Ao todo, o Município investiu, por meio do Fundo de Reequipamento do Corpo de Bombeiros (FUNREBOM), mais de R$ 2 milhões, em cinco veículos novos
Nesta sexta-feira (20), às 9 horas, o prefeito de Londrina, Marcelo Belinati, entregou cinco novos veículos ao 3º Grupamento de Bombeiros de Londrina. A solenidade foi realizada na sede da instituição, que fica na Rua Jaguaribe, 473, Vila Nova. Foram entregues dois caminhões Scania, modelo R400, ano 2017 e três caminhonetes Fiat Toro Volcano, ano 2018. Cada caminhão custou R$ 892.500,00. Já as caminhonetes ficaram em torno de R$ 145 mil cada. Ao todo, o Município investiu, por meio do Fundo de Reequipamento do Corpo de Bombeiros (FUNREBOM), mais de R$ 2 milhões.
O fundo foi instituído visando reequipar e manter as atividades do Corpo de Bombeiros em todas as cidades do Brasil em que exista a presença do bombeiro militar. Segundo o prefeito, ele é um grande exemplo do que está dando certo na administração pública, mas devido a uma ação de inconstitucionalidade analisada pelos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), ele está suspenso no país.
“Estamos fazendo uma análise jurídica com a Procuradoria-Geral do Município para entendermos de que maneira vamos trabalhar. Mas, nos antecipamos e enviamos um projeto de lei para a Câmara de Vereadores destinando R$ 1.880.000,00 para o Corpo de Bombeiros, para que essa estrutura que vem atendendo a população através do combate a incêndio e SIATE possa continuar prestando os relevantes serviços à população”, explicou o prefeito de Londrina.
O FUNREBOM atualmente conta com um saldo positivo de cerca de R$ 5 milhões, de onde adveio a aquisição dos veículos entregues. De acordo com o Major Ezequias de Paula Natal, em conjunto com a Prefeitura de Londrina e o governo do estado do Paraná, o Corpo de Bombeiros está trabalhando em novas normas e leis que reativem um fundo que seja constitucional.
“De toda a infraestrutura que temos hoje, 99% foi proveniente da taxa do FUNREBOM. Isso é uma herança de vários anos que viemos capitalizando, aplicando o dinheiro e investindo em equipamentos e viaturas de alta qualidade e tecnologia. São investimentos que fazemos buscando o bem da população e um trabalho atuante, eficiente e eficaz para todos”, disse o major.
Os caminhões serão utilizados nos serviços de combate a incêndio e salvamentos. Já as caminhonetes atenderão aos chamados operacionais e aos serviços administrativos. “O fundo é a única fonte de recursos do Corpo de Bombeiros. Com ele, consegue-se adquirir novos veículos, fazer a manutenção dos mesmos, arcar com todas as despesas correntes e de capital como pagamento de contas de água, luz, alimentação, licenciamento de carros e caminhões, compra de materiais de consumo e todas as demais despesas”, explicou o subtenente do Corpo de Bombeiros e um dos responsáveis pelo Serviço Administrativo do Funrebom em Londrina, Adilson Luis de Osti.
Atualmente, com recursos exclusivamente do Funrebom, o Corpo de Bombeiros de Londrina conta com 52 viaturas próprias. Além dessas, outras foram adquiridas com recursos do governo estadual, que juntas somam cerca de 70 veículos. Eles são usados para os atendimentos de chamados pré-hospitalares, de busca e salvamento, resgate de afogamentos em rios e lagos, lesões com arma de fogo e armas brancas, queimados, lesões corporais, colisão de veículos com feridos, queda de objetos sobre pessoas, combate a incêndio, entre outros.
Segundo o secretário municipal de Defesa Social, Evaristo Kuceki, até o ano passado, o fundo era cobrado junto com o Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU), com periodicidade anual. “Até hoje, o fundo provou ser muito bom para o Corpo de Bombeiros de Londrina, que é um exemplo para as demais corporações de outras cidades. Agora, nosso desafio será encontrar uma outra solução criativa que seja tão boa quanto ele foi para a manutenção e reequipamento do corpo de bombeiros”, disse.
Números – De acordo com o Sistema de Registros e Estatística de Ocorrências do Corpo de Bombeiros, de janeiro a abril deste ano, os bombeiros realizaram mais de 2 mil atendimentos apenas em Londrina. Destes, 995 foram referentes a acidentes de trânsito, 840 atendimentos pré-hospitalares, 86 foram de buscas e salvamento e 125 combates a incêndio. Em um dia, são atendidos de 10 a 20 chamados. Além disso, quando há a ocorrência de incêndios de grandes proporções em cidades vizinhas como Cambé e Ibiporã, eles também ajudam.
Fotos: Vivian Honorato
