Arrigo Barnabé lança livro de memórias e faz show em Londrina
Material reúne nove textos autobiográficos do músico e é lançado pela Grafatório Edições; a publicação da obra conta com patrocínio do Promic
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A Vila Cultural Grafatório recebe, nesta quinta-feira (27), às 19h30, o lançamento do livro de estreia do músico londrinense Arrigo Barnabé. Intitulado “No Fim da Infância”, o material compila nove escritos autobiográficos do artista, levando ao leitor memórias e passagens que retratam momentos de sua infância, adolescência e início da vida adulta. O próprio Arrigo estará presente no evento, que terá sessão de autógrafos e bate-papo com o público. No dia seguinte ao lançamento, na sexta-feira (28), ele faz show no Teatro Ouro Verde, às 20h30. Será apresentado seu espetáculo mais recente “Quero que vá tudo pro inferno” (ver mais ao final).
O livro é um lançamento da Grafatório Edições, editora independente de Londrina ligada ao coletivo de mesmo nome. A publicação conta com patrocínio do Programa Municipal de Incentivo à Cultura (Promic). A Vila Cultural Grafatório fica localizada na Avenida Paul Harris, 1575.
As memórias contidas em “No Fim da Infância” retratam vivências do músico em uma Londrina estranha e caipira, cenário para uma sensibilidade infantil quase delirante. Baseadas em suas experiências, os textos incluem a primeira professora de piano e uma apresentação surreal tocando caixa de guerra com a fanfarra do Colégio Marista. Também exploram episódios sobre a mudança para uma assustadora São Paulo, um show histórico com Alice Cooper, um encontro marcado com Tom Jobim, além dos bastidores da criação de uma obra prima: Clara Crocodilo.
O conjunto de nove textos revela ao leitor passagens curiosas e fundamentais da vida desse criador genial, que nos anos 1980 revolucionou a música nacional ao trazer elementos da música erudita contemporânea para o território da MPB. Publicados originalmente nas revistas piauí e Calibán, os textos também são uma porta de entrada para se compreender o movimento musical conhecido como Vanguarda Paulistana, que tem suas origens na Londrina dos anos 1970.
A obra pode ser lida, ainda, como uma versão renovada da história cultural de Londrina. São memórias narradas por um personagem de sensibilidade singular, e que viria a se tornar um dos artistas mais radicais da cidade. Mais do que esclarecer detalhes sobre os primeiros passos de Arrigo na música e os bastidores de suas composições atonais, a obra também dá a conhecer um pouco de sua vida emocional, suas angústias, alegrias, transgressões e oscilações na busca por fazer de si próprio um artista de vanguarda. O livro é, dessa forma, um comovente autorretrato sobre o fim da infância, o início da adolescência e da vida adulta.
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Grafatório Edições – A editora independente de Londrina tem como característica marcante o cuidado gráfico com que os livros são produzidos, e com No Fim da Infância não foi diferente. O texto foi todo composto em tipografia, uma técnica artesanal de impressão. “No Fim da Infância” inclui, ainda, fotografias inéditas, redescobertas em acervos particulares e impressas em papéis especiais.
A publicação contou com edição de Felipe Melhado, que também assina o posfácio, projeto gráfico de Maikon Nery e Pablo Blanco, composição tipográfica de Silvio Valduga, impressão offset por Maurício Alves, letras capitulares desenhadas pelo calígrafo Diogo Blanco, e assistência de produção de Gabriela Campaner e Manoel Nascimento.
Este é o quinto livro publicado pela Grafatório Edições, que também já editou nomes como Paulo Leminski, Rogério Sganzerla e Paulo Menten. No lançamento, a obra será vendida a R$65. A tiragem é limitada a 500 cópias. A publicação de No Fim da Infância conta com o patrocínio do PROMIC – Programa Municipal de Incentivo à Cultura, e apoio do Circulasons e da Moinho Brasil.
O show – O músico sobe ao palco do Teatro Ouro Verde na sexta-feira (28), às 20h30, em evento promovido pelo projeto Circulasons. No show Quero que vá tudo pro inferno, Arrigo se apresenta ao lado de Sérgio Espíndola (violão) e Paulo Braga (piano), interpretando canções de Roberto e Erasmo Carlos que marcaram sua juventude, e que revelam o impacto que a jovem guarda teve em seu comportamento e senso estético quando ele ainda vivia em Londrina. As canções, é claro, ganharam novos arranjos e são marcadas pela interpretação visceral de Arrigo.
As entradas já estão à venda on-line, pelo site Sympla. Para garantir seu ingresso, acesse: bit.ly/2XyRyKD .
O show “Quero que vá tudo pro inferno” é uma realização do projeto Circulasons, organizado pela TOCA – Arte Ação Criação, e com patrocínio da Cacique – Companhia de Café Solúvel, Uniprime, Cosan e Midiograf.
Para a imprensa: outras informações podem ser obtidas com o editor do livro e assessor de imprensa do Grafatório, Felipe Melhado; com o assessor de imprensa Ranulfo Pedreiro, e com a organizadora do Circulasons, Janete El Haouli – telefones com o Núcleo de Comunicação (N.Com) – 3372-4188
Texto: N.Com, com informações da assessoria de imprensa