Saúde divulga resultado do 3º LIRAa de 2017
Índice de Infestação Predial foi de 0,5%, considerado satisfatório pelo Ministério da Saúde
A Secretaria Municipal de Saúde divulgou, na manhã desta quarta-feira (23), os dados do 3º Levantamento Rápido de Infestação do Aedes aegypti (LIRAa) de 2017. O Índice de Infestação Predial foi de 0,5%, considerado satisfatório pelo Ministério da Saúde. Isso quer dizer que a cada 100 imóveis vistoriados na cidade foram encontrados focos em menos de um.
Houve uma redução significativa com relação ao segundo LIRAa de 2017, divulgado no final de abril, que apontou um índice de 5,3%, e em comparação com o primeiro LIRAa do ano, que registrou 4,1% em janeiro. Os dados foram divulgados pelo secretário municipal de Saúde, Felippe Machado, durante a reunião do Comitê Gestor Ampliado contra a Dengue, que aconteceu no auditório do Hospital do Câncer de Londrina.
O secretário atribui o índice relativamente baixo do 3º LIRAa a uma conjunção de fatores, como as ações da equipe de Vigilância em Saúde, que desenvolveram muitas atividades de campo nas residências, e as ações educativas, do setor de Endemias, que conscientizaram a população sobre a importância do combate ao Aedes aegypti. “O tempo seco também contribuiu, pois tivemos quase 60 dias sem chuvas e isso colabora para a diminuição dos focos do mosquito”, frisou.
Machado ressaltou ainda a importância da população se manter vigilante com os cuidados e até intensificá-los, para evitar uma possível epidemia durante o verão, período mais crítico para a dengue. “Os dados mostraram que estamos no caminho certo, pois no mesmo período do ano passado havia mais de 5.300 casos confirmados de pessoas com dengue e hoje tempos apenas 31. Contudo, devemos manter todas as ações, com intensificação nos lugares mais necessários”, destacou.
O maior índice de infestação, apontado pelo levantamento, foi na região leste (0,61%), seguida da região sul (0,59%), norte (0,57%), centro (0,54%) e oeste (0,14%). As cinco piores localidades em infestação para o Aedes aegypti foram: Chácara São Miguel (11,11%), na região sul; Chácara Eucaliptos (5,88%), na região leste; Heimtal (5%), na região norte; Waldemar Hauer (4,76%), na região leste e Bairro Moringão (4,17%) na região sul.
O LIRAa apontou ainda que o principal criadouro foi o vaso de planta, seguido por tanque de roupas, bebedouro de animais, caixa d´água, pneu, cisterna, pote plástico, ralo, garrafa e balde.
A gerente de Vigilância Ambiental da Secretaria Municipal de Saúde, Diana Martins, ressaltou que há uma preocupação com os criadouros que, por algum motivo, não foram eliminados. “Com este período de chuvas, estes ovos podem eclodir e consequentemente isso pode resultar em novas notificações e casos de pessoas com dengue, pois temos o vírus e o mosquito circulando”, apontou.
O trabalho de campo, necessário para elaboração do 3º LIRAa do ano, foi realizado de 7 a 11 de agosto, quando foram vistoriados cerca de nove mil imóveis de 185 localidades da área urbana, incluindo residências, comércios e terrenos baldios. Participaram da atividade 250 profissionais, sendo 230 agentes municipais de saúde e 20 funcionários do Ministério da Saúde.
Vacinação – Durante a reunião, a Secretaria Municipal de Saúde divulgou o período da terceira etapa da vacinação contra a dengue, que iniciará no dia 20 de setembro e encerrará no dia 27 de outubro. A vacinação será voltada apenas para as pessoas com idade entre 15 e 27 anos que já iniciaram o esquema de vacinação nas campanhas anteriores.
A meta do Município é aplicar 66.462 doses, sendo 40.911 segundas doses e 25.551 terceiras aplicações. A vacinação irá acontecer nas 53 Unidades Básicas de Saúde (UBSs) do Município e para recebê-la é necessário apresentar documento oficial com foto e os comprovantes das vacinações anteriores.
As doses da vacina contra a dengue são fornecidas pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa). A vacina foi produzida por uma empresa francesa e aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), após 20 anos de pesquisas. A tetravalente contra a dengue protege contra quatro subtipos virais da doença.
A imunização é completa após a aplicação de três doses, com intervalo de seis meses entre elas, e não podem ser aplicadas em conjunto com vacinas para outras doenças. Ela não pode ser aplicada em gestantes; mulheres que amamentam; pessoas com baixa imunidade congênita ou adquirida; e pessoas em tratamento com corticóides em dosagens elevadas e prolongadas.
Números da dengue – A Secretaria Municipal de Saúde também informou, nesta quarta-feira (23), o relatório semanal com os dados sobre a dengue em Londrina. Do início do ano até o momento, foram registradas 2.298 notificações relacionadas à doença. Deste total, 31 casos foram confirmados e 2.128 descartados. Outros 139 estão em andamento, aguardando o resultado de exames laboratoriais.
Fotos: Vivian Honorato