Prefeitura dá início à atualização do Plano de Contingência de Proteção e Defesa Civil
Documento atual está desatualizado e não tem protocolos específicos de cada Secretaria, fundamentais para respostas rápidas

A primeira reunião para atualização do Plano de Contingência de Proteção e Defesa Civil de Londrina foi realizada na manhã desta terça-feira (6) no auditório da Prefeitura. O encontro, coordenado pelas secretarias municipais de Governo e de Defesa Social, teve a participação de todas as pastas e órgãos da Prefeitura que, de alguma forma, estão envolvidos com o tema.
Coube ao coordenador adjunto da COMPDEC, a Coordenadoria Municipal de Proteção e Defesa Civil de Londrina, Cilson Lima, detalhar as linhas gerais do plano de contingência, uma exigência da lei federal nº 12.608/2012, e seus diversos protocolos, entre outros aspectos. “É um documento organizacional e estratégico que define a atuação de cada secretaria em uma situação de desastre, com respostas que precisam ser ágeis e efetivas”, definiu.

O coordenador adjunto da Defesa Civil londrinense explicou ainda que os desastres se dividem em dois grupos: os naturais, quando são eventos causados por terremotos, enchentes e furacões, por exemplo; e os tecnológicos, quando a causa vem de atividades humanas, como acidentes industriais com substâncias radioativas, produtos perigosos e incêndios de grande porte.
“Com o plano de contingência, nós conseguimos elaborar protocolos específicos para cada tipo de desastre. Se temos uma situação de vendaval, por exemplo, em que se registrou destelhamentos e quedas de árvores, nós podemos mensurar a capacidade de resposta da Secretaria, montar um planejamento de ação para que cada órgão atue de forma mais efetiva e incisiva, para dar uma resposta mais ágil e minimizar o sofrimento da população”, disse o coordenador adjunto.
E para auxiliar a Defesa Civil a dar essa resposta rápida que se faz necessária nos casos de desastres, sejam naturais ou tecnológicos, Cilson Lima afirmou que o plano de contingência precisa ter cadastrados todos os recursos disponíveis, sejam materiais (veículos, aeronaves, colchões, telhas e outros) ou humanos (pessoas que têm uma função específica em determinada área, como engenheiros, enfermeiros, advogados, cozinheiros e outros).
A atualização do Plano de Contingência de Proteção e Defesa Civil de Londrina vai demandar, ao longo dos próximos meses, uma série de encontros para a definição dos protocolos específicos para cada tipo de evento.

“Agora, na terceira semana de maio, teremos a nossa primeira reunião específica sobre a questão dos vendavais, que são os eventos que mais atingem o município. A previsão de término é no fim de setembro, talvez meados de outubro, quando teremos o chamado simulado real, um teste de campo das respostas de cada setor. Vai ser uma ação surpresa, não vamos especificar qual será e a intenção é mobilizar o máximo possível de Secretarias para testar se as respostas foram efetivas”, garantiu Lima.
Segundo o coordenador da Defesa Civil londrinense, apesar do Município já contar com um plano de contingência, ele está desatualizado e não conta com os protocolos específicos, fundamentais para uma resposta rápida ao desastre. “Se não tiver esse protocolo interno de cada Secretaria, a possibilidade de não funcionar corretamente é grande. Ninguém sabe para onde ir, quem acionar, o que fazer, onde tem material, onde não tem. Fica uma situação bem complicada, um bate-cabeça”, ressaltou.
Além de atualizar o Plano de Contingência de Proteção e Defesa Civil de Londrina, o secretário municipal de Governo, Rodrigo Souza, que coordena a força-tarefa, disse que a ideia é ir além e aprimorar o plano. “Não basta só ter o plano. Ele precisa estar sempre atualizado e a coordenação entre as pastas é fundamental, porque cada um tem um papel. A Defesa Civil dá o primeiro atendimento, classifica e aciona as demais Secretarias e órgãos para cada um cumprir o seu papel, seja a Assistência Social, com o fornecimento de alimentos e abrigo, seja a Saúde, com medicamentos e atendimentos de emergência, seja Obras, enfim, cada um tem seu papel”, ressaltou o secretário.
Também participaram da primeira reunião para atualização do Plano de Contingência de Proteção e Defesa Civil de Londrina os secretários municipais de Defesa Social, Felipe Juliani; do Ambiente, Gilmar Pereira; de Saúde, Vivian Feijó; e de Educação, Vânia Costa.