Cidadão

Reunião com desembargadora Denise Krüger discute implantação da Patrulha Maria da Penha

A reunião acontecerá, às 14 horas, no Gabinete do Prefeito Alexandre Kireeff, com a participação de secretários municipais

Na próxima sexta-feira (10) a Desembargadora e Coordenadora da Coordenadoria Estadual de Combate à Violência Doméstica e Familiar (CEVID), Denise Krüger e a Juíza Luciane Bortoleto estarão em Londrina para discutir com autoridades e lideranças locais a implantação da Patrulha Maria da Penha.

A reunião acontecerá às 14 horas no Gabinete do Prefeito Alexandre Kireeff e contará com a participação da secretária municipal de Políticas para as Mulheres, Sonia Medeiros; do secretário de Defesa Social, coronel Rubens Guimarães e do procurador do município, Paulo Valle. Para a reunião foram convidadas, ainda, a delegada da Mulher, Geanne Aparecida dos Santos, a juíza da 6ª Vara Criminal,  Zilda Romero a promotora Suzana de Lacerda, além de outras autoridades e representantes de organizações não governamentais que atuam no enfrentamento da violência contra a mulher.

A secretária de Políticas para as Mulheres, Sonia Medeiros, informou que a Patrulha Maria da Penha é uma estratégia que vem sendo implantada em alguns municípios e que tem o objetivo de fiscalizar o cumprimento das medidas protetivas de urgência solicitadas por mulheres vítimas de violência doméstica. “As experiências que temos conhecimento são das cidades de Porto Alegre e de Curitiba, e apesar de relativamente recentes, estas têm apresentado bons resultados. Por isso, estamos estudando, junto com os demais órgãos envolvidos, a possibilidade de implantar a Patrulha Maria da Penha em nossa cidade.”

Em Londrina, a Secretaria Municipal de Políticas para as Mulheres, mantém uma série de serviços e ações que envolvem acolhimento, apoio, atendimento, assistência médica e de enfermagem, apoio social e psicológico às vítimas de agressão. Atualmente, existem grandes programas em exercício na Prefeitura, que são o Centro de Referência e Atendimento à Mulher (CAM), Casa de Apoio Canto de Dália (Casa Abrigo), Programa Rosa Viva e a Casa da Mulher. “Além dos serviços já existentes em nosso município, queremos ampliar nossas ações no sentido de aumentar a proteção e o nível de segurança das vítimas de violência doméstica”, complementou a secretária.

Centro de Referência e Atendimento à Mulher (CAM)

O objetivo deste programa é promover, defender e resgatar os direitos das mulheres em situação de violência doméstica e familiar. Para isso, o CAM conta com profissionais de psicologia, assistência social, enfermagem e técnicas em enfermagem e pedagogos, além de diversas parcerias com o trabalho integrado da Vara Criminal Maria da Penha, Delegacia da Mulher, CREAS III, Secretarias Municipais, Conselho Tutelar, entre outros.

“O CAM é a porta de entrada das mulheres vítimas de violência à rede de serviços. Lá elas recebem todo o atendimento e direcionamento aos serviços. São indicadas a fazer o Boletim de Ocorrência na Delegacia da Mulher e aquelas que correm risco de morte são encaminhadas imediatamente com seus filhos à Casa Abrigo”, explicou a secretária municipal de Políticas para as Mulheres.

Casa de Apoio Canto de Dália (Casa Abrigo)

A Casa Abrigo, que é um local sigiloso, destina-se a acolher temporariamente as mulheres em situação de violência doméstica e familiar sob risco de morte, acompanhadas ou não de seus filhos menores de 18 anos. O objetivo é garantir a integridade física e psicológica da vítima e de seus dependentes. Por isso, busca-se prioritariamente promover a segurança dessas mulheres, o fortalecimento de sua autoestima e autonomia e a construção de um novo projeto de vida, livre da violência e da opressão.

Dados

De acordo com os dados da Secretaria Municipal de Políticas para as Mulheres, em 2013, 68 mulheres e 72 crianças foram acolhidas pela Casa Abrigo de Londrina, ou seja, ao todo foram acolhidas 140 pessoas com este programa. Destas mulheres, 33 registraram a violência pela primeira vez, outras 31 já haviam sofrido violência alguma vez e permaneceram no abrigo e outros quatro registros foram de mulheres que já frequentaram o abrigo anteriormente. Entre as crianças ou adolescentes que moraram na Casa Abrigo, 53 foram casos novos e 19 foram casos sequenciais.

