Cidade
Ecometrópole apresenta alternativas para o meio ambiente
Com a temática das áreas verdes e a infiltração de água de chuva, o projeto apresenta iniciativa inédita no Brasil para aumentar áreas verdes e permeabilização do solo
O Projeto Ecometrópole vai demonstrar durante todo o dia de hoje (23), projetos verdes desenvolvidos em diferentes pontos da cidade. A temática de hoje são as áreas verdes e a infiltração de água de chuva. Todos os exemplos divulgados nos informativos do projeto são iniciativas conjuntas que visam reaproveitamento de água da chuva, solo permeável, plantio e manutenção de áreas verdes, com o apoio do Ecometrópole.
O Instituto Ecometrópole, junto com a Companhia Paranaense de Eletricidade (Copel) e com a Secretaria Municipal do Meio Ambiente (Sema), fizeram uma parceria para a criação do poste verde. Nele, a empresa de energia faz um recorte de aproximadamente 1 m² no piso da calçada e a Sema faz o plantio de grama no espaço. O ambientalista João das Águas, salientou inúmeros benefícios, como o aumento de áreas verdes e permeáveis nas ruas, aumento hibrido no lençol freático, absorção de carbono e diminuição da temperatura nas áreas. Esta proposta, inédita no Brasil, segundo João das
Águas, pode ser conferida nas margens do Lago Igapó II.
O ambientalista evidenciou, principalmente, que os recortes devem concentrar folhas, lixos, resíduos, micro lixos, e dejetos de animais que, retidos na grama, deixam de ir a bueiros, fundos de vale, lagos, entre outros. Do ponto de vista econômico, a Copel deve diminuir os gastos com a troca de postes danificados, bem como no tempo de troca destes.
Outras alternativas apresentadas pelo Ecometrópole são modificações nas estruturas das calçadas em Londrina. Para os que vão construir os espaços na frente de suas casas, o instituto incentiva a construção de calçadas inclinadas para o lado de dentro da casa, implantando uma faixa de grama rente ao muro para que as águas escorram para o local, que a absorve e armazena como irrigação. Assim, ficam na grama todas as sujeiras jogadas na calçada, facilitando a limpeza da rua e evitando o depósito de lixo em vias públicas. No jardim Universitário, zona sul de Londrina, é possível encontrar casas com este tipo de construção.
No caso das pessoas que já têm calçadas construídas, a alternativa é recortar duas faixas no piso e plantar a grama, como o espaço Eco Saúde implantou na avenida Aminthas de Barros. Para todos os lados que a água correr, o lixo trazido por ela ficará retido na área verde, beneficiando da mesma forma o meio ambiente, pois impede que os resíduos caiam nos bueiros, e em alguns casos, poluam rios, lagos e fundos de vale.
Outro exemplo é o drenagem sustentável, da Faculdade Pitágoras. Segundo o coordenador acadêmico, Paulo Branbilla, todos os prédios foram projetados para captarem a água da chuva, filtrar, através de camadas de pedregulhos, cascalhos, carvão, e demais materiais, e disponibilizar água limpa. Assim, o lençol freático vai sugar a água já filtrada.
(Londrina, 23 de março de 2010)




