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Vagas de emprego em janeiro batem recorde em Londrina

Com 1.399 novas oportunidades  disponibilizadas, janeiro tem o melhor resultado desde 2000, quando o CAGED começou a pesquisar o mercado de trabalho


O Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), órgão do Ministério do Trabalho, divulgou no último dia 18, o levantamento oficial da geração de empregos com carteira assinada no mês de janeiro para todo o Brasil. A cidade de Londrina pode comemorar: foi a segunda no Paraná que mais gerou novos empregos, atrás apenas da capital.
Os índices apontam para uma boa recuperação da economia. Só neste mês de janeiro, 7.203 novas vagas foram criadas. Como 5.804 foram desfeitas, o saldo positivo ficou em 1.399 novos empregos. É um índice 108,18% maior do que em janeiro de 2009, quando o saldo de empregos (número de novas vagas menos o número de demissões), ficou em 672 na cidade.
O saldo de empregos do mês de janeiro é o melhor no primeiro mês do ano desde 2000, quando o CAGED começou a pesquisar o mercado de trabalho. É também o terceiro melhor desempenho mensal desde maio de 1999 – perdendo apenas para agosto de 2003 (com 2.490 vagas) e agosto de 2005 (1.524).
Os setores que mais ofereceram novas vagas em janeiro deste ano foram o de serviços e a construção civil (com saldos de 594 e 572 vagas, respectivamente). De acordo com a coordenadora da agência do trabalhador de Londrina, do Sistema Nacional do Emprego (SINE), Neiva de Cássia Vieira Sefrin, estes são setores que devem continuar crescendo.
“A vocação de Londrina é para serviços e comércios. Mas a construção civil está em plena expansão. A agropecuária é um setor que, em 2009, apresentou índices negativos, então a tendência agora é que haja um crescimento. Além disso, a indústria de transformação foi uma grata surpresa”, comentou.
De acordo com a coordenadora, o bom cenário atual se deve à política de desenvolvimento econômico adotada pela administração municipal. “Esta gestão está tratando as ações de forma conseqüente e integrada. Ela tem dado um novo movimento para a cidade, aumentando a sua auto-estima”, declarou.
“Podemos notar um resgate da credibilidade de Londrina no cenário empresarial. Há um bom investimento em serviços, e as empresas se sentem atraídas. Consequentemente, as empresas que já estão aqui querem se expandir”, explicou. De acordo com a Junta Comercial do Paraná, Londrina foi a segunda cidade do Estado a abrir o maior número de empresas em 2009.
Mudanças no Sine
O bom momento vivido pela economia local está impulsionando mudanças na Agência do Trabalhador. Tendo em vista a excelente expectativa para o ano de 2010, no final do ano passado o Sine de Londrina promoveu readequações internas, qualificação de funcionários e mudanças de rotinas, definindo prioridades e o foco principal que é o aumento de emprego, trabalho e renda para a população local.
De acordo com Neiva Sefrin, esse foi um dos fatores que contribuiu para que os índices de janeiro, que são historicamente fracos, fossem relevantes neste começo de ano. Se as expectativas se concretizarem, o cenário tende a melhorar ainda mais. Foram feitos acordos com o Ministério do Trabalho que garantem mais investimentos em qualificação sócio-profissional.
O próprio ministério está desenvolvendo e aperfeiçoando um programa para disponibilização dos serviços do Sine pela Internet. Trata-se do “sigaeweb”, que já está sendo implantado na Paraíba. Segundo Neiva Sefrin, a previsão é de que o serviço comece a funcionar em Londrina a partir de maio.
“Mas nós já estamos preparados para começar a usá-lo, desde já. Toda a infra-estrutura está pronta, estamos adquirindo computadores novos e melhores para que eles possam rodar o programa. Se o Ministério do Trabalho resolvesse liberá-lo hoje para Londrina, nós poderíamos recebê-lo”, comentou.
Além de trabalhar com a plataforma digital, o Sine ainda prevê para março a mudança de sua sede, para instalações que levaram em consideração o conforto e a acessibilidade dos usuários, além de oferecer mais espaço para implantação de novos programas.
Todas estas mudanças não tem outro foco que não o bem-estar do trabalhador. A coordenadora do Sine avalia de forma bastante positiva o momento econômico vivido pela cidade, especialmente sob a ótica dos trabalhadores.
“Quando você é re-inserido no mercado de trabalho, adquire direitos trabalhistas, autonomia, acesso ao consumo”, afirmou. “Isso tudo é uma forma de promover a dignidade humana. Além de ajudar a impulsionar a economia local, o trabalhador exerce seus direitos de cidadão, especialmente no que diz respeito à sua autonomia”, completou.
(Londrina, 19 de fevereiro de 2010)

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