De R$ 2,10, o serviço passa a custar R$ 2,25 a partir da 0h de domingo (dia 17); aumento da quilometragem dos ônibus, dos salários e diminuição do número de passageiros estão entre as causas apontadas
A Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização (CMTU) anunciou em coletiva à imprensa na tarde de hoje (dia 15), a recomposição do valor da tarifa de ônibus, numa taxa de reajuste de 7,14%. A passagem inteira passa a custar R$ 2,25, e a meia, R$ 1,12. Os ônibus da linha Psiu também tiveram o valor da passagem reajustado, de R$ 2,65 para R$ 2,85. Os novos valores passam a valer a partir da 0h de domingo (dia 17).De forma transparente, a planilha com a coleta dos dados realizadas pela CMTU para definir o valor da tarifa está disponível no site www.cmtuld.com.br ou da Prefeitura de Londrina, pelo www.londrina.pr.gov.br
O presidente da CMTU, Lindomar dos Santos, afirmou que o reajuste da tarifa está sendo feito com segurança em relação aos números apresentados na planilha. “Houve um levantamento, um estudo aprofundado. Na questão da avaliação, é importante levar em consideração o que o transporte coletivo da cidade de Londrina está oferecendo: estamos com uma frota melhor, mais adequada”, ressaltou.
Uma das principais justificativas apresentadas foi o aumento de salário concedido a motoristas e cobradores dos ônibus, que, à época do primeiro reajuste (agosto de 2009), foi anunciado em 5,45%, mas efetivamente acarretou num aumento de 7% concedido pela empresa. O novo valor da passagem considera o valor atualizado.
Além disso, entre agosto de 2009 e janeiro de 2010, o número de passageiros transportados pelos ônibus diminuiu, em parte por conseqüência das medidas de prevenção da gripe H1N1. Atualmente, são transportados cerca de 3,6 milhões de passageiros pagantes por mês. Em relação a agosto do ano passado, a redução no número de passageiros pagantes foi de 3%.
De acordo com Lindomar dos Santos, a readequação adotada em 2009 levava em conta um índice médio de consumo de combustível, adotando os valores mínimos. “A partir daquele momento, continuamos a implementar uma medição efetiva no consumo de combustível”, afirmou.
“O aumento de R$2,10 foi concedido em função daquela situação específica, em razão de todas as dificuldades que tínhamos naquele momento. Optamos por concluir os estudos com mais tranqüilidade, dentro de recomendações da própria CEI na época, e das recomendações da Comissão da UEL que acompanhou os estudos”, explicou.
Além disso, outros fatores foram decisivos para que o valor fosse reajustado. Entre agosto de 2009 e janeiro de 2010, o salário dos motoristas e cobradores subiu 1,4%; a frota operante de ônibus cresceu 3,7%; o custo do quilômetro rodado aumentou 3,2%; o FAP, imposto referente à segurança no trabalho, teve aumento de 40%; além da reposição salarial, que aumentou também cerca de 22%.
Foram estudados ainda pela CMTU os fatores que oneram o serviço de transporte coletivo. Entre eles, o maior gasto é com pessoal, que representa 43% do total. O gasto com combustíveis representa 36%, e com tributação, 9%.
Por conta de incentivos do governo federal, o preço do combustível (diesel) apresentou diminuição no período estudado, mas deve-se levar em conta que o consumo pelos veículos utilizados em Londrina foi calculado em uma base mínima à época do primeiro reajuste.
(Londrina, 15 de janeiro de 2010)
