Ribeiro recebe coordenador da ONG Viva Rio de Controle de Armas
O objetivo da visita é a reinstalação do Comitê de Desarmamento Voluntário; Londrina é a única cidade do interior do país que será visitada
O vice-prefeito José Joaquim Ribeiro recebeu hoje (6), no gabinete, o sociólogo, coordenador da ONG Viva Rio de Controle de Armas e membro da Rede Desarma Brasil, Antônio Rangel Bandeira, em virtude da viagem do prefeito Barbosa Neto para Brasília.
O sociólogo é convidado pelo Movimento pela Paz e Não Violência e Conselho Municipal de Cultura de Paz (Compaz) a coordenar um debate sobre a Campanha Nacional de Entrega Voluntária de Armas, instituída pelo Ministério da Justiça em 2011. Também estiveram presentes na reunião, o delegado chefe da Polícia Civil, Márcio Vinícius Amaro, o chefe de gabinete da secretaria de Defesa Social, Jurandir Gonçalves André e conselheiros do Compaz.
O debate será realizado hoje (6), às 19h, e tem como palco o plenário da Câmara Municipal, e é aberto para toda a comunidade. Como explicado pelo coordenador da ONG Londrina Pazeando e presidente do Compaz, Luis Cláudio Galhardi, a intenção é após o debate reativar o Conselho Londrinense para o Desarmamento, que foi instituído em 2004, uma vez que agora existe uma nova campanha de desarmamento na cidade.
De acordo com o sociólogo, a vinda a Londrina é um pedido do Ministério da Justiça que, juntamente com o Ministério da Saúde, concluiu que o impacto das campanhas de desarmamento no Brasil foi muito positivo. “Em 2004 e 2005, foi 1 ano e 8 meses de campanha, nós recolhemos cerca de meio milhão de armas, que foram entregues voluntariamente e destruídas. Combinado com a proibição do porte de armas por civis na rua, reduziu o número de homicídios por arma de fogo em 11%, nos últimos cinco anos. Parece pouco, mas isso significou que 5 mil brasileiros deixaram de morrer por arma de fogo”, explanou Bandeira.
Ele ressaltou que Londrina é a única cidade do interior do país que será visitada. “Isso porque Londrina fez uma campanha de desarmamento exemplar, na qual as autoridades de segurança pública trabalharam em conjunto com a sociedade civil”, observou. “Outros estados devem seguir o exemplo daqui”, completou Bandeira.
O objetivo da visita é a reinstalação do Comitê de Desarmamento Voluntário, composto por polícias, pela sociedade civil e por várias entidades que vão entrar na campanha. “Vamos incentivar o funcionamento desse Comitê, a quem vai caber agora mobilizar a população a participar, criar postos para o recolhimento de armas, treinar voluntários de desarmamento”, explicou.
“Decidiu-se seguir o modelo da África do Sul, onde há campanhas periódicas de desarmamento. A decisão é que todo mês de julho no Brasil seja mês de entrega voluntária de armas”, destacou o sociólogo. Ele informou que a cada arma entregue a pessoa receberá de R$ 100 a R$ 300, dependendo da arma.
Bandeira ressaltou que o que se deseja passar com a Campanha Nacional de Entrega Voluntária de Armas é que o desarmamento é para aumentar a segurança do cidadão. “Convencê-lo de que ter arma em casa é um grande risco”, salientou o sociólogo. “Com arma em casa, eu vou ser rendido e ainda involuntariamente armar um bandido”, completou.




