Amep e Prefeitura de Londrina elaboram Termo de Referência para o Terminal Metropolitano
Documento servirá como base para os projetos e estudos que serão licitados, ainda este mês, pelo governo do Paraná
A Prefeitura de Londrina e o Governo do Estado estão atuando de forma conjunta para a construção do novo Terminal Metropolitano de Londrina. Parte desse trabalho ocorre por meio da Agência de Assuntos Metropolitanos do Paraná (Amep), que tem se reunido com servidores municipais para elaboração do Termo de Referência, documento que irá nortear os projetos e Estudo de Concepção do terminal.
Um desses encontros ocorreu na tarde desta quinta-feira (1°), na sede do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Londrina (IPPUL), com o alinhamento final para concepção do Termo de Referência. A reunião foi realizada após o governador Ratinho Júnior apresentar o terreno que irá sediar o Terminal Metropolitano e foi adquirido pelo Governo do Paraná. Participaram o presidente do IPPUL, Gilmar Domingues Pereira; o diretor-presidente da Amep, Gilson de Jesus dos Santos; e a chefe regional da Casa Civil em Londrina, Sandra Moya, entre outros.
De acordo com o presidente da Amep, Gilson de Jesus dos Santos, a expectativa do Estado é de licitar, ainda em fevereiro, o anteprojeto e o Estudo de Concepção do Terminal Metropolitano. “Essa foi uma reunião muito importante para que a gente pudesse detalhar toda a questão técnica e burocrática desse trabalho. Foi uma reunião de alinhamento, a gente já vinha fazendo esse trabalho nos últimos seis meses e hoje foi, definitivamente, encerrado e fechado esse Termo de Referência que dá base para o edital. Nós pretendemos lançar a licitação do Estudo de Concepção e do anteprojeto ainda nesse mês de fevereiro e que uma contratação aconteça até ao final desse primeiro trimestre. E no final do ano, teremos todos os estudos e o anteprojeto concluído para a licitação da obra, com um prazo que a gente estipula de dezoito a vinte meses para ser finalizada”, comentou.
Santos enfatizou que a participação da Prefeitura de Londrina nesse trabalho contribui diretamente para que o Terminal Metropolitano seja um espaço adequado e que satisfaça seus usuários, vindos de diversos municípios da região. “Queremos ter ali um bom equipamento. Acima de tudo, que seja funcional e prático para o cidadão, que atenda a demanda que temos aqui em relação aos usuários, principalmente da região metropolitana, e que ele faça integração com o Terminal Urbano de Londrina. Importante destacar que, desde o primeiro momento, o Governo do Estado pôde contar com a participação da Prefeitura de Londrina através da sua equipe técnica, e isso para nós é primordial porque quem conhece a realidade local, a cidade, suas demandas e suas expectativas são os técnicos aqui do município”, enfatizou.
O presidente do IPPUL, Gilmar Domingues Pereira, reforçou que todos os setores do órgão estão à disposição para contribuir com essa iniciativa. “Firmamos uma parceria com o Estado, em que a Prefeitura dará todo o subsídio. E temos os técnicos do IPPUL participando desde o início, com vistorias técnicas e fazendo os levantamentos necessários. O IPPUL se coloca à disposição com toda a base de dados já existente dentro do município, então nossas ferramentas estão disponíveis para a Amep. Estamos bastante empolgados, pois o desejo do governador é entregar essa obra antes do final de 2026. Nos colocamos à disposição para que esses processos ocorram com a maior celeridade possível, atendendo aos anseios e necessidades de toda comunidade que possa utilizar esse espaço no futuro”, frisou.
Pereira explicou que o Termo de Referência, cuja elaboração também contou com envolvimento direto de servidores da Secretaria Municipal de Obras e Pavimentação (SMOP) e da Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização (CMTU), é o documento-base que traz toda a orientação, normativas e condicionantes para o projeto arquitetônico. “Os técnicos da Amep, juntamente com o corpo técnico do Ippul mais SMOP e CMTU, discutem quais as condicionantes mínimas. Por exemplo, uma integração física e de que forma isso se daria. Se vamos aproveitar, para concepção desse projeto, a inclinação do terreno, até porque as cotas da topografia demonstram que ele tem uma altitude diferenciada. O Termo discute essas premissas e norteia para que o projeto seja concebido atendendo a todas essas normativas”, detalhou.
A representante da Casa Civil, Sandra Moya, acrescentou que o grupo de trabalho referente ao Terminal Metropolitano de Londrina foi organizado em 2023, reunindo as equipes do Estado e do Município. “Todos esses técnicos estão trabalhando no Termo de Referência que vai subsidiar o projeto do Terminal Metropolitano e, em seguida, a licitação para a obra. E essa obra vem com a modalidade que o Governo do Estado tem adotado, o RDCi, que é a obra com projetos complementares. Já foi colocado um cronograma, e a ideia é em dois anos inaugurar esse terminal intermunicipal para atender todos os passageiros da região metropolitana que vem até Londrina e vice-versa. A ideia é colocar ali um espaço de serviços do Governo do Estado e do Município, porque o terreno é grande, são 12 mil m², e ter uma passarela para poder acessar o Terminal Urbano de Londrina, uma interligação”, comentou.
Para o secretário municipal de Governo, João Luiz Esteves, a parceria entre a Prefeitura e o Governo do Estado é muito importante e vai beneficiar toda a população da região com o tão esperado Terminal Metropolitano. “Estávamos esperando que o governo do Paraná fizesse a aquisição do terreno, isso se concretizou. Agora o Município de Londrina, por meio dos seus órgãos, como o Ippul, a Obras e a Secretaria de Governo, envida todos os esforços para entregar os projetos necessários, como o Termo de Referência, e a gente poder fazer essa obra no prazo planejado, que deve durar de 18 a 20 meses”, citou.
Sobre o terreno, onde funcionou por vários anos uma companhia de café, Esteves comentou que parte da estrutura original poderá ser preservada no novo Terminal. “Londrina gosta de preservar seu patrimônio histórico e os técnicos, particularmente arquitetos, vão ser orientados a pensar nesse aspecto do que significa aquele local para Londrina, historicamente”, concluiu.