Município estabelece regras para instalação de filtros em bueiros de prédios da cidade
Objetivo é reduzir a poluição e assoreamento do Lago Igapó e rios urbanos
A Prefeitura de Londrina, por meio da Secretaria Municipal do Ambiente (SEMA), estabelece o uso de filtros em bueiros para condomínios e instalações comerciais geradoras de resíduos na cidade. A medida tem como objetivo reduzir a poluição dos rios urbanos, especialmente, do Lago Igapó.
O dispositivo tem a principal função de reter os resíduos deixados pelas pessoas nas ruas, terras, britas, folhas e detritos de arborização. O filtro funciona como uma peneira, não permitindo que o lixo passe pelo bueiro, durante a chuva, e chegue até o lago, evitando, assim, a poluição e assoreamento. A SEMA irá trabalhar na conscientização, para que as pessoas ajam de acordo com as medidas adequadas. O trabalho terá início pelos edifícios como medida compensatória pelo impacto ambiental, causado pelo esgotamento de piscinas na rede de drenagem urbana.
O secretário municipal do Ambiente, Gilmar Domingues Pereira, reforçou que além da instalação do dispositivo, as pessoas precisam se conscientizar, pois os lixos que prejudicam os lagos poderiam ter sido disponibilizados para a coleta. Sendo assim, não são questões justificáveis os lixos serem jogados nas ruas. “Nós temos que ter em mente que a responsabilidade de cuidar do meio ambiente e cuidar das águas, deve ser compartilhada. Não podemos atribuir apenas aos órgãos públicos e as entidades de controle uma responsabilidade que é de todos nós”, afirmou.
Estas ações estão sendo executadas de acordo com o Código de Obras do Município, o Código Ambiental e a Resolução Nº 19 do Conselho Municipal do Meio Ambiente (Consemma), de 2009, que estabelece que as obras em construção, independentemente do tamanho, instalem filtros nos bueiros que ficam nelas ou abaixo delas. Hoje, apenas uma construtora na Gleba Palhano adota esta medida.
De acordo com o ambientalista João das Águas, responsável pelas ações da Patrulha das Águas no Programa Londrina Mais, o intuito é que esta proposta possa ir além do Lago Igapó, chegando aos outros lagos da cidade, como o Lago Norte e Cabrinha. Segundo o ambientalista, o custo para as instalações dos filtros varia de acordo com o modelo e a situação em que se encontra o bueiro. “O valor para a instalação do filtro é variável, podendo chegar ao máximo R$ 250”, afirmou.
O principal pilar desta medida é a conscientização, mas caso as construtoras não atendam a este chamado poderão ser notificadas e multados. Estas ações são realizadas pelo subprograma “O Rio da Minha Rua”, do programa Londrina Mais. João ressaltou que as parcerias serão importantes e cita como exemplo, o Conselho da Gleba Palhano que está custeando um levantamento e deve promover a instalação dos filtros naquela região.