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Inauguração da primeira etapa inicia trabalhos da CTR

Inauguração da primeira etapa inicia trabalhos da CTR

 

Central de Tratamento começa a operar no próximo domingo, com a expectativa de armazenar até 350 toneladas por dia; previsão é desativar antigo aterro

O prefeito Barbosa Neto inaugurou hoje (29) a primeira etapa das obras de construção da Central de Tratamento de Resíduos (CTR), instalada em um terreno de 10 alqueires no distrito de Maravilha, a 25 km de Londrina. O local foi escolhido após amplo estudo técnico da prefeitura e do Instituto Ambiental do Paraná (IAP), que teve o objetivo de determinar o depósito do lixo produzido em um lugar que atendesse a todas as questões ambientais.

Os primeiros galpões de compostagem, células para armazenagem de resíduos, lagoas para tratamento primário de chorume, guaritas, cercamento, paisagismo e sede administrativa, que fazem parte da estrutura inaugurada nesta sexta-feira, garantem o começo do funcionamento da CTR, a partir do próximo domingo, com a expectativa de receber até 350 toneladas por dia. Ao todo, a primeira etapa da Central custou R$ 2,7 milhões ao Fundo de Urbanização do município, atendendo já os depósitos das feiras livres.

“Trata-se de um dia histórico para a cidade. Além de gerar mais renda para os catadores das cooperativas do município, a distribuição correta tanto dos resíduos orgânicos como dos rejeitos é uma das vantagens da Central de Tratamento. É um modelo que o governo federal, através do Ministério de Desenvolvimento Social, está implantando na cidade”, apontou o prefeito.

Central de Tratamento começa a operar no próximo domingoBarbosa Neto reconheceu que a conscientização sobre a separação correta do lixo deve ser intensificada com a comunidade londrinense. “Precisamos da divulgação maciça dos veículos de comunicação e adesão de um grande número de cidadãos. Para sanar esse problema, a Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização (CMTU) deve abrir, nos próximos dias, uma licitação para contratar uma empresa responsável pela elaboração de campanhas educativas”, afirmou.

A promotora do Meio Ambiente, Solange Vicentim, elogiou os esforços da prefeitura na distribuição dos resíduos, mas ressaltou que é necessário promover uma campanha educativa para fragmentar a compostagem em toda a cidade, tanto na zona urbana como rural. “Deve-se implementar uma intensificação da coletiva seletiva. O objetivo é fazer com que a separação aconteça em sua totalidade”, argumentou.

O presidente da CMTU, André Nadai, garantiu transparência na fiscalização das emergências ambientais. “Vamos ter postos de monitoramento mensais, para apresentar todos os relatórios ao IAP e Secretaria do Estado do Meio Ambiente”, observou.

Segundo o presidente do Instituto Ecometrópole, Luiz Figueira de Melo, “a CTR está em fase de aprimoramento, processo que tende a crescer com a conscientização da comunidade na separação dos resíduos e as melhorias promovidas pela prefeitura no setor”, apontou.

O projeto de desenvolvimento da CTR, elaborado pela Fundação de Apoio ao Desenvolvimento da Universidade Estadual de Londrina (FAUEL), conta ainda com moderno sistema de compostagem, depósito de lixo com membrana dupla para proteger o solo de contaminação e um tanque para tratamento do chorume.

“A Central era uma reivindicação antiga da comunidade, que foi atendida prontamente pela gestão Barbosa Neto. É um privilégio ter esse modelo na nossa região”, comentou o professor da UEL e coordenador das pesquisas do novo aterro, Renato Pianoviski.

Para o pesquisador Fernando Fernandes, um dos membros da FAUEL, a CTR reafirma a posição de Londrina, como referência no tratamento correto dos resíduos sólidos e orgânicos. “Toda a modernidade e o cuidado encontrado na construção da estrutura da Central mostram a preocupação da administração municipal em ter o município funcionando bem, ambientalmente falando”, discursou.

O secretário do Ambiente da Prefeitura de Maringá, Diniz Afonso, que participou do evento, comentou que a Política Nacional de Resíduos Sólidos, implantada graças à Lei 12.305/10, oferece mais liberdade para os municípios lidarem com a questão ambiental. “Isso tem acontecido positivamente com Londrina, como podemos ver. Não só a autonomia na execução de trabalhos nessa área, mas a qualidade aplicada pela cidade”, disse.

Aterro do Limoeiro

André Nadai relatou que a desativação do antigo aterro, localizado no distrito do Limoeiro, próximo ao aeroporto, deve ser feito em até um ano e meio. “A previsão é que cerca de R$ 3 milhões sejam investidos pela prefeitura em todo o processo de suspensão das atividades do antigo aterro, que apresenta problemas há mitos anos. Primeiramente, essa etapa fica com a responsabilidade da empresa Construsinos, mesma instituição que iniciou os trabalhos da CTR no dia 5 de junho”, disse.

O presidente ainda adiantou parte dos equipamentos da Usina de Compostagem localizada em Cornélio Procópio, comprada pela prefeitura há treze anos, mas, atualmente, em estado de abandono, já foram transferidos para a Central. O restante ainda se encontra em manutenção na cidade vizinha.

Coletiva seletiva

O modelo diferente implantado pela CMTU no quadrilátero central na coleta seletiva, prevê o recolhimento dos detritos orgânicos às segundas, quartas e sextas-feiras e dos rejeitos às terças, quintas e sábados, já colhe bons resultados. Segundo André Nadai, a eficiência apresentada na região central da cidade deve ser estendida a outras regiões.

Nadai divulgou que, dos materiais recolhidos, 20% são rejeitos e 55%, orgânicos, totalizando 370 toneladas de lixo armazenadas até agora. Os trabalhos da coleta seletiva diferenciada começaram em setembro deste ano, através da distribuição de folders explicativos a moradores e comerciantes da região central por funcionários da CMTU.

Estiveram, ainda, presentes no evento os vereadores Tito Vale (PMDB), líder do prefeito na Câmara Municipal, Joaquim Donizete do Carmo (PDT) e Ivo de Bassi (PTN); o presidente da Cooperativa de Catadores de Materiais Recicláveis e de Resíduos Sólidos da Região (Coopersil), Zaqueu Vieira, além de vários secretários municipais.

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