Parceria envolve as universidades estaduais de Londrina e São Paulo, além da Defesa Civil, secretaria municipal de Obras e Pavimentação e Sanepar
O prefeito Alexandre Kireeff anunciou, em entrevista coletiva, realizada na tarde desta segunda-feira (4), medidas que serão adotadas para investigar os tremores percebidos por moradores do Jardim Califórnia, na região leste, desde o mês de dezembro.
O município vai fornecer toda a logística necessária a um grupo de técnicos do Centro de Sismologia da Universidade de São Paulo (USP), que chega a Londrina na tarde desta terça-feira (5) para analisar a situação juntamente com José Paulo Pinese, geólogo e docente do Departamento de Geociências da Universidade Estadual de Londrina (UEL).
“A parceria entre a UEL e a USP contará com o apoio da Prefeitura em todos os aspectos para que os técnicos possam desenvolver seus trabalhos”, frisou Kireeff. A parceria envolve também a Defesa Civil, Secretaria Municipal de Obras e Pavimentação, a equipe técnica do Sistema de Informação Geográfica de Londrina (SIGLON) e a Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar).
De acordo com Kireeff, desde o dia 12 de dezembro, a Defesa Civil de Londrina recebeu reclamações sobre os tremores e estrondos de moradores do Jardim Califórnia e de bairros próximos. “Foi confirmado que houve, de fato, um abalo sísmico ocorrido no dia 14 de dezembro. Todos os indicativos apontam para causas naturais. O abalo registrado naquele dia foi de baixa magnitude. De acordo com os diagnósticos do Departamento de Geociências da UEL, a possibilidade de ocorrência de um evento de maior magnitude é muito baixa”, complementou.
O Coordenador da Defesa Civil, coronel Rubens Guimarães, informou que foram registradas mais de 150 reclamações feitas pelos moradores daquela região, desde o dia 12 de dezembro. “Vamos trabalhar conjuntamente para saber as razões dos tremores. No entanto, de acordo com orientações técnicas que buscamos, não há motivos para preocupações maiores”, frisou. Além da Defesa Civil, no dia 15 de dezembro uma equipe da Secretaria Municipal de Obras e Pavimentação esteve no Jardim Califórnia e, através de mapeamento dos relatos de moradores, delimitou uma área onde teriam ocorridos os tremores.
Sobre o tremor do dia 14 de dezembro, o geólogo José Paulo Pinese esclareceu que quatro registros foram observados no Centro de Sismologia da USP, que monitora atividades sísmicas em todo o País. “A área epicentral, ou seja, a região mais afetada pelo abalo sísmico em questão coincide com as reclamações dos moradores do Jardim Califórnia. Partindo dessa confirmação, através desse trabalho conjunto, vamos obter as respostas sobre esses tremores”, frisou.
Por sua vez, o gerente-geral da Sanepar, Sérgio Bahls, descartou que os tremores tenham sido causados pela nova adutora, cuja tubulação passa pelo jardim Califórnia. “Desde a sua instalação, a companhia realiza monitoramento contínuo na tubulação. Os horários de desligamento ou paradas no abastecimento não coincidem com as reclamações de tremores”, salientou.
Fotos: Luiz Jacobs
