Livro narra a história do jornal Paraná Shimbun
Patrocinado pelo Promic, obra contém entrevistas com profissionais que trabalharam no jornal dedicado à colônia japonesa
Nesta quinta-feira (10), às 19h30, será lançado o livro “Sayonara Paraná Shimbun”, de autoria da jornalista Marivone Ramos, no Museu Histórico de Londrina (Rua Benjamin Constant, 900, Centro). A publicação tem patrocínio do Programa Municipal de Incentivo à Cultura (Promic).
A jornalista trabalhou como repórter e editora do jornal da colônia japonesa, o Paraná Shimbun, durante dois anos e decidiu deixar sua contribuição para a cultura japonesa em Londrina. Para tanto, em seu livro, ela traz entrevistas com os pioneiros da redação, colaboradores do jornal e colegas da redação.
Entre eles estão Kakusaburo Furuta, Michihiro Iwatsugo (que dedicou 35 anos de sua vida ao jornal), Shiniti Numata, Masao Hirano, Antonio Ueno, a ex-diretora Mahoko Kasuya, o colunista Paulo Maeda, e os jornalistas Bernardo Pelegrini, Reinaldo César Zanardi e Andressa Hattori.
A obra engloba informações sobre o surgimento do veículo de comunicação, que nasceu com o objetivo de apresentar aos japoneses os lotes de terra à venda e seus respectivos preços. Por isso, no início o jornal era escrito totalmente em japonês. Com o avançar dos anos, o impresso cresceu e expandiu seus temas e passou a ser bilíngue, trazendo notícias em português e no idioma de origem.
Segundo a autora, o livro é uma forma de agradecimento à colônia japonesa, que sempre lhe foi solícita, além de ser uma maneira da jornalista deixar sua colaboração à cultura japonesa. “O jornal foi fundado em 1950 e encerrou suas atividades em 2012. Há poucos estudos sobre ele e suas particulares. Por isso, decidi registrar a história do jornal e de seus pioneiros e jornalistas. Trabalhando nesse veículo aprendi muito sobre respeito aos mais velhos, pontualidade e a importância de cumprir com os compromissos firmados”, disse.
Ao todo, o Promic patrocinou a publicação de mil exemplares, sendo que 200 deles ficaram com a Secretaria Municipal de Cultura, como contrapartida cultural, e os outros 800 serão doados para as escolas estaduais e municipais e para as faculdades de comunicação, sejam elas públicas ou privadas.
O primeiro livro de Marivone Ramos é fruto de seu Trabalho de Conclusão de Curso em Comunicação Social – Jornalismo, apresentado em 2005, à Faculdade Metropolitana. A obra tem 120 páginas.
Foto: Divulgação