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Alunos da UEL vão prestar atendimento em saúde nos acolhimentos de Londrina

Por meio de uma parceria com a Prefeitura de Londrina, cerca de 100 estudantes da área da saúde vão atender as pessoas em situação de rua nos acolhimentos para adultos do Município

Na manhã desta quarta-feira (3), a Prefeitura de Londrina, por meio da Secretaria Municipal de Assistência Social (SMAS), assinou um termo de cooperação com a Universidade Estadual de Londrina (UEL), que vai permitir que alunos de seis cursos da área da saúde prestem atendimento a pessoas em situação de rua nos acolhimentos para adultos do Município. A solenidade de assinatura aconteceu no gabinete do prefeito Marcelo Belinati.

A iniciativa é pioneira no Brasil e visa realizar atividades de promoção, prevenção e cuidados em saúde nos abrigos cadastrados no programa Trilha da Cidadania, iniciativa premiada da SMAS, que reúne diversos serviços públicos ofertados pela Prefeitura, para promover a autonomia e superação aos homens e mulheres que se encontram em situação de rua. A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) é parceria da inciativa.

Foto: Núcleo de Comunicação/ PML

A parceria com universidade advém do projeto de extensão “Centro de Ciência da Saúde como agente de transformação na Trilha da Cidadania para Pessoas em Situação de Rua”, desenvolvido no Centro de Ciências da Saúde (CCS) da universidade. O projeto de extensão surgiu a partir da ação “The Street Store”, realizada pelos acadêmicos do curso de Medicina da UEL, desde 2019, com objetivo de arrecadar roupas, calçados e produtos de higiene para pessoas em situação de rua.

Inicialmente, cerca de 100 alunos dos cursos de Medicina, Nutrição, Enfermagem, Farmácia, Fisioterapia e Odontologia estarão envolvidos no projeto e prestarão atendimentos nos abrigos, uma vez por semana, acompanhados por seus professores. O convênio terá duração de três anos, podendo ser prorrogado.

Foto: Núcleo de Comunicação/ PML

O prefeito Marcelo Belinati falou sobre importância de iniciativas como esta, que promovem a humanização da saúde. “Além de tratar a enfermidade das pessoas, é muito importante que os profissionais da saúde prestem um atendimento humanizado às pessoas, que muitas vezes necessitam de uma atenção maior, ainda mais quando se trata da população em situação de rua. Londrina tem programas modelo para essa população, e o trabalho destes estudantes vai ser muito importante no sentido de tentar resgatar estas pessoas de volta para a vida normal. As pessoas em situação de rua são seres humanos que precisam de nossa atenção, amor, apoio e cuidado, para tentar resgatar suas vidas. Registro a minha gratidão por esta iniciativa, que certamente será muito benéfica”, afirmou.

A secretária municipal de Assistência Social, Jacqueline Marçal Micali, ressaltou que a parceria vai beneficiar tanto as pessoas em situação de rua, quanto os alunos da UEL. “Para os alunos, será um local de vivenciar, na prática, o que aprendem na universidade e, para nós, da Prefeitura, é uma ação muito bem-vinda porque precisamos da área da saúde dentro dos acolhimentos para adultos, pois esta é uma grande demanda destes locais”, afirmou.

A diretora do CCS da UEL e coordenador do projeto de extensão, Andrea Name Colado Simão, informou que alunos farão ações de saúde, de promoção, prevenção e cuidado à saúde das pessoas em situação de rua. “O objetivo do projeto é atender a população e, ao mesmo tempo, proporcionar uma interação entre a sociedade e universidade, para que possamos ter uma formação melhor para os alunos da área da saúde, principalmente formando profissionais mais humanizados, que sejam sensíveis as causas sociais”, apontou.

Foto: Núcleo de Comunicação/ PML

A reitora da UEL, Marta Regina Gimenez Favaro, ressaltou que esta é uma das parcerias desenvolvidas com a Prefeitura de Londrina, dentre várias que estão sendo desenvolvidas. “Para nós, ações como esta são muito importantes porque estamos em um processo de abertura da universidade para a sociedade. Com este projeto nós temos a oportunidade de oferecer, aos nossos estudantes, a formação a partir de um trabalho de serviço à comunidade. É um processo de formação, que vai colaborar com os nossos estudantes, e também de serviço à comunidade. Agradeço a todos os envolvidos nesta iniciativa, pois o grande compromisso que nós temos, enquanto instituição, é fortalecer estes vínculos e integração, para servir a comunidade e fazer a diferença na vida das pessoas”, salientou.

O estudante do 3º ano do curso de Medicina da UEL, João Pereira Barreto, explicou que a intenção, com o projeto, é promover uma formação mais humanizada para os estudantes de saúde. “Nós formamos estes estudantes em uma capacitação prévia, para que eles atendam as pessoas em situação de rua forma humanizada. Com este projeto de extensão, conseguimos encontrar uma forma de atuar com essa população. Estamos muito felizes, gratos e orgulhosos por esta conquista, pois quando entramos na universidade, muito do que nós recebemos é uma formação bastante teórica. Então, ver algumas abordagens que surgiram de alunos alcançar um potencial tão grande é motivo de orgulho para nós, porque é uma forma de os alunos fazerem diferença no mundo, realizando algo útil para as pessoas”, enfatizou.

Foto: Núcleo de Comunicação/ PML

A diretora-geral da Secretaria Municipal de Saúde, Rosilene Machado, explicou como será a participação da secretaria neste projeto. “Os acolhimentos institucionais fazem parte do território da Unidades Básicas de Saúde (UBSs), ou seja, a unidade vai até os acolhimentos para fazer consulta médica e atendimento de enfermagem. Por outro lado, as pessoas que estão nos abrigos também se deslocam até as unidades. Por isso, os alunos do projeto terão uma interlocução com as unidades de saúde, para prestar atendimento e discutirmos qual o atendimento será feito para cada caso. Também forneceremos os insumos, se precisar”, contou.

Machado ressaltou que alunos e profissionais também vão discutir a questão da autonomia das pessoas em situação de rua, para incentivá-los a querer ter uma saúde melhor, buscar os serviços e fazer prevenção. “Isso é muito importante, pois quando a pessoa sair do acolhimento ela poderá ser mais saudável, bem orientada, e possa ter um melhor cuidado consigo mesma. Para aqueles que porventura têm uma condição de saúde mais comprometida, os estudantes farão o atendimento no local”, disse.

A vereadora Professora Flávia Cabral fez a ponte entre os estudantes da UEL e o poder público, para que a ação fosse implementada. Ela também esteve presente no gabinete do prefeito Marcelo Belinati, nesta manhã, onde falou sobre a iniciativa. “Os alunos me procuraram porque muitos deles são meus ex-alunos de cursinhos pré-vestibular. Quando eles me procuraram eu era presidente da Comissão de Educação e de Direitos Humanos, e foi a partir dos direitos humanos que nós criamos essa ponte entre os alunos e o poder público. Quando você dá incentivo ao estudante e mostra como ele pode contribuir com a sociedade, coisas boas acontecem, como este projeto que agora se inicia em Londrina”, frisou.

Também estiveram presentes na solenidade professores e estudantes da UEL.

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Dayane Albuquerque

Gestora de Comunicação - Jornalista da Prefeitura Municipal de Londrina, especialista em Comunicação Organizacional

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