Cidadão
Londrina recebe ministro da Igualdade Racial em março
Edson Santos vai homologar termo de homologação do termo de adesão de Londrina ao Fórum Intergovernamental de Promoção da Igualdade Racial (Fipir)
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De acordo com o presidente do Conselho Municipal de Promoção da Igualdade Racial (CMPIR), Idalto José de Almeida, o evento solene será na Câmara de Vereadores em uma audiência pública. A data não foi escolhida por acaso. Dia 21 de março é o Dia Internacional contra a Discriminação Racial. O Fipir conta com 483 adesões de municípios em 24 estados brasileiros, sendo 13 capitais. Dos municípios aderidos, 279 estão em fase de construção de um órgão gestor dentro da administração municipal, e 204 já tem esse órgão, como é o caso de Londrina, com o CMPIR.
“É um momento histórico para Londrina, porque a cidade está na vanguarda do movimento negro no Paraná e sempre teve participação marcante neste debate. A discussão racial na cidade vem desde suas origens”, afirmou Almeida. Segundo ele, um dos principais enfoques da Secretaria de Igualdade Racial e também do CMPIR é a implementação da Lei Federal nº 10.639, que torna obrigatório o ensino sobre a história e a cultura afro-brasileira nos ensinos fundamental e médio de escolas públicas e particulares.
“O desafio é a implementação desta lei. Mas para que ela seja cumprida, torna-se necessária a constante capacitação dos professores. Sem um conhecimento amplo sobre o tema e a devida capacitação, é impossível que haja este tipo de ensino nas escolas”, observou Almeida. “A capacitação é a grande questão.” O CMPIR conta com a participação de membros de comunidade negra, indígena, japonesa e outras etnias que compõem o município de Londrina. O conselho funciona no Núcleo de Participação Popular (NPP), no prédio da prefeitura, de segunda à sexta-feira, das 8h às 14h.
Em Londrina
Desde 2003, quando a Lei Federal nº 10.639 foi promulgada, a Secretaria de Educação de Londrina vem realizando ações de capacitação de professores para que a história e cultura afro-brasileira sejam trabalhadas em sala de aula com os alunos de 1ª a 4ª série. “Distribuímos a cópia da lei a todas as escolas e conversamos constantemente com professores e diretores sobre o assunto”, afirmou a assessora de história da Secretaria, Eva Maria de Andrade Okawati.
Segundo ela, a partir da promulgação da lei, os professores das escolas municipais passaram a participar de cursos de capacitação, seminários e palestras com especialistas da área. “É claro que é um longo caminho a percorrer, mas os alunos em Londrina já estão aprendendo sobre a cultura afro-brasileira nas escolas. O tema é trabalhado junto com outras disciplinas e abrange todas as áreas do conhecimento”, explicou
(Londrina, 11 de fevereiro de 2009)