No ano passado, a Casa Abrigo realizou 280 atendimentos. Em números de procedimentos gerais, foram realizados 1.668 ao todo, sendo 11 na área da saúde, 193 referentes ao acompanhamento externo, 46 para encaminhamentos à rede de serviços e 1.138 diversos. Somando-se os atendimentos realizados e os procedimentos gerais foram feitos 1.948 ações.

Atendimentos em 2014

Em junho deste ano, quatro mulheres receberam abrigo pela primeira vez na Casa e outras três continuaram morando lá. Ao todo, sete mulheres foram atendidas com sete crianças. Neste mesmo mês, as profissionais da Casa realizaram em junho 13 reuniões com as usuárias e técnicos, funcionários, equipe de enfermagem e com os conselhos e outros órgãos. A equipe de técnicas e enfermeiras também realizou 112 procedimentos referentes à administração de medicamentos para as crianças e 59 para as mulheres, 17 avaliações, uma coleta para exames, 12 curativos e quatro puericulturas, entre outras diversas atividades. Nesse período, a equipe também ministrou sete oficinas preventivas e educativas.

Em julho de 2014, duas mulheres que já estavam na Casa Abrigo no mês anterior permaneceram ali, enquanto outras três novas foram recebidas. Ao todo, nove crianças também receberam abrigo. Neste mês, a equipe realizou 12 procedimentos referentes à administração de medicamentos, 19 participações em reuniões com as usuárias da Casa, entre outras; fizeram 72 orientações sobre higiene e saúde, nutrição, acidentes e outros temas; seis oficinas e mais 73 ações foram desenvolvidas.

Para a secretária de Políticas para as Mulheres, para aqueles que não conhecem a complexidade dos atendimentos realizados na Casa Abrigo, os números podem parecer pequenos diante do tamanho da violência, porém é preciso atentar para a importância desse serviço.

“Na Casa Abrigo, as mulheres e seus filhos que estão sob risco de morrer por causa da violência recebem todo o apoio do governo. Eles moram na casa, onde os profissionais especializados cuidam da saúde das vítimas, tanto psicológica quanto física, da alimentação, da locomoção, do apoio e orientação para esta mulher. Para quem não conhece os serviços prestados pode achar que os números são pequenos, mas as vítimas podem permanecer até três meses neste abrigo com todo o aporte necessário para mudar de situação”, explicou Sônia.

Programa Rosa Viva

É uma parceria entre as Secretarias municipais de Saúde e de Políticas para as Mulheres que oferece atendimento 24 horas para casos de violência sexual. Oferece tratamento humanizado que inclui assistência médica, de enfermagem, social, psicológica e jurídica.  Sônia lembra que é importante que o atendimento à vítima seja feito em até 72 horas após a agressão para que os medicamentos tenham efeitos na prevenção da gravidez e de doenças sexualmente transmissíveis.

O serviço do Programa Rosa Viva funciona na Maternidade Municipal Lucila Balallai, que fica na avenida Jacob Bartolomeu Minatti, 350, próximo à Rodoviária. Interessadas podem ligar no (43) 3339-8090.

Como denunciar a violência

Os encaminhamentos para a Casa Abrigo são realizados através do Centro de Referência e Atendimento à Mulher (CAM), que fica na avenida Carlos Gomes, 145, no Jardim Petrópolis. Ele fica aberto de segunda à sexta feira, das 8h às 18h. As denúncias de violência contra mulher podem ser feitas em diversos órgãos como na própria Secretaria Municipal de Políticas para as Mulheres, como também pelo Disque Denúncia 180, na Polícia Militar do Paraná, na Delegacia da Mulher, Ministério Público e no Conselho Municipal dos Direitos da Mulher.

Disque Denúncia
Centro de atendimento à Mulher – 180
Plantão da Polícia Militar – 190
Plantão 24 horas Conselho Tutelar – 125
Secretaria Políticas para as Mulheres – 3372-4106
Delegacia da Mulher – 3322-1633
Conselho dos Direitos da Mulher – 3341-0024

 
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