se deslocam até o local para atender a ocorrência.
Outra medida que está sendo intensificada essa semana é a manutenção e o conserto de pontos considerados frágeis nas instalações das unidades escolares como, por exemplo, reparos em alambrados que podem estar soltos, grades e murros. A secretária da pasta também contou que, durante a semana, um trabalho pedagógico e de conscientização será feito com as crianças, em que os professores devem orientar os alunos sobre a importância do diálogo com o adulto mais próximo e de se manter a calma. “Durante a semana, os professores devem conversar com os alunos, fazer roda de conversa com eles, porque quem mais sofre esse trauma são eles, que não conseguem extrapolar, falar sobre isso e ir para uma rede social escrever um monte de coisas. Então, temos esse cuidado, para que entendam como vamos passar por tudo isso sem o trauma. A gente pede para que as famílias também orientem os alunos e tentem acalmar o coração”, explicou Moraes.
A Secretaria Municipal de Educação de Londrina tem equipes de professores mediadores, que observam o comportamento dos alunos e, caso notem um comportamento diferente, convocam as psicólogas da pasta para uma avaliação e, sempre que necessário, dão o encaminhamento para o atendimento na Secretaria de Saúde, Assistência Social e na rede de proteção à criança. “Quando a escola percebe algo diferente com o aluno, uma ação diferente, que pode ser uma tristeza profunda, ou que o aluno está faltando demais ou que está batendo nos coleguinhas, sempre é chamada a equipe mediadora, que tem cinco psicólogos, e que imediatamente encaminha para a Saúde ou Assistência Social, porque temos uma rede de proteção a criança, e o professor é quem mais passa tempo com os alunos e observa o comportamento deles”, lembrou a secretária de Educação.
Escolas Particulares – Além do trabalho na rede pública municipal de ensino, durante o dia de hoje (10), a secretária de Educação e o presidente do Conselho Municipal de Educação (CMEL), João Marcos de Lima Machuca, se reuniram com as escolas particulares de Londrina, sindicalizadas ou não, para repassar orientações de conduta e para a instalação do Botão do Pânico. Em Londrina, há 170 escolas particulares, sendo 80 delas sindicalizadas. “O conselho pensa na educação do município, por isso a gente viabilizou junto à Secretaria de Educação e à Prefeitura, o Botão do Pânico. Na quinta-feira à tarde, realizamos uma reunião na secretaria com o Coronel Pedro Ramos, para que a gente pudesse repassar as orientações do sindicato primeiro e, agora de manhã, às 10h, houve uma reunião com todos diretores das escolas particulares para repassar as orientações e para elas fazerem a instalação do aplicativo também”, pontuou Machuca.
O presidente do CMEL lembrou que o ocorrido em Blumenau levantou a preocupação dos pais das crianças e a atenção dos gestores escolares, por isso os cuidados estão sendo redobrados. “O que ocorreu na semana passada reverberou em todas as instituições, na preocupação das famílias, dos gestores e dos profissionais que atuam nas escolas. Então, cada unidade está pensando em sua própria estratégia para garantir a segurança dos alunos e buscando junto aos órgãos públicos esse apoio, para que a gente possa não ter nenhum incidente na cidade”, explicou o presidente do CMEL.
Em casos de denúncia, o telefone da Guarda Municipal é o 153. Ele funciona 24 horas por dia, todos os dias da semana.