Cidadão

Mulher promove atividades para lembrar o 25 de novembro

A ideia de celebrar o Dia Internacional pela Não-violência Contra a Mulher surgiu em 1981 no  I Encontro Feminista Latino Americano e do Caribe; data será marcada com atividades no calçadão de Londrina e oficinas para agentes comunitários de saúde


A Secretaria Municipal da Mulher realiza na próxima quarta-feira, dia 25, uma concentração no calçadão, em frente ao Banco do Brasil, com exposição de material sobre o tema violência doméstica e familiar contra a mulher. O trabalho será uma referência ao dia 25 de novembro, Dia Internacional Pela Não-violência Contra a Mulher.
Os trabalhos expostos foram elaborados pelos alunos e alunas de 5ª a 8ª série da rede municipal e estadual de ensino, da Educação de Jovens e Adultos (Eja) e o Centro Estadual de Educação Básica para Jovens e Adultos ( Cebeja). Haverá uma exposição de painéis da Secretaria Municipal da Mulher e orientação e informação sobre a violência doméstica e familiar.
Na programação artística e cultural consta,  às  10 horas, grafitagem que prossegue até as 13 horas. Das 9h30 às 10h30, haverá apresentação da Banda de Músicos de Londrina. A programação prossegue com a apresentação de coral e dança do Iles, com a apresentação da peça “O amor é mesmo assim”, com o grupo Casos e Acasos da Fábrica de Teatro do Oprimido; hip hop com integrantes do Projeto Murialdo e por fim, a Secretaria Municipal do Idoso participa com a apresentação de dança japonesa.
Além da programação no calçadão, a Secretaria Municipal da Mulher promove, até o dia 10 de dezembro, um ciclo de oficinas, com o tema  “Refletindo Sobre a Rede de Serviços para Atendimento à Mulher em Situação de Violência”, destinado a agentes comunitários de saúde (ACS).
Para chamar a atenção para o dia 25, anualmente, a Secretaria Municipal da Mulher, assim como organizações governamentais e não governamentais de todo o mundo, realizam uma série de atividades para marcar a data  na luta pela não violência sexista.
Segundo a secretária da Mulher, Sueli Galhardi, as atividades visam sensibilizar e mobilizar instituições governamentais e não governamentais, pelo fim da violência contra a mulher; promover reflexões sobre direitos humanos e violência de gênero envolvendo homens e mulheres; discutir as políticas direcionadas à prevenção dos conflitos que envolvem as agressões contra as mulheres e compartilhar com a comunidade os resultados desses debates, com o intuito de viabilizar ações concretas direcionadas à prevenção e contenção da violência.
Sueli destacou que os eventos são realizados graças às diversas parcerias com organizações governamentais, não governamentais e empresas, preocupadas em contribuir com o processo de conscientização da sociedade londrinense sobre a questão da violência contra a mulher e a necessidade de construção de uma sociedade pautada no respeito e na harmonia entre homens e mulheres.
Em Londrina, dados da Secretaria da Mulher apontam que no Centro de Referência e Atendimento à  Mulher, um dos serviços prestados pela prefeitura, que oferece assistência às mulheres que sofrem violência,  mostram que de janeiro a outubro de 2009 foram registrados 489 atendimentos e procedimentos prestados as mulheres. Em 16 anos de funcionamento o local atendeu 31.202 casos. E na Casa Canto de Dália, abrigo para mulheres que correm risco de vida foram acolhidas desde  2004, ano de criação, 259 mulheres e 462 crianças e adolescentes. Sendo que de janeiro a outubro de 2009 foram abrigadas 47 mulheres  com 81 filhos/as.
História
A proposta de celebrar o 25 de novembro como o Dia Internacional de Combate à Violência Contra a Mulher, surgiu no I Encontro Feminista Latino Americano e do Caribe, em 1981. Essa data foi escolhida para homenagear as irmãs Mirabal, Minerva Patria e Maria Tereza, da Republica Dominicana, que em 1960, durante a ditadura de Trujillo, foram brutalmente assassinadas.
Historicamente, as mulheres têm sido a parcela da população mais oprimida em todas as culturas e formas de organização social. Essa opressão que se manifesta através da dominação econômica, social e religiosa, familiar, moral, entre outras formas, vem sendo combatida pelos movimentos feministas e grupos organizados. Nos últimos trinta anos, várias instituições de defesa dos direitos da mulher têm sido estruturadas.
Nas últimas décadas, essa forma de violência tem sido uma das maiores preocupações do movimento feminista que aponta a necessidade de promoção de ações constantes na prevenção, tratamento e enfrentamento a esse grave problema que atinge mulheres de todas as idades. A criação de Delegacias Especializadas, Conselhos de Direitos e Secretarias de atenção à mulher, são exemplos concretos do resultado dessa luta.    
No Brasil, dados da Central de Atendimento a Mulher (ligue 180) revelam que mais de 50% das mulheres que acessam a central buscando ajuda são agredidas cotidianamente. No rastro da violência estão índices expressivos de absenteísmo ao trabalho, a feminização da AIDS e baixo aproveitamento escolar de crianças que a presenciam.
(Londrina, 23 de novembro de 2009)

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