Profissionais do Programa Mais Médicos iniciam trabalhos em Londrina

Amanhã, as Unidades de Saúde do Aquiles Stengel, Chefe Newton, Panissa e União da Vitória receberão as novas médicas que farão o atendimento ao público
Na manhã de hoje (3), as quatro médicas selecionadas pelo programa do governo federal “Mais Médicos para o Brasil” iniciaram as atividades em Londrina. Durante o dia, as profissionais receberão instruções sobre a Rede de Atenção Básica de Saúde, sobre as Unidades Básicas de Saúde onde trabalharão e sobre o Programa Saúde da Família (PSF). O primeiro encontro foi realizado na Villa da Saúde, que fica na avenida Jorge Casoni, 2.350.
De acordo com a diretora de Atenção Primária à Saúde, Tatiane Almeida do Carmo, amanhã (3), as quatro médicas iniciarão o atendimento ao público nas UBS do Conjunto Habitacional Aquiles Stengel e do Conjunto Habitacional Chefe Newton Guimarães, na zona norte, na unidade do Conjunto Habitacional Panissa, na região oeste e do Conjunto Habitacional União da Vitória, na zona sul.
Essas unidades foram selecionadas dada a grande área de abrangência em que atuam. A unidade do Conjunto Aquiles contempla cerca de 20 mil pessoas que moram em seu entorno. Já as UBS do União da Vitória e do Panissa englobam em torno de 12 mil londrinenses e do Chefe Newton conta com mais 20 mil moradores, sendo que aproximadamente 10 mil deles são provenientes do Residencial Vista Bela. A média de atendimento é de mais de 300 pessoas por dia, das 7h às 19h, exceto a unidade do União da Vitória, que atende das 7h às 23h com plantonistas.
“As novas médicas serão lotadas nas unidades onde temos mais dificuldades de colocar profissionais da saúde. Elas veem somar com os outros dois médicos que temos em cada UBS. Essas unidades são de grande porte, alta vulnerabilidade social e estão em regiões de carentes da cidade, que precisam de reforço no atendimento. A vinda delas aumenta o acesso da população e a resolutividade dos serviços, dá mais agilidade no atendimento e diminui as filas de espera, ou seja, é um benefício para Londrina”, disse a diretora do DPS.
As profissionais receberão mensalmente uma bolsa-salário no valor de R$ 10 mil reais, pagos pelo Ministério da Saúde, e uma ajuda de custo de cerca de R$ 1.500 para o auxílio moradia e alimentação, que são custeados pela Prefeitura de Londrina.
A médica Poliana Camurça da Silva, de 27 anos, explicou que vem de Porto Velho, capital de Rondônia e que já conhecia Londrina dado seu estágio no Hospital Universitário, por isso escolheu a cidade para atuar no programa. “Sou recém-formada pela Universidade Federal de Rondônia (UNIR) e durante o quinto e sexto ano da faculdade fiz o internato no HU e gostei da experiência. Já pretendia me mudar para cá quando me formei esse ano. Estou com uma expectativa boa com o trabalho”, disse.
Além de Poliana, as médicas Mariana Trindade de Almeida, Debora Bolonhesi e Grace Madalena de Souza Negrão assumiram os trabalhos hoje. Mariana é de Maringá, tem 28 anos e fez o curso de Medicina na Universidade do Oeste Paulista (Unoeste), em Presidente Prudente. Debora, de 31 anos, é formada pela Universidade de Brasília (UNB) e se mudou para Londrina há um mês. Grace é de Rio Branco, capital do Acre, tem 32 anos, iniciou a faculdade na Bolívia e validou seu diploma na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Faz 10 anos que ela mora no Paraná.
Em julho, o Ministério da Saúde divulgou o edital para o programa, quando Londrina aderiu e teve disponível 20 vagas de trabalho para médicos. Coube ao MS selecionar os candidatos. Ao todo, foram aprovados seis médicos para Londrina, mas ontem apenas quatro compareceram para a entrega de documentação e apresentação para o trabalho. No momento, não há informações do governo federal sobre novo processo de seleção de profissionais para o programa “Mais Médicos para o Brasil”.
A intenção do governo federal é melhorar o atendimento aos usuários do Sistema Único de Saúde, por isso o programa prevê investimentos em infraestrutura hospitalar e nas UBS, além da contratação de mais médicos para as regiões do interior do país.
Fotos: Núcleo de Comunicação